A Ascensão do Mundo Ocidental
Por: Weivyson Andre • 25/6/2019 • Resenha • 1.015 Palavras (5 Páginas) • 450 Visualizações
A Ascensão do Mundo Ocidental
Paul Kennedy
O autor Paul Kennedy busca no primeiro capítulo de sua obra “Ascensão e queda das
grandes potências” justificar os motivos que levaram a Europa a se tornar uma hegemonia frente
às outras potências existentes entre os séculos XV e XVI, nesse sentido, o autor faz questão de
ressaltar a inferioridade europeia em relação aos outros centros de poder, o continente europeu era
fragmentado politicamente e apresentava desvantagens geográficas, econômicas e culturais se
comparado com potências como China e Índia, no entanto, em pouco tempo, a Europa consegue
se tornar protagonista no cenário moderno, passando a ter o monopólio científico, econômico e
cultural. O autor busca apontar os motivos que levaram as outras à derrocada em relação ao sucesso
europeu.
China Ming
De acordo com Kennedy, o Império Ming apresentava uma cultura notável, com planícies
férteis e irrigadas. Com uma administração hierárquica baseada no código confuciano, a China
apresentava uma precocidade tecnológica, com cidades bem desenvolvidas, rotas comerciais
gigantes, sistema de comercial forte e com uma política de exploração marítima que era capaz de
descobrir Portugal várias vezes antes que esta se lançasse ao mar, no entanto, devido a ameaças
mongóis, a China se fecha para o mundo e acaba se inferiorizando em relação à Europa.
Ainda, em relação ao recuo chinês, é importante ressaltar que a restauração do código
confuciano foi um dos motivos para o fechamento da China para o mundo. O código confuciano
prega à restauração e manutenção do passado, nesse sentido, uma série de Editos imperiais limitam
a frota naval chinesa e o comportamento dos comerciantes em relação à política externa, ainda, os
avanços e aperfeiçoamentos chineses se davam principalmente por necessidade do Estado, assim,
quando o Estado chinês não necessitava de determinado avanço este não ocorria, tal política
condicionou a China a se inferiorizar em relação ao Ocidente.
O mundo muçulmano
Os Estados muçulmanos, entre o século XV e XVI, eram os que mais ameaçavam e tinha
força de expansão. Com o ressurgimento de algumas dinastias, os muçulmanos eram controladores
de importantes rotas comerciais e, devido à paralisação da reforma religiosa, o número de fiéis
mulçumanos só aumentava. Em vista disso, o autor aponta o mundo muçulmano como uma das
potências da era moderna, no entanto, o autor foca em dissertar principalmente acerca do Império
Otomano que, segundo ele, era o império com o mais potente exército da época.
O Império Otomano foi referência devido à sua capacidade de expansão e de provocar o
terror devido ao seu exército, ainda, é preciso ressaltar a capacidade naval otomana, construída
apenas para conquistar Constantinopla, no entanto, o Império Otomano não é reduzido à sua
capacidade de força, uma das características desse império foi a capacidade de ter uma unidade dereligião, cultura e língua. O império era constituído por cidades gigantes e iluminadas, além disso,
o império otomano obteve grandes avanços científicos e industriais, no entanto, similarmente à
China, o império fecha-se em volta de si e acaba por paralisar seus avanços.
São vários os motivos que resultaram no fechamento do império otomano em volta de si,
alto custo do exército, imperialismo não proveitoso, conflitos internos e sucessivas alternância de
sultões, que dificultou a centralização política e favoreceu práticas despóticas. A ausência de um
líder resulta no endurecimento da burocracia e insubordinação da parte dos janízaros, exército
otomano, que aproveitam de comerciantes e proprietários. No entanto, o maior motivo que explica
a derrocada otomana, sob uma ótica europeia, é o negacionismo em adotar novas armas e métodos
de luta, nesse sentido, enquanto a Europa entrava em um tipo de corrida armamentista, os otomanos
entravam num obscurantismo intelectual e conservantismo religioso que seria a causa da ruína
otomana.
O autor, em relação aos muçulmanos, aponta rapidamente características acerca do Império
Mongol, que apresentava uma rede bancária sofisticada, e acerca da Índia, no entanto,
similarmente ao Império Otomano, ambos os impérios adotaram um conservantismo religioso e
acabaram entrando em crise.
Dois estranhos- Japão e Rússia
De acordo com Kennedy, ambos
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