A Teoria das Relações Interpessoais
Por: Cátia Silva • 10/11/2021 • Trabalho acadêmico • 1.591 Palavras (7 Páginas) • 576 Visualizações
Índice
Introdução 2
1.Hildegard Peplau 3
2.Teoria das Relações Interpessoais 4
2.1 Pessoa 6
2.2 Saúde 6
2.3 Ambiente 7
2.4 Enfermagem 7
Conclusão 8
Bibliografia 9
Introdução
No âmbito da unidade curricular Fundamentos em Enfermagem I lecionada pela professora Maria João Fernandes, foi-nos proposto a realização do trabalho cujo tema é Paradigma da Enfermagem.
Este trabalho tem como objetivo promover a aprendizagem dos estudantes no âmbito da metodologia científica em enfermagem descrevendo os conceitos de pessoa, saúde, ambiente e enfermagem de acordo com as nossas ideias, valores e crenças identificando as similitudes e diferenças entre os conceitos construídos por nós e os conceitos propostos pela teoria de Hildegard Peplau.
Durante a história, a enfermagem esteve sempre dependente de outras ciências sem que houvesse um conhecimento próprio, o que despertou no dia-a-dia dos enfermeiros a necessidade de construir a sua própria identidade surgindo assim a criação de teorias e conceitos que se tornaram um instrumento adequado e apto para direcionar os enfermeiros na descoberta dos seus limites em relação aos outros profissionais.
Ao longo deste trabalho vamos compreender e aplicar a Teoria das Relações Interpessoais estabelecida por Peplau. Esta aborda as relações interpessoais e tem como finalidade explicar o processo interpessoal que envolve o cliente e o enfermeiro, relacionando as causas e os efeitos dessa interação, apresentando como e porquê que os elementos constituintes da teoria se relacionam.
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1.Hildegard Peplau
Hildegard Elizabeth Peplau nasceu dia 1 de setembro de 1909 na cidade de Reading, no estado da Pensilvânia, Estados Unidos. Os seus pais imigraram para a Europa, mais especificamente para Alemanha. Gustav e Ottylie Peplau tiveram seis filhos, sendo que, Hildegard foi a segunda filha do casal.
Na infância, Peplau presenciou a pandemia da Gripe Espanhola em 1918, onde adoeceram milhões de pessoas, causando a morte de muitos cidadãos, influenciando assim a sua compreensão sobre o impacto da enfermidade e da morte para as famílias.
Em 1931, frequentou a Escola de Enfermagem do Hospital Pottstown, na Pensilvânia, onde começou a trabalhar. Mais tarde, foi trabalhar no Bennington College, em Vermont. Nesta instituição graduou-se em Psicologia Interpessoal.
Em 1943, durante a Segunda Guerra Mundial, foi forçada a servir o país ingressando no Corpo de Enfermeiras do Exército dos Estados Unidos, o que a motivou a pedir uma transferência temporária para Inglaterra, onde conheceu um psiquiatra de quem teve uma filha.
A reputação de Hildegard estava a crescer, acabando por obter o doutoramento no Teachers College da Columbia University e o diploma do certificado como psicanalista especialista, onde foi instrutora e diretora do programa avançado de enfermagem psiquiátrica de 1947 a 1953 – período em que formulou a sua teoria.
Desde 1952, as suas teorias têm contribuído para o desenvolvimento da enfermagem moderna e, além disso, como base de estudo para profissionais e possíveis pesquisas no campo da psicoterapia e da saúde mental.
Hildegard Elizabeth Peplau faleceu dia 17 de março de 1999.
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2.Teoria das Relações Interpessoais
Com o lançamento do seu livro “Interpersonal Relations in Nursing: a conceptual frame of reference for psychodinamic nursing” em 1952, Hildegard introduziu um novo paradigma para a enfermagem centrando-se nas relações interpessoais que se processa entre enfermeira e cliente, desenvolvendo assim a Teoria das Relações Interpessoais. Este processo interpessoal é necessário a participação de duas ou mais pessoas que possam sair beneficiadas destas interações.
A teoria recai sobre duas categorias gerais que resumem as condições de interação essenciais para a saúde:
-As necessidades fisiológicas de um organismo humano que exigem a manipulação das condições materiais em benefício do bem-estar de um individuo ou grupo;
-As condições interpessoais, que são individuais e sociais e que satisfazem as necessidades da personalidade e permitem a expressão e uso de capacidades de forma produtiva.
Segundo a teoria das Relações Interpessoais, a enfermagem é um processo, pelo que a natureza seriada e dirigida a um fim exige certas fases, ações, operações e realizações que se produzem entre enfermeira e o cliente assistido. Existem quatro fases que são: orientação, identificação, exploração e resolução.
Na orientação, o cliente tem uma necessidade sentida que identifica e que o leva a procurar ajuda de um profissional, levando a enfermeira a ajudar o cliente a reconhecer e compreender o seu problema e a determinar a sua necessidade de ajuda.
Na identificação, o cliente identifica-se com quem o pode ajudar, estabelecendo assim a relação, permitindo assim a enfermeira a explorar os sentimentos do cliente para o ajudar a passar pela doença, reorientando os sentimentos, fortalecendo as forças positivas da personalidade e fornecendo a satisfação necessária.
Na exploração, o cliente tenta retirar toda a mais-valia da relação estabelecida. A enfermeira ajuda a projetar novos objetivos a atingir através do esforço pessoal.
Por último, na fase da resolução o cliente abandona gradualmente os objetivos antigos adotando novos. Este é um processo no qual se dá a libertação da identificação anteriormente feita. (Tomey e Alligood 2004)[pic 3]
Durante este processo entre enfermeira-cliente, podem surgir vários papeis das seguintes categorias:
-Estranho, onde no início da relação são ambos estranhos, pelo o que se devem guiar pelo o princípio do respeito este que implica a enfermeira aceitar o paciente como é e tratar o paciente como um estranho emocionalmente apto e relacionar-se com ele sobre esta base;
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