Cidades Da Copa Do Mundo
Ensaios: Cidades Da Copa Do Mundo. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: gmsilva1 • 5/8/2014 • 6.725 Palavras (27 Páginas) • 369 Visualizações
1. Introdução
A copa do mundo é um evento internacional, sua edição inaugural ocorreu em 1.930, com exceção de 1942 e 1946, quando não ocorreu em função da Segunda Guerra Mundial, a copa ocorre de 4 em 4 anos.
Na sua edição de 2014 os anfitriões seremos nós, o Brasil, doze cidades das cinco regiões do Brasil receberão a Copa do Mundo, sendo elas, Belo Horizonte , Brasília , Cuiabá ,Curitiba , Fortaleza, Manaus , Natal, Porto Alegre , Recife , Rio de Janeiro , Salvador e São Paulo.
Mais de R$ 25 bilhões serão investidos em aeroportos, estádios e novos sistemas de transportes, tudo para adequar a infraestrutura das capitais aos milhares de turistas que virão ao evento.
Muitas serão as oportunidades como, oferta de emprego, investimentos, programas de capacitação do governo, o que será muito oportuno para o crescimento econômico e para a visibilidade do país.
Porém algumas ameaças podem trazer impacto negativo e evidenciar para o mundo alguns do nossos problemas , como a falta de mobilidade urbana , segurança pública , corrupção , entre outros.
Diante destas duas realidades , este projeto traz uma análise da visão econômica do país, os investimentos que estão sendo feitos em toda a infraestrutura , a promoção social , as práticas de sustentabilidade , as possibilidades de expansão do país com este evento e a estabilidade da nossa economia.
Todas estas abordagens da copa do mundo de 2014 estão evidenciados e foram trabalhados por intermédio da matriz SWOT .
2. Visão econômica do país
Segundo o estudo "Brasil Sustentável - Impactos Socioeconômicos da Copa do Mundo 2014", desenvolvido pela Ernst & Young em parceria com Fundação Getúlio Vargas (FGV), o evento da copa, economicamente irá quintuplicar os investimentos feitos.
Os setores mais beneficiados pela Copa do Mundo no Brasil serão os de construção civil, alimentos e bebidas, serviços prestados às empresas, serviços de utilidade pública (eletricidade, gás, água, esgoto e limpeza urbana) e serviços de informação.
A probabilidade é de que o número de visitantes internacionais para o Brasil pode crescer 79% até a Copa, podendo ter impacto superior nos anos seguintes, pois eventos esportivos tem sido uma estratégia de diversos países para a atração de investimentos e de atenção internacional.
A Copa do Mundo de 2014 (Copa-2014) representa um grande evento esportivo programado para o Brasil que ganhará uma ampla visibilidade com a promoção dos mega-eventos esportivos agendados, porém, os benefícios econômicos que tais eventos trarão para o país são difíceis de estimar, pois envolvem muitos setores.
De acordo com José Carlos Pinto, sócio de assessoria da Ernst & Young, "o incremento do turismo traz consigo uma entrada significativa de recursos, que acabam se distribuindo entre os setores de hotelaria, transporte, comunicações, cultura, lazer e varejo".
De R$ 29,6 bilhões, gastos estimados da Copa (incluindo despesas dos turistas) serão de R$ 12,5 bilhões no setor público (42%) e R$ 17,16% bilhões derivados do setor privado (58%).
Todas as 12 cidades-sede receberão investimentos de infraestrutura da ordem de R$ 14,54 bilhões, que vão muito além da construção ou modernização dos estádios, com significativa influência sobre os PIBs municipais. Haverá a construção de "fan parks", ou seja, grandes parques transformados em espaços de lazer para quem não vai acompanhar os jogos no estádio.
O PIB no período 2010-2014 é de R$ 64,5 bilhões - valor que corresponde a 2,17% do valor estimado do PIB para 2010, de R$ 2,9 trilhões.
Os grandes eventos esportivos são muito almejados por muitos países, porém é necessário fazer um grande projeto estratégico entre várias áreas que serão utilizadas para que não haja desperdício de recursos o que comprometerá as contas públicas prejudicando futuros investimentos que poderão ter prioridades
Deve-se considerar também a realização do evento, o desempenho de vários setores cresce rapidamente, porém “é necessário avaliar tudo de um ponto de vista de longo prazo, porque passada a euforia do evento, quem vai utilizar essa estrutura”, disse a especialista da Grant Thornton Brasil.
É necessário evitar a repetição de erros, com, por exemplo, a realização dos Jogos Panamericanos de 2007, que, segundo o especialista Somoggi, foi um fiasco em termos de investimento, que ficaram centrados apenas nos equipamentos esportivos que não gerou retorno para a cidade do Rio de Janeiro. “Um bom exemplo são os estádios da Copa de 2014 que podem consumir quase R$ 7 bilhões, um valor completamente fora da realidade brasileira”, completou.
“O Brasil terá 12 sedes para a Copa do Mundo, e essas sedes terão arenas novas. Isso permite a utilização de parcerias com a iniciativa privada para os eventos. É importante ter bom senso para atrair o capital privado”, de acordo com Madeleine, da Grant Thornton Brasil.
A construção de novos estádios pode aumentar a atividade econômica, também pode elevar os custos de oportunidade para o setor público e, geralmente, tem por consequência a redução de outros serviços públicos, gerando empréstimo do governo ou impostos mais altos. Também a falta de planejamento após o megaevento esportivo pode provocar a subutilização das infra-estruturas construídas e, com isso, produzir um alto custo para a manutenção dos estádios. Por isso, analistas asseguram que é necessário não pensar só na cidade sede dos eventos, mas planejar o país como um todo, para o longo prazo.
Existe um método que estuda os impactos de eventos esportivos chamado de Insumo-Produto, que pode estimar os efeitos diretos e indiretos desses eventos, entretanto, os valores obtidos superestimam os efeitos reais, pois a metodologia utiliza hipóteses ilimitadas de fatores de produção, não lida com os efeitos de substituição nem custos de oportunidade. Além disso, não capta as mudanças que a realização do evento esportivo pode provocar nas relações bem-sucedidas, também não é capaz de captar lucros ganhos pelo evento que irá para os acionistas estrangeiros, o que não irá influir para a economia local.
Os Impactos na economia brasileira Nacionais variam de acordo com as suas fontes de recursos. O PIB e o emprego crescem com os investimentos na fase de construção, a não ser na simulação com financiamento público, devido ao efeito negativo da queda do consumo do governo, que por pressuposição financia os investimentos na construção dos estádios. O
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