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Economia Cafeeira E Desenvolvimento Industrial

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Por:   •  26/10/2014  •  3.089 Palavras (13 Páginas)  •  726 Visualizações

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Economia Cafeeira e Desenvolvimento Industrial

Introdução

Desafios para a Política Econômica

O Ciclo da era do Ouro (1900-1913)

A Economia Durante a I Guerra Mundial (1914-1918)

O Período de Pós guerra (1919-1922)

A Recuperação, Desequilíbrio Externo e Ajuste Recessivo (1922-1926)

O Boom e a Depressão (1927-1930)

A primeira unidade aborda o período de 1900-1930, tendo como destaque o cultivo do café e suas implicações políticas, econômicas e sociais. Além disso, o período foi marcado pela I Guerra Mundial e no final da década, ocorreu a Grande Depressão.

Contextualização

Com uma economia totalmente voltada para o agronegócio, com destaque para o cultivo do café, o estudo da economia brasileira do período de 1900 a 1930 apresenta uma característica muito importante: a acentuada vulnerabilidade em relação ao setor externo. Em outras palavras, a economia brasileira estava muita sujeita a “choques exógenos”. Além disso, outro ponto relevante para o sucesso ou não dessa commodity foi o comportamento do clima, responsável pela flutuação da oferta.

Se o setor cafeeiro teve um grande destaque, é justo supor que os senhores, donos das fazendas de café também o tiveram e constituíram uma camada social chamada plutocracia, com muita influência política.

Em relação às ideologias, foi percebido um desgaste dos pressupostos liberais, fomentados pelos efeitos principalmente da variação da demanda internacional, já que isso ocasionava um efeito multiplicador (positivo ou negativo) considerável em nossa economia.

Dentro do período estudado, notam-se algumas diferenças, como: o período de 1900-1913, considerado o ciclo da era de ouro, devido o crescimento econômico; depois 1914-1918 marcado pela I Guerra Mundial. A seguir, os anos de 1919-1923 com crescimento no início, seguido de queda da atividade econômica. Por fim, mais dois períodos distintos fecham o estudo dessa unidade: 1922-1926 (período marcado pela recuperação econômica, desequilíbrio externo e o ajuste recessivo) e 1927-1930 (boom e a depressão mundial).

Introdução

O panorama do período que compreende os anos entre 1900 e 1930 apresentou grandes desafios e muitos acontecimentos que influenciaram a economia brasileira.

Apesar de a visão liberal preencher o pensamento econômico mundial, ela seria rapidamente superada pelos ideais “keynesianos”, após a publicação, em 1936, da obra “A Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda”, de autoria do economista britânico John Maynard Keynes.

Os ideais apresentados nessa obra foram de muita utilidade para as economias mundiais, principalmente no que tange a viabilização da recuperação da atividade econômica no período pós-crise internacional iniciada em 1929, conhecida popularmente como a Grande Depressão. Em suma, Keynes recomendava uma participação maior do Estado na economia, para a manutenção do emprego e seus efeitos multiplicadores.

Como se verá adiante, a instabilidade econômica gerada pelos sucessivos choques externos que se iniciam em 1914 e se estendem pela primeira metade dos anos 20, mina as bases das alianças políticas tradicionais entre os grandes estados e – sob estímulo adicional das ideologias emergentes na Europa do pós-guerra – debilita a crença nas vantagens do liberalismo econômico (ABREU, 2004).

Esses efeitos podem ser explicados rapidamente de forma muito simples, pois se há emprego, existe salário e, por conseguinte, existirá consumo, proporcionando a manutenção da atividade econômica.

Para uma economia extremamente dependente de receitas oriundas da exportação de produtos agrícolas, a superprodução do café no ano 1929 potencializou os efeitos da crise.

Como o café não é um produto indispensável, em momento de crise internacional o consumo por parte dos países importadores foi reduzido, fato que resultou em déficit externo devido á queda no consumo mundial.

Mas a política econômica não foi conduzida fielmente de acordo com os ideais liberais (exceto a gestão de fluxos financeiros e comerciais), pois o governo ao longo de todo o período em questão utilizou dos instrumentos disponíveis para incentivar a atividade econômica, com investimento em obras públicas, desvalorizações cambiais, o controle de importações pós-crise, a criação da Caixa de Conversão entre outros.

Ao término do período, nota-se uma ruptura com o modelo de economia primário-exportadora do café, pois com a instalação da crise internacional, o país não conseguiu as receitas de outrora com a venda café, fato que forçou a obtenção de outra saída, a busca por uma industrialização independente do café, que será abordada na próxima unidade.

Assim, quando após um breve interlúdio de estabilidade o país recebe o impacto avassalador da crise internacional de 1929 – complicado aqui pela crise da superprodução de café, que amplifica enormemente os efeitos negativos generalizados da Grande Depressão sobre as economias primário-exportadoras – não é só o sistema político que se desintegra. Com ele, termina também o modo caracteristicamente liberal de gestão dos fluxos comerciais e financeiros entre a economia brasileira e a economia mundial, mantido desde a era imperial (ABREU, 2004).

Desafios para a política econômica

Com base na introdução apresentada, é possível afirmar que o desafio do período na condução da política econômica esteve focado em:

a) proteger a economia de flutuações externas, devido ao modelo primário exportador;

b) conciliar interesses políticos.

Dado as características que marca uma economia baseada na produção e comercialização de, basicamente, produtos primários (vide Figura I), o país esteve muito vulnerável a choques exógenos motivados pelas flutuações na oferta do café (devido ao clima) que resultaram na queda de receita das exportações e baixa “elasticidade preço da demanda”.

Ainda como parte do destaque do período, nota-se a atuação dos governos na conduta da política econômica por meio de:

a) política fiscal;

b) monetária e cambial;

c) banqueiros

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