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Ética Profissional

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Por:   •  17/6/2013  •  2.982 Palavras (12 Páginas)  •  440 Visualizações

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DESAFIO

O personagem de George Clooney, Ryan Binghan, tem o emprego dos tempos atuais. Seu trabalho consiste em viajar pelos EUA demitindo pessoas de seus trabalhos. Geralmente o patrão não tem coragem de fazer isso ele mesmo e paga a firma onde Binghan trabalha. Nesses tempos de crise, você pode imaginar quanto trabalho ele está tendo.

Confortável no estilo de vida que adotou, Ryan não se importava de não ter muito contato com a família ou amigos. Sua meta era a de chegar à marca de 10 milhões de milhas voadas. Porém, uma reestruturação na empresa em que trabalha faz com que ele pelo menos se sinta bastante incomodado. A fim de cortar custos, seu chefe (Jason Bateman) resolve adotar um plano de demissão por meio de videoconferências, uma espécie de “demissão em tempos de globalização”.

O que tira Ryan (Clooney) da “zona de conforto” começa pelo fato dele receber a missão de ensinar à novata Natalie (Anna Kendrick), responsável pelo tal projeto de reestruturação, o ofício de demitir desconhecidos. Antes disso, ele conhecera Alex (Vera Farmiga), uma versão feminina de si mesmo. E ambos estabelecem, entre eles, uma relação casual, com encontros inicialmente esporádicos, mas depois constantes.

"Amor Sem Escalas" toca na sensibilidade do espectador e provoca reflexão sobre temas hoje cruciais como a família e a atual situação mundial do mercado de trabalho no chamado pós-crise econômica global, ou seja, indefinidas. Mais ou menos como a vida do protagonista.

Demitir pela Internet: uma polêmica. “Amor Sem Escalas” trata com precisão dos efeitos nocivos que pode ter uma demissão pela Internet. Segundo Ângela Lins, por mais que a tecnologia esteja às nossas mãos para ajudar, há questões que não podem deixar de exigir o encontro físico entre as pessoas. “O “como” foi feita a demissão vale muito para desvalorizar a imagem da empresa, ou seja, o que a empresa economiza em custos com viagens poderá gastar, bem mais, em problemas de ordem trabalhista”, esclarece ela ao complementar, lembrando o lado psicológico do tema, “muitos demitidos não conseguem falar isso em casa e é fundamental ajudarmos elas a fechar um ciclo, para que consigam abrir outro”.

O funcionário que é demitido, precisa entender de fato aquilo que é dito e receber da empresa um agradecimento pelos serviços que prestou. Estes dois pontos foram colocados pelas palestrantes como absolutamente imprescindíveis. Além disso, sobretudo à Ângela Lins, tem muito preocupado o que ela chama de “banalização do processo de demissão provocado pelo avanço tecnológico”. Para ela é preciso o RH entender que deve estar alinhado aos líderes da empresa e entender a importância do contato físico, do ouvir, dos olhos nos olhos.

ETAPA 01

Bom após assistir o filme me fez chegar à conclusão de que às vezes damos uma importância demasiada ao trabalho, mas venho tentando entender por meios de estudos que a certa preocupação fora do campo empresarial, é que o ser humano tem seus anseios lógicos que muito deixam isso de lado em busca de uma carreira ou de uma vida financeira melhor, mas sabemos que sempre temos que buscar uma melhoria, mas de uma forma equilibrada, só que o mundo empresarial e dinâmico e temos que sempre estar adaptável a tais mudanças. Mesmo sabendo que a decisão de demitir iria acarretar na mudança brusca do estilo de vida dele e no sonho de atingir as milhas desejadas, ele teria que treinar a garota.

O tema do filme gira em torno de uma Outplacement empresas contratadas para agilizar (e tentar humanizar) os sistemas de demissão de massa de uma organização, dissolvendo os tradicionais métodos de dispensa em que o contratante (o gestor direto) comunicava a demissão de seu funcionário olho no olho, verbalizando os motivos da dispensa e compartilhando, de certa forma, do momento sempre constrangedor do fim de uma parceria. Porém, esta delegação de tarefas para outros, aponta não só para o enfraquecimento das relações humanas (o distanciamento do sofrimento e do desconforto que a dor de outra pessoa pode causar) como também são sintomas gritantes de nossa época, superlotada de uma necessidade emergencial de felicidade e de um ilusório conforto emocional.

“muitas demissões foram feitas por e-mail, por telefone, no meio das férias, no final do expediente quando o individuo já estava no estacionamento (…). Negou-se ao homem demitido não apenas o direito de limpar as suas gavetas ou armários, mas também o de demonstrar a sua humanidade, fosse dar o adeus aos colegas de tantos anos, fosse à face que exprimia uma dor.”

Devemos nos ater que a visão do trágico (na figura do outro que sofre) sempre foi uma etapa absolutamente necessária para o amadurecimento humano, uma vez que este contato nos coloca diante de nossos próprios medos e nos impulsiona a superá-los através da solidariedade que o outro nos provoca. É uma lição básica ensinada incansavelmente pelas religiões a milhares de anos, se a negarmos, estamos abrindo mão de nossa experiência humana, e finalmente estaremos nos entregando ao mecanicismo retratado no filme:

Atualmente é comum entre os profissionais de RH, uma preocupação crescente em relação aos processos de dispensa, que foram diretamente influenciados pelo endurecimento de nossos tempos, em que virtualizaram o calor humano e terceirizaram o bom senso.

Nossa intenção de viver e nos comunicar globalmente, talvez tenha criado uma falsa sensação de “aldeia global”, que na prática tem se mostrado apenas como uma kitchenette solitária com uma janela pequena para o mundo, também conhecida como solidão/acompanhada, que objetiva uma independência em relação aos demais, que na realidade (felizmente) nunca teremos por completo, uma vez que só reconhecemos quem somos através do outro, esta é uma condição humana, que deve ser respeitada em “todos os processos” (inclusive empresariais) para que o fim de uma parceria, seja realmente um novo inicio para quem é dispensado, e não mais uma etapa amarga de procedimentos mal concebidos. Por isso, que os sistemas de governança devem possuir em todas as suas fases uma preocupação ética, pois é ela, que desde os antigos gregos, tem como foco central a ação e reação humana.

ETAPA 02

Ryan é um sujeito boa pinta que passa 300 dias por ano em aeroportos, viajando de cidade em cidade para cumprir uma tarefa ingrata que muitos executivos fazem rotineiramente, mas abominam: demitir pessoas.

É isso mesmo: Ryan trabalha numa firma cujo ofício consiste,

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