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A importância do trabalho de leitura e escrita de textos no processo de alfabetização

Relatório de pesquisa: A importância do trabalho de leitura e escrita de textos no processo de alfabetização. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  4/11/2013  •  Relatório de pesquisa  •  2.617 Palavras (11 Páginas)  •  712 Visualizações

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1. INTRODUÇÃO

A finalidade do trabalho é de destacar a importância do professor trabalhar com maior freqüência a oralidade com seus alunos. Realizar leituras individuais, compartilhadas, enfim, que ele (o professor) descubra uma maneira de fazer com que as crianças vejam a importância de trabalhar a leitura e seus diversos gêneros textuais dentro da sala de aula.

É destacada também a importância do trabalho de leitura e escrita de textos no processo de alfabetização. De fato, não mais se admite pensar em alfabetização como simples aquisição de um código de tradução e produção de sinais gráficos. A literatura acadêmica tem respaldado uma mudança de enfoque no que se refere aos modos de ensinar a leitura e a

escrita, recomendando uma integração, desde as fases iniciais, entre atividades de reflexão acerca do sistema de escrita alfabético e o contato intenso com a produção e leitura de textos diversificados. No entanto, a passagem entre o que se defende enquanto princípios e concepções e o fazer efetivo em sala de aula não ocorre de forma automática. A sala de aula é, portanto, o foco deste trabalho, que foi pensado a partir da crença de que é somente fazendo e refletindo sobre o que é feito lá que poderemos avançar nessa passagem.

2. O QUE SIGNIFICA ESTAR ALFABETIZADO?

Estar alfabetizado é nos dias de hoje não apenas saber ler e escrever, ou seja, decifrar códigos. Significa conferir significado e sentido às funções sociais atreladas à escrita. Quando falamos que uma criança está inteiramente alfabetizada, queremos dizer com isso que ela é hábil a compreender diversos tipos de grafia, que ela tem um repertório amplo e habilidades para relacionar-se em um meio social determinado.

A aquisição da escrita não requer o desenvolvimento do entendimento, mas, facilita o uso da multiplicidade da escrita. Durante alguns anos, acreditou-se que a criança deveria conhecer as letras, saber juntá-las, relacioná-las sonoramente etc. Só depois poderia começar com a linguagem escrita.

A prática de ensino e aprendizagem da escrita amplia a capacidade de produzir e interpretar textos orais e escritos, facilitando a resolução de problemas do cotidiano, e contribui para o exercício pleno da cidadania. Para trabalhar a língua escrita na escola deve-se ter a preocupação de manter um estreito vínculo entre as funções comunicativas e sociais, aspectos discursivos e finalidade.

Ser alfabetizado, isto é, saber ler e escrever, é insuficiente para atender adequadamente à demanda atual. Saber ler e escrever de forma mecânica não garante a uma criança a influência mútua com os diferentes tipos de textos que circulam na sociedade. É necessário não apenas decodificar sons e letras, mas ser capaz de entender os significados e usos das palavras em diferentes contextos.

Letramento e Alfabetização vão muito além de decifrar códigos, a alfabetização não precede o letramento, os dois processos são simultâneos.

Ler e escrever tem como função comunicar algo. Por isso é necessário que se verifique o entendimento do texto, não apenas avaliar a habilidade de leitura, se o que for lido não fizer sentido e sequer comunicar algo ao leitor.

Uma criança em fase inicial escolar muitas vezes lê pequenas histórias, mas não compreende o que se passa nela, isso significa que ela apenas decodifica o texto. Mas quando esta habilidade estiver desenvolvida, aí sim ela começará a dar um sentido maior ao que lê. Porém ainda não podemos dizer que essa criança esteja alfabetizada.

E quando uma criança apenas escreve o que ouve não significa que ela esteja hábil para produzir um texto legível e compreensível.

Estar letrado significa atribuir significado e sentido as funções sociais vinculadas à escrita. Mais importante que aprender a conhecer e juntar letras, é perceber o uso que se faz delas e refletí-las.

Analisamos que uma criança e desde muito cedo é “construtora” de hipóteses. Uma vez que tudo para ela é novo, ela vai conhecendo, supondo, crescendo e construindo. Essas construções são aquisições de conhecimento. Conhecimentos estes que vão sendo adquiridos das mais variadas formas e situações e não apenas nos bancos escolares como se supunha.

Através de alguns teóricos, entre eles Faraco, começamos a perceber que características como a importância da cultura original de cada um, sua vivência e individualidade, quando levados em consideração, são na verdade fundamentais para o processo de letramento e que a leitura e a escrita tornam-se assim instrumentos para esse processo.

Avaliamos que a escola tem sua importância, assim como os códigos e é imprescindível que a escola sofra uma transformação em sua essência. Que a escola seja um local de trocas de saberes, de mesclas de culturas e principalmente de valorização de individualidades. E que o educador se perceba como o condutor desse processo e que ele também estará se “ampliando”.

Respeitar desde cedo o potencial da criança, possibilita permitir assim que ela se veja letrada, pois assim, conseqüentemente as outras a verão. Que ela se veja efetivamente agente de transformação do mundo.

Através de pesquisas, selecionamos alguns exemplos de textos que poderiam ser trabalhados com crianças de diferentes faixas etárias. Segue no quadro abaixo:

Tabela 2.1: Gêneros textuais

|Nome do Texto – autor |Tipologia - gênero |Faixa etária |

|“As Borboletas” – Vinícius de Moraes.

|Poema |O3 a 07 anos |

|Brigadeiro – diversos autores |Receita |04 a 07 anos |

|Bula de remédio - dipirona sódica - Laboratório | Instrucional |07 a 08 anos |

|Medley | | |

|Aquarela - Toquinho |Música |05 a 08 anos |

|Cadê - desconhecido | Parlenda |03 a 07 anos |

Observamos ainda que entre os vários gêneros existentes, os mais trabalhados dentro de uma sala de aula e que se encaixam nesta faixa etária, são os gêneros citados no quadro acima. São trabalhados normalmente esses tipos de gêneros, pois cada um deles faz de certa forma, parte do nosso dia-a-dia.

No poema de Vinicius de Moraes, um grande poeta que foi imprescindível para a literatura e a música de nosso país, podemos trabalhar a leitura oral, a escrita de nossos alunos, cores e trabalhar a estrutura

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