Copa Do Mundo No Brasil E Uma Boa Escolha?
Artigos Científicos: Copa Do Mundo No Brasil E Uma Boa Escolha?. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: • 12/5/2014 • 1.144 Palavras (5 Páginas) • 328 Visualizações
A Copa de 2014 no Brasil
A decisão da FIFA de escolher o Brasil como sede da Copa do Mundo de 2014 gerou muita polêmica entre os brasileiros. Alguns acham que a decisão fará bem ao Brasil, atraindo investimentos estrangeiros; outros acham que isso é uma irresponsabilidade. Qual é a verdade nessa história?
Na Copa de 1950 o Brasil não teve muito tempo para organizá-la e, no final, tudo deu certo, apesar de nossa seleção ter perdido a final para o Uruguai por 2 a 1 em pleno Maraca (no inesquecível Maracanaço). Nessa época o Brasil vivia instável politicamente, com sequências de tentativas de golpes políticos.
Comparando essa época com a nossa, percebemos claramente que vivemos numa época muito melhor, politicamente e economicamente falando. Além disso, temos quatro anos para organizar a Copa, tempo suficiente para ser feito um bom trabalho e quatro vezes maior do que em 1950.
Uma copa no Brasil terá aspectos "negativos" e positivos. Entre os aspectos mais citados como "negativos" podemos citar os altos gastos com a recuperação de estradas e estádios. A recuperação de estradas é um fator positivo, já que as estradas brasileiras há tempos estão precisando de investimentos para a sua recuperação. Já o gasto na recuperação dos estádios pode ser recompensado com a entrada de capitais de investimentos externos e de turistas.
Além disso, as obras para a recuperação de estádios e estradas gerarão muitos empregos no Brasil, que melhorarão a condição de vida de muitas pessoas. Há também os investimentos em segurança e saúde que, se bem aproveitados, podem durar depois da Copa e proporcionar melhores condições de vida para toda a população, deixando um legado importantíssimo.
Trata-se de uma questão de competência: se bem aproveitada, essa oportunidade trará inúmeros benefícios para o Brasil; mas se nossos políticos ficarem preocupados com as verbas envolvidas e se esquecerem da Copa, ela será um fracasso total e perderemos dinheiro e imagem. Aí que entra nosso papel de fiscalizar e cobrar os políticos por ações que beneficiem o país como um todo.
Vou falar dos ponto positivos primeiro, um deles é a movimentação do comércio, ou seja, as empresas e vendedores, lojas e demais empreendimentos, hotéis e bares saíram ganhando muito com isso, com muitas pessoas de fora estaríamos de certo modo movimentando a economia do país, além de termos os olhos de parte do mundo voltados para nós, com isso além das empresas internas, empresas de fora também poderão investir aqui mesmo que seja temporariamente, o ponto positivo é que as empresas sairiam ganhando e a nação ganharia um certo capital com isso, o ponto negativo é a superlotação das vias e transportes, dor de cabeça para quem mora perto dos estádios e lixo pelos cantos, além de que teremos trazer maior segurança, bem mesmo sendo o Brasil devemos ter cuidado com terrorismo, pois viram pessoas de diversos países para cá, na minha opinião está sendo muito dinheiro jogado fora, que poderiam ser investidos em coisas realmente melhores.
Economia do Brasil passará por um efeito alavanca
A realização da Copa do Mundo de 2014 no Brasil tem sido motivo de grande polêmica na sociedade. De um lado há os que são a favor do empreendimento, apostando em grandes investimentos em infraestrutura e desenvolvimento interno. Já outros desacreditam os projetos do governo e dizem que o evento trará grandes gastos públicos, e que o montante deveria ser investido em setores mais carentes, como saúde e educação.
No entanto, algumas medidas positivas estão sendo tomadas. Pode-se citar, como exemplo, a propositura pelo presidente do Conselho Nacional de Justiça, Gilmar Mendes Ferreira, de um acordo de cooperação técnica com o Comitê Organizador da Copa do Mundo de 2014, com o objetivo de oferecer a ex-detentos vagas de trabalho nas obras realizadas para a competição. Tal medida figuraria como forma de ressocialização, através de parcerias com empresas que ofereceriam postos de trabalho a estas pessoas extremamente marginalizadas pela sociedade e vítimas de preconceito, pois insertas em um sistema penitenciário falido, dissociado de seu escopo legal de reinserção na sociedade. Se o projeto realmente sair do papel, será uma verdadeira conquista e resgate da dignidade humana destas pessoas que já pagaram sua dívida para com a sociedade.
Certo é que a economia do País passará por um efeito alavanca, em que todas as áreas terão ganhos. As cidades que sediarão os jogos serão as primeiras a serem beneficiadas com grandes projetos de infraestrutura, como a preparação dos estádios, seja recuperando os já existentes, seja pela construção de novos prédios, além da reformulação do sistema de transporte público, melhoria no sistema de segurança e até mesmo na movimentação da iniciativa privada na infraestrutura de turismo, com a construção de novos hotéis, restaurantes, o que inevitavelmente acarretará a geração de empregos em diversos setores da economia.
Porém, a maior preocupação no cenário traçado é sobre qual a melhor maneira de fazer com que todo esse investimento efetivamente ocorra, sem que ninguém se prejudique, ou seja, que seja bom para o investidor privado e público.
Neste sentido, a Parceria Público Privada aparece como um caminho para o investimento, desde que o Governo trabalhe de acordo com os limites impostos por lei. No entanto, essa alternativa deve ser cautelosamente avaliada, visto que acarretaria um endividamento governamental, diante da obrigatoriedade de o governo oferecer garantias aos entes privados, o que poderá não ser a melhor opção para a ainda instável e frágil conjuntura econômica global atual.
Assim, da gama de possibilidades que a Copa de 2014 traz para a economia brasileira, a ideia da utilização de benefícios tributários para determinados setores da economia torna-se um dos incentivos mais interessantes.
Há que se cuidar apenas, com a experiência vivida nos Jogos Pan-americanos de 2007, que a Copa não seja mais um motivo para escândalos envolvendo o Governo, com desvio de dinheiro público e acertos ilegais.
Fato é que a economia tem chances de crescimento em todos os setores. Independentemente do que ocorra ou da maneira como esse projeto monumental seja gerenciado, haverá espaço para o profissional da área jurídica.
Diretamente, como já está acontecendo, há oportunidade de consultorias, com elaboração de pareceres jurídicos, principalmente, sobre as maneiras de levantamento do dinheiro que será usado. Há ainda uma grande demanda trabalhista, pois onde há grandes obras, há uma enorme quantidade de contratações, tanto de mão-de-obra para a efetiva construção e reformas, como também para todo o mercado fornecedor de matéria-prima e serviços.
Ainda, a demanda jurídica crescerá também na área internacional, com a assessoria na obtenção de vistos e de investimentos estrangeiros.
Em resumo, o Brasil, de uma maneira geral, só tem a ganhar com a vinda de um grande evento mundial como a Copa. Muitos turistas virão ao País, muitas obras públicas e privadas serão realizadas e muito trabalho será gerado. Assim, com uma boa gestão desta oportunidade e com a participação de todos os setores da economia, a sociedade toda ganha.
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