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Trabalho de oficina de leitura

Por:   •  3/6/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.307 Palavras (6 Páginas)  •  331 Visualizações

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Trabalho de Oficina de Leitura

Profº. Lucas Jannoni

 

Textos “A Guerra do Paraguai” e “O Abolicionismo”

Keila Grinberg e Ricardo Salles (Capítulo IX, Vitor Izecksohn)

Joaquim Nabuco

 

João Vitor Alcântara

201710494

Campinas, 25 de maio de 2017

        Na obra “O Brasil Imperial”, capitulo IX intitulado “a Guerra do Paraguai”, o autor do capitulo, Vitor Izeckhn começa explicando o a importância do Rio da Prata, que é um rio composto pelos rios Paraná (Brasil), Uruguai e Paraguai, e por como ele atravessa três países diferentes, havia muitas disputas nessa região. Isso se dava por conta de questões politicas, já que era por essa região era uma facilitadora de escoamento de produtos industriais, pois esse trajeto tinha menor duração, fazendo com que o comércio circulasse com mais rapidez, mas os três países queriam utilizar esse mesmo percurso.

        Há várias interpretações sobre os interesses de cada país e sobre a Guerra do Paraguai. Em relação ao Uruguai, durante o período colonial, 30% do território era controlado por gaúchos brasileiros, 1/3 do território era controlado por eles. Quando o partido Blanco sobe ao poder, traz a ideia de nacionalizar as fronteiras criando impostos dos brasileiros residentes no território, e também controlar os escravos e o gado que circulava nas fronteiras entre os dois países. Em 1863 ocorreu uma guerra civil no Uruguai entre o Partido Blanco e os Colorados, do qual esse contava com o apoio do Brasil e da Argentina, mas foi em 1864 que o Brasil fez a sua intervenção na Guerra Civil, o que incomodou o presidente do Paraguai Solano López, uma vez que ele havia se oferecido para mediar o conflito, mas fora ignorado, ele tinha como sua politica manter o equilíbrio politico da região da Prata. Devido a uma leitura errada do presidente sobre a intervenção militar do Brasil na guerra, ele apreende um navio brasileiro que se dirigia em direção a Mato Grosso, e ao chegar na província ordena uma invasão. Tudo ocorreu por interpretar que o Brasil tinha interesse na região da Prata, quando quem realmente tinha era o Rio Grande do Sul.

        A Guerra do Paraguai, acabou criando para o Brasil, um sentimento de unidade nacional, pode ser dado uma ênfase no Exército, pois como no início do Império ele não havia tido grande importância, com a guerra, ele é reconfigurado e fortalecido, se aprofundando na questão abolicionista, uma vez que a presença de ex escravos no exército brasileiro ajudou a criar um laço entre os escravos e os militares. A linha de pensamento utilizada era o positivismo, que tinha um caráter progressista, já que tinha como ideologia o antiescravismo ( no qual um dos objetivos era ajudar na entrada de escravos no exército para ajudar no trabalho), e também era um mecanismo de prevenção da desigualdade. A proximidade criada com os escravos gerou um sentimento de unidade nacional, onde todos lutam juntos em nome do país.

        O Império brasileiro teve dificuldade para o recrutamento do exército, pois as elites locais tinham muita força e poderiam resistir as forcas militares, e para eles era algo que iria diminuir o seu poder em benéfico a nação. A guerra era vista como uma ameaça, uma prisão para a população e a elite, e então foram criados os “corpos de voluntários”, com o objetivo que “comprar” voluntários os convencendo que a guerra seria curta e fácil de ser vencida, que teriam a possibilidade de conhecer novas realidades (sabendo que grande parte da população era pobre e não tinha condições de sair do seu lugar de origem) e que ao final dela, iriam receber terras, empregos públicos e pensões.

        A Guerra do Paraguai durou até 1870, com o Brasil vitorioso, mas entrou em uma crise financeira devido aos gastos que teve com a guerra. O Paraguai também saiu da guerra com grandes dividas. O exército brasileiro ficou fortalecido após guerra, e também os militares criaram laços de irmandade com os escravos, o que ajudou, em 1871, na Lei do Ventre Livre, que foi o primeiro passo para a abolição da escravidão no Brasil.

No texto “O Abolicionismo”, do autor Joaquim Nabuco, ele inicia comparando a escravidão que ocorreu no Brasil com a dos Estados Unidos, já que abolição da escravidão foi muito diferente nos dois países. Nos Estados Unidos, para poder continuar a união, os Estados do Norte não deixaram os Estados do Sul se separarem para criar uma potência escravista, já que o Sul não queria abolir. A escravidão lá não afetava a constituição social como um todo, mas no Sul da União os escravos não se misturavam, eles não eram considerados da sociedade, mas mesmo após a abolição, os Estados Unidos adotaram uma um sistema que antes só era usado nos Estados do Sul: a separação das duas raças.

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