Análise The Fog of War
Por: Marina Fialho • 19/6/2019 • Resenha • 421 Palavras (2 Páginas) • 544 Visualizações
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Marina Fialho
Matrícula: 201804580
Política Internacional Contemporânea
Professora: Matheus Hoffman
Curso: Relações Internacionais
Análise do filme Sob a névoa da guerra (The fog of war: Eleven lessons from the life of Robert S. McNamara, 2003)
Robert McNamara é ex-secretário de Defesa dos governos de John Kennedy e Lyndon Johnson e ocupou um dos mais altos cargos do poder público estadunidense, encontrando-se no centro das mais profundas crises bélicas da Segunda Guerra Mundial à Guerra do Vietnã, passando pelas crises da Guerra Fria. A obra cinematográfica destaca, então, o perfil mais humilde e humano de Robert, diferente da imagem que era promovida pela imprensa: metódico, insurgente, presunçoso e calculista.
O filme apresenta trechos de reuniões secretas que ocorriam no Salão Oval da Casa Branca, mostrando o clima de tensão em torno da crise dos mísseis de Cuba, em 1962, durante a Guerra Fria. A versão cinematográfica baseia-se numa realidade na qual John Kennedy e seu irmão Bob salvam o planeta de uma guerra nuclear com perícia política e entre em cena uma nova história envolvendo arroubos pueris e falta de bom senso. Sob a névoa da guerra traz trechos inéditos de conversas telefônicas gravadas entre o ex-secretário de Defesa e seus superiores na Casa Branca.
Além disso, McNamara fala dos cinco meses que antecederam o lançamento das bombas atômicas que impuseram um final à Segunda Guerra, levantando profundos questionamentos sobre a participação moral dos Aliados na guerra – “O objetivo de ganhar uma guerra justifica uma nação ter ordenado o massacre de 100 mil civis em apenas uma noite?”, questiona o personagem. Nos leva a uma reflexão sobre a fragilidade das estruturas do poder e as incongruências da guerra.
Os fatos, revelados em ordem cronológica durante a entrevista com o ex-secretário da Defesa, divididos em tópicos (as onze lições) revelam a mentalidade da estratégia americana dentro da guerra, de maneira a enfatizar a intenção do governo americano. McNamara destaca que se os EUA tivessem perdido a Guerra, ele e os parceiros teriam sido julgados como criminosos de guerra, e que ser criminoso de guerra é apenas uma questão de quem saiu-se vencedor.
Por fim, eis que as onze lições de Robert McNamara apontam: tenha empatia pelo inimigo; proporcionalidade deveria ser uma regra na guerra; existe algo além de nós mesmos; acreditar e ver estão, ambos, frequentemente errados; esteja preparado para reexaminar as suas razões; consiga dados; a racionalidade não nos salvará; não se pode mudar a natureza humana; maximize a eficiência; para fazer o bem, talvez você precise se aproximar do mal; e nunca diga nunca.
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