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Ética Nos Negócios

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Por:   •  18/10/2014  •  3.365 Palavras (14 Páginas)  •  209 Visualizações

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Sumário

1 INTRODUÇÃO 3

2 DESENVOLVIMENTO 4

3 CONCLUSÃO 13

4 REFERÊNCIAS 14

1 INTRODUÇÃO

Hoje com o mercado cada vez mais globalizado onde as organizações competem não somente em seu país de origem com empresas domésticas, mas enfrenta também a agressiva concorrência de produtos vindos de outros países que na maioria das vezes possuem uma carga de impostos bem inferior a praticada no Brasil, é de vital importância ações para se manter competitivo no mercado.

Com isso, o que acaba acontecendo é a busca incessante pelo crescimento, levando a empresa muitas vezes a sonegar impostos, a cometer fraudes, esquecendo muitas vezes de praticar a ética que rege as organizações.

Tradicionalmente, a cerveja é um dos produtos que registram os maiores índices de sonegação do país -- depois apenas dos cigarros e dos combustíveis. Não por acaso, os três setores estão entre os mais tributados do país. Para as cervejarias, a carga de impostos chega a 40% das vendas.

O presente trabalho destaca o caso ocorrido com a empresa de cerveja Schincariol, a “operação cevada” como ficou conhecida. Abordando o Código de Ética do Contador e o comportamento organizacional.

2 DESENVOLVIMENTO

No esforço de conseguir que a cultura das empresas fosse cada vez mais competitiva, negligenciaram-se alguns princípios importantes, fundamentados nas leis e na ética. As tensões que surgiram entre as organizações e os interesses individuais se baseavam no desrespeito aos valores, aos direitos individuais e ao desenvolvimento moral dos funcionários. Assim, fortes distorções de comportamento começaram a ocorrer, quando o dinheiro passou a significar poder, a ponto de corromper o que fosse para se tornar absoluto. A ambição teria superado a honestidade, o bom-senso, a ética. Foi o que ocorreu tempos atrás com uma renomada empresa do setor de cervejaria, que será destacado nesse trabalho, e que acontece ou aconteceu com diversas empresas de grandes nomes.

A Primo Schincariol Indústria de Cervejas e Refrigerantes S/A, fundada em 1939, na cidade paulista de Itu, foi criada por Primo Schincariol. No início, produzia apenas refrigerantes, como a famosa Itubaina sabor tutti-frutti. Apenas em 1989, a empresa começou a produzir a sua primeira cerveja pilsen. Com o passar dos anos ampliou suas atividades e fundou filiais em, Alagoinhas (BA), Cachoeira de Macacu (RJ), Caxias (MA), Alexânia (GO), Recife (PE), Igrejinha (RS) e uma oitava está sendo construída em Benevides (PA).

O Grupo Schincariol firmou-se no mercado consumidor a partir de 1993, quando apresentou um forte crescimento, pois, segundo o Sindicato Nacional da Indústria de Cerveja (SINDICERV), o brasileiro aumentou o consumo médio de cerveja anual para 47 litros por pessoa, o que acendeu a disputa entre os fabricantes. A melhor personificação dessa guerra no mercado foi detonada em setembro de 2003 com o lançamento da Nova Schin, do grupo ituano Schincariol. A marca Schincariol, que era dona de uma participação de modestos 6% do mercado de cerveja e que possuía, ainda, os produtos Primus e Glacial, chegou a 9% com o lançamento da Nova Schin, e elevou assim para 11,5% a participação do grupo com apenas um mês de campanha.

O Grupo Schincariol tornou-se a segunda maior produtora de cerveja do país com 7 (sete) fábricas em plena atividade e angariou respeito e admiração de toda a sociedade brasileira. O Grupo era constituído por 7.000 operários diretos e 25.000 indiretos (entre distribuidores, fornecedores e prestadores de serviço).

Os superintendentes do Grupo afirmaram que “fizemos a aposta certa ao reposicionarmos nossos produtos no mercado”. Outro fator que influenciou o crescimento do grupo, que chegou a 58% em relação a 2003, foi a reformulação da rede de distribuidores-parceiros “o crescimento do número de pontos-de-venda fez com que procurássemos uma saída mais rápida para atender a demanda de venda e distribuição dos nossos produtos”.

Com o intuito de expandir suas unidades industriais de olho no crescimento do poder aquisitivo do consumidor, o Grupo Schincariol teve um investimento previsto de R$ 600milhões para 2005 nas áreas, industrial e de Marketing, e, pelo menos 50% foram direcionados para a ampliação da capacidade de produção. Em 2004, o investimento para aumentar a capacidade ficou em R$ 294 milhões. O objetivo em 2005 era ampliar a capacidade instalada de 2,1 bilhões de litros de cerveja para 3 bilhões de litros. Além disso, o grupo visava ampliar o volume de exportação para os países da América do Sul.

Nos últimos 3 anos o Grupo Schincariol multiplicou por quatro seu tamanho e tornou-se uma pedra no sapato de seus concorrentes. Devido esse crescimento, o Grupo passou a ser alvo da acusação de que a sua expansão era decorrente de fraudes e sonegação de impostos. Diante dessas acusações, o analista do setor de bebidas do Banco Fator, Eduardo Pfister disse: “Se esse crescimento veio de sonegação, será difícil que ela volte a ser competitiva”. A prioridade da Schin não será mais ganhar mercado, sua batalha vai ser pela sobrevivência.

Através de uma mega operação iniciada em silêncio em 2004, uma força-tarefa, formada por agentes da Polícia Federal e da Inteligência da Receita Federal descobriu um grande esquema de sonegação de impostos. A operação ficou conhecida como “Operação Cevada”. A Primo Schincariol Indústria de Cerveja e Refrigerantes S/A já possuía uma acusação feita pelo Ministério Público Federal de São Paulo por crimes contra a ordem tributária e fraudes contábeis.

As investigações vinham ocorrendo desde 1996, ano em que a empresa realizou uma operação de venda de sua participação na Schincariol Patrimonial Ltda. para a Primo Schincariol International, sediada no paraíso fiscal do Caribe. Com essa transação, a Primo Schincariol ficou com o usufruto da empresa até 2011 e lançou como quantia paga, um valor superestimado, causando, assim, um prejuízo e, conseqüentemente, crédito tributário.

Batizada pela PF de "Operação Cevada", a ação visa desmantelar rede de sonegação de impostos como o IR (Imposto de Renda) e o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) no setor de bebidas. Segundo a PF, está envolvida a Schincariol, segunda maior fabricante de cerveja do Brasil, e parte de suas distribuidoras. Eles também são investigados pela suspeita de participação

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