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Apologistas

Relatório de pesquisa: Apologistas. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  8/12/2014  •  Relatório de pesquisa  •  2.038 Palavras (9 Páginas)  •  211 Visualizações

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1 O que eram os apologistas?

Os apologistas eram homens instruídos do segundo e terceiro séculos. Os mais conhecidos são Clemente de Alexandria, Tertuliano e Justino, o Mártir. Suas obras se dirigiam principalmente aos pagãos e às autoridades romanas com o objetivo de explicar a fé cristã, e incluíam muitas referências à Bíblia. Acima de tudo, os apologistas tomaram uma posição contra os perseguidores. Negavam suas acusações e apresentavam os cristãos numa luz favorável.

Uma das maiores preocupações dos apologistas era convencer as autoridades políticas de que os cristãos não eram inimigos do imperador nem do império. Falando sobre o imperador, Tertuliano disse que “nosso Deus o designou”, e Atenágoras defendeu a natureza hereditária do trono imperial, envolvendo-se assim na política da época. Dessa forma, eles ignoraram as palavras de Jesus Cristo, que disse: “Meu reino não faz parte deste mundo.” — João 18:36.

Os apologistas também diziam que Roma e a religião cristã deviam ficar mais próximas. Segundo Melito, as duas entidades formavam um par e contribuíam para o bem-estar do império. O escritor anônimo da Epístola a Diogneto disse que os cristãos eram uma parte essencial do mundo, ‘mantendo-o em união’. E Tertuliano escreveu que os cristãos oravam pela prosperidade do império e para que o fim do sistema fosse adiado. Em resultado, a vinda do Reino de Deus parecia de certa forma, menos necessária. — Mateus 6:9, 10.

2 - PRINCIPAIS APOLOGISTAS DA IGREJA

2.1 Justino

Crê-se que Justino nasceu depois de 100 d.C. Seu lugar de nascimento foi em Flavia Neapolis, na Síria-Palestina, ou Samaria. A educação infantil de Justino incluía retórica, poesia e história. Como jovem adulto mostrou interesse por filosofia e estudou primeiramente estoicismo e platonismo. Justino buscava a Deus que "é a meta da filosofia de Platão" dizia.

Justino foi introduzido na fé diretamente por um velho homem que o envolveu numa discussão sobre problemas filosóficos e então lhe falou sobre Jesus. Ele falou a Justino sobre os profetas que vieram antes dos filósofos, ele disse, e que falou "como confiável testemunha da verdade”. Eles profetizaram a vinda de Cristo e suas profecias se cumpriram em Jesus. Justino disse depois que "meu espírito foi imediatamente posto no fogo e uma afeição pelos profetas e para aqueles que são amigos de Cristo, tomaram conta de mim; enquanto ponderava nestas palavras, descobri que a sua era a única filosofia segura e útil... é meu desejo que todos tivessem os mesmos sentimentos que eu e nunca desprezassem as palavras do Salvador." Justino buscou cristãos que lhe ensinaram história e doutrina cristã e então "se consagrou totalmente a expansão e defesa da religião cristã”.

Justino continuou usando a capa que o identificava como filósofo e ensinou estudantes em Éfeso e depois em Roma. James Kiefer nota que "ele entrava em debates com não cristãos de todas as variedades, pagãos, judeus e hereges”.

A convicção de Justino da verdade de Cristo era tão completa que ele teve morte de mártir por volta de 165 d.C. Eusébio, o historiador da Igreja antiga, disse que ele foi denunciado por cínico Crescêncio com quem ele entrou num debate brevemente antes de sua morte. Justino foi decapitado junto com seis de seus alunos.

Em suas duas Apologias, a primeira meta de Justino foi defender os cristãos em lugar do cristianismo em si. Os cristãos estavam sendo tratados injustamente; a ambição de Justino foi conseguir um tratamento justo para eles. A perseguição havia chegado ao ponto de os cristãos serem julgados só por terem o nome de cristãos. Seus hábitos no culto eram estranhos, sua negação em participar dos cultos cívicos e ao culto ao imperador, e suas crenças estranhas eram bastante para prejudicá-los. Assim, para alguns imperadores e governadores, só o fato de ter o nome cristão era o bastante para levá-lo a juízo.

2.2 Taciano

Taciano era nativo da Síria. Muitas viagens e leitura extensa o familiarizaram com a cultura greco-romana dos seus dias. Taciano foi a Roma como orador público itinerante. No entanto, enquanto estava em Roma, o cristianismo chamou sua atenção. Passou a associar-se com Justino, o Mártir, tornando-se possivelmente seu discípulo.

Num relato revelador da sua conversão ao cristianismo nominal, Taciano afirma: “Procurei saber como podia descobrir a verdade.” Comentando a sua reação quando teve contato com as Escrituras, ele diz: “Vim a conhecer certos escritos bárbaros, antigos demais para serem comparados com as opiniões dos gregos, e divinos demais para serem comparados com os erros destes; e fui levado a depositar fé nestes escritos pela sua linguagem despretensiosa, pelo caráter cândido dos seus escritores, pelo conhecimento antecipado do futuro que evidenciam, pela qualidade excelente dos preceitos e pela declaração do governo do universo como centrado em um só Ser.”

Taciano não hesitou em convidar seus contemporâneos para examinarem o cristianismo dos seus dias, e para verem a sua simplicidade e clareza em contraste com a obscuridade do paganismo. O que podemos aprender dos seus escritos?

Os escritos de Taciano o retratam como apologista, escritor que fala em defesa das suas crenças. Tinha uma atitude firme e antagônica para com a filosofia pagã. Na sua obra Address to the Greeks (Discurso aos Gregos), Taciano salienta a inutilidade do paganismo e a razoabilidade do cristianismo nominal. Adota um estilo muito duro ao expressar desprezo pelos modos gregos. Por exemplo, ele declara com respeito ao filósofo Heráclito: “A morte, porém, demonstrou a estupidez deste homem; pois, sofrendo de hidropisia, visto que ele tinha estudado medicina e filosofia, cobriu-se com esterco de vaca, o qual, ao endurecer, encolheu a carne de todo o seu corpo, de modo que ele se desfez em pedaços e assim morreu.”

Taciano tinha em alta estima a crença em um só Deus, o Criador de todas as coisas. (Hebreus 3:4) No Address to the Greeks, ele se refere a Deus como “um Espírito” e diz: “Somente ele não teve princípio e Ele Mesmo é o começo de todas as coisas.” (João 4:24; 1 Timóteo 1:17) Rejeitando o uso de imagens na adoração, Taciano escreve: “Como posso chamar troncos e pedras de deuses?” (1 Coríntios 10:14) Ele cria que a Palavra, ou o Logos, veio a existir como primogênito das obras do Pai celestial e depois disso foi usado na criação do Universo material. (João 1:1-3; Colossenses 1:13-17) Referente à ressurreição no tempo designado,

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