Resumo - História da Vida Privada
Por: Brunna Santella • 26/4/2019 • Relatório de pesquisa • 561 Palavras (3 Páginas) • 338 Visualizações
História da vida privada 1 – Do império Romano ao ano mil
Coleção dirigida por Philippe Ariès e Georges Duby
(página 17)
Viagens: No império a velocidade das viagens terrestres era de trinta a sessenta ou mais quilômetros por dia, exceto para correios oficiais. No mar, segundo os ventos eram necessários quinze dias para ir de Roma à Síria, e as vezes bem mais: sempre que possível evitava-se sair ao mar entre novembro e março. Viajava-se muito, portanto organizavam a vida em função disso.
Cidades: As cidades mais importantes depois de Roma eram Cartago, Alexandria, Antióquia de Síria e Éfeso. As regiões mais prósperas, a Tunísia, Síria e Turquia.
Língua: A originalidade desse império era ser bilíngue, na metade ocidental, a língua dos poderes públicos, do comercio e da cultura era o latim. Na metade oriental, o grego.
População: 50 milhões de habitantes ou, no máximo, o dobro, mais a população rural do seu território. Roma tem 50 mil habitantes, talvez o dobro. O nível de vida, variável segundo as províncias, deve oscilar entre o de um pais mais pobre e o de um pais mais rico do atual Oriente Próximo e Médio.
(Página 23 a 43). Do ventre materno ao testamento
Nascimento: o nascimento de um romano não é apenas um fato biológico. Os recém-nascidos só vêm ao mundo, ou melhor, só são recebidos na sociedade em virtude de uma decisão do chefe de família; a contracepção, o aborto, o enjeitamento das crianças de nascimento livre e o infanticídio do filho de uma escrava são, portanto, práticas usuais e perfeitamente legais. Nem os moralistas mais severos podiam impor à mãe o dever de guardar seu fruto, sequer pensaram em reconhecer ao feto o direito de viver. Alfred Sauvy escreveu: “pelo que hoje sabemos sobre o poder multiplicador da espécie humana, a população do império teria se multiplicado muito mais e ultrapassado seus limites”. Tertuliano, polemista cristão, considera que, uma vez emitido, o esperma já é uma criança.
Natalidade: A lei concedia privilégios às mães de três filhos, entendendo que elas haviam cumprido seu dever, e esse número parece ter predominado.
Educação: a escola era uma instituição reconhecida, o calendário religioso decidia as férias escolares e o período da manhã era o dos estudantes. Uma parte mais ou menos considerável das crianças romanas frequentou a escola antes de completar doze anos, as meninas não menos que os meninos, as escolas eram mistas.
(Página 60 a 80). Os escravos
Escravidão: Os romanos viviam num medo surdo dos escravos, pois o escravo, esse ser naturalmente inferior, é um familiar, que se “ama” e pune paternalmente e pelo qual cada um se faz obedecer e “amar”. Tanto que sua relação com o senhor é perigosa, pois ambivalente o amor pode se transformar em ódio. Um escravo era um sub-homem por destino e não por acidente, a escravidão antiga tem por analogia psicológica menos remota o racismo. Os diferentes escravos em sua inferioridade comum desempenhavam os mais diversos papeis na economia, na sociedade, até na política e na cultura; um punhado deles são infinitamente mais ricos ou poderosos do que a maioria dos homens livres. Não é por causa da sua origem étnica; a escravidão dos povos vencidos e o tráfico nas fronteiras do império proporcionam apenas uma pequena fração da mão de obra servil, os escravos provinham principalmente do rebanho servil, do abandono de crianças e da venda de homens livres em condição de cativeiro.
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