A Época das Conquistas Bernard Lewis Os Árabes na História
Por: Cristiano Amorim • 13/12/2018 • Trabalho acadêmico • 562 Palavras (3 Páginas) • 296 Visualizações
Em que acreditam os Muçulmanos, Ziauddin Sardar
Xiísmo (p.90)
- Xiítas, ao contrário dos sunitas, acreditam que a liderança espiritual é hereditária. Apenas os membros da família do Profeta possuem o direto a serem líderes.
- Dessa forma acreditam que o Profeta deveria ser sucedido por Ali, seu primo e genro.
- No xiismo Ali ocupa lugar e função especial, de destaque.
- A liderança hereditária é conhecida como imamato (Imãs). Os imãs são dotados de uma graça extraordinária, de poderes miraculosos, e são detentores de um conhecimento especial (secreto).
- Para os xiitas Ali foi o primeiro Imã e seu nome é mencionado na chamada de orações (azan) nas mesquitas.
- O episódio central na teologia xiita é a batalha de Carbala (Iraque), onde em 10 de Outubro de 680 Hussain (filho de Ali) e seus seguidores se defrontam com o exército de Yazid (filho Muawiya – outro pretendente ao califado). A monarquia hereditária foi desafiada pela monarquia espiritual. A batalha teve lugar em Carbala, na margem ocidental do Eufrates. Hussain e seus partidários, muito inferiores numericamente, foram massacrados, pois se recusaram a rendição (Mártirio). O Islã ficou divido para sempre.
- No décimo dia do mês de Muharram os xiitas recordam o martírio de Husseim e seus partidários, com procissões, teatros e autoflagelação pública.
- Os xiitas, além de Meca, também fazem peregrinação para Carbala.
- O xiismo dividiu-se em várias seitas, mas a dominante é a do Xiísmo Duodécimo, que acredita na existência de doze Imãs, sendo os primeiros Ali e Hussain. O décimo primeiro é Hasan al-Askari (Samarra/Iraque). Após sua morte em 873, seu filho Mahdi, de apenas quatro anos desapareceu. A teologia xiíta postula que ele vive escondido da humanidade, em uma existência sobrenatural e que se revelará no final dos tempos.
- Durante sua ausência um erudito xiíta, um AYATOLLAH, pode atuar como sua “sombra”. Os aiatolás são as sombras do Imã Mahdi, ou seja, o reflexo de sua vontade. Desse modo, os seus juízos e fatwas (opiniões) são vistos pelos devotos como sendo infalíveis (muito semelhante a infalibilidade papal do catolicismo).
Sufistas (p.91)
- Tendência mística do Islã.
- Ao contrário da maioria dos muçulmanos que acredita que a proximidade com Deus pode ser alcançada apenas após a morte, os sufistas acreditam que é possível ter a experiência da proximidade de Deus em vida.
- Essa proximidade, essa experiência espiritual com o divino se faz através de escolha de um “caminho” (tariqas), sob a orientação de um guia espiritual.
- Os sufistas acreditam na “unidade do caminho” e defendem que todas as vias espirituais se dirigem a um só e ao mesmo Deus. Uma das bases do sufismo é a Zikr, a recordação constante de Deus.
- O sufismo surge como reação ao puritanismo e legalismo árido do Islã inicial. Em 728 Hasan al-Basri estabelece o movimento no seio do Islã.
- Basri declarou que os muçulmanos deveriam procurar a “doçura” durante as orações e recordar Deus enquanto leem o Alcorão.
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