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Estudo De Problemas

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Por:   •  22/10/2014  •  Resenha  •  385 Palavras (2 Páginas)  •  177 Visualizações

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Mais tarde, as enfermidades até então desconhecidas pelos nativos brasileiros foram chegando junto com os colonizadores europeus e se tornaram frequentes, sendo agravadas pelos conflitos entre indígenas e europeus e pelas dificuldades materiais da vida no território brasileiro.

Foi neste contexto de dilema sanitário que o conselho Ultramarino português criou os cargos de físico-mor e cirurgião-mor, os quais eram responsáveis por zelar pela saúde dos residentes no Brasil. Entretanto, esses cargos ficaram sem ocupantes por um longo período, pois raramente os médicos portugueses aceitavam vir para o Brasil, desencorajados pelas condições oferecidas: baixos salários e os riscos que um território em processo de colonização oferecia.

Os poucos médicos que aceitaram se instalar no Brasil pouco puderam fazer pela população, pois a situação de exercício da profissão era extremamente precária. Deste modo, os enfermos, ricos ou pobres, preferiam utilizar medicamentos e tratamentos indicados pelos curandeiros negros ou indígenas. As orientações dos médicos só eram seguidas pela população em épocas de epidemia, como no caso da varíola.

Com a vinda da Corte portuguesa para o Brasil, em 1808, houve mudanças na administração e previa-se uma melhora na saúde pública brasileira. A cidade do Rio de Janeiro se tornou sede provisória do império português, principal porto do país e centro das ações sanitárias.

As mudanças administrativas referentes às medidas sanitárias nenhum avanço trouxeram à saúde pública; ela continuava frágil e pouco eficaz. Nos leitos dos hospitais públicos e nas Santas Casas misturava-se todo tipo de enfermos, de modo que, somado à falta de higiene desses hospitais, o risco de contrair infecções era colossal, levando muitos à morte. Por estes motivos, a população optava por tratar-se sozinha em casa, e os mais abastados procuravam tratamento na Europa.

Conforme os ensinamentos do doutrinador supracitado, “a fase imperial da história brasileira encerrou-se sem que o Estado solucionasse os graves problemas de saúde da coletividade [...] no final do Segundo Reinado o Brasil mantinha a fama de ser um dos países mais insalubres do planeta.”.

Após a proclamação da República, em 1889, a necessidade de atualizar a economia e a sociedade, que estava atrasada em relação ao resto do mundo capitalista, levou à capacitação física e intelectual dos trabalhadores. Nesse cenário, a medicina assume um papel de grande importância: garantir a melhoria da saúde individual e coletiva e, por extensão, a defesa do projeto de modernização do país.

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