Geopolitca Definição
Exames: Geopolitca Definição. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: juhjunior • 14/2/2014 • 1.344 Palavras (6 Páginas) • 252 Visualizações
Definição de Geopolítica
A Geopolítica e as Relações Internacionais
‘A política de um Estado é sua geografia’
(Napoleão Bonaparte)
DEFINIÇÃO DE GEOPOLÍTICA
A geopolítica é a disciplina que busca entender as relações recíprocas entre o poder político nacional e o espaço geográfico. Ela procura responder a seguinte questão: até que ponto a ação dos estados nacionais é ou não determinada pela situação geográfica. A geopolítica tem duas finalidades:
1. orientar a atuação dos governos no cenário mundial;
2. permitir uma análise mais precisa das relações internacionais.
OS FUNDADORES DA GEOPOLÍTICA
O raciocínio geopolítico (o aproveitamento do espaço territorial e os limites que este impõe à ação do Poder) sempre influenciou os governantes desde a mais remota Antigüidade. Contudo, a normatização metodológica da geopolítica só ocorreu no século XIX. O “pai” da geopolítica foi um geógrafo alemão FRIEDRICH RATZEL (1844-1904), autor do livro "ANTROPOGEOGRAFIA - FUNDAMENTOS DA APLICAÇÃO DA GEOGRAFIA À HISTÓRIA", que formulou conceitos fundamentais para a abordagem geopolítica da realidade internacional. Em primeiro lugar, a função do Estado, é expandir e
defender o espaço territorial nacional e, além disso, Ratzel conceituava que as fronteiras nacionais são móveis, pois são determinadas pela capacidade político-militar de ampliá-las e de as manter.
Importante é ressaltar que Ratzel reflete o momento histórico da unificação da Alemanha pela Prússia, processo marcado pela expansão militar. A Alemanha Imperial (o IIº Reich) surgiria em 1871 após três guerras: a “dos Ducados”, contra a Dinamarca (1864), a “Guerra Austro-Prussiana” (1866) e a “Franco-Prussiana” (1870). O raciocínio de Ratzel expressa esta íntima ligação entre “unidade política” (proposta de unificação nacional), necessidade de expansão territorial e poder militar.
Nos Estados Unidos da América, o almirante ALFRED THAYER MAHAN, outro precursor da geopolítica, elaborou uma proposta global para seu país. Segundo sua visão, os EUA eram uma “grande ilha” cercada por dois enormes oceanos: o Atlântico e o Pacífico. Portanto, seria um país quase impossível de ser invadido, contanto que tivesse como aliados o Canadá e o México. Mas, também seria fundamental manter a América Central como “zona de influência”. Potência insular, os EUA não precisariam de um exército forte, mas de esquadras navais poderosas: uma no Pacífico e outra no Atlântico. Estas frotas, numa emergência, se ajudariam: daí a necessidade de uma passagem entre o Atlântico e o Pacífico próxima ao território norte-americano. Nascia, assim, o projeto do Canal do Panamá. Mahan, em seu livro, defende a idéia de que as potências marítimas tendem a ser dominantes, pois são capazes de manter o controle de áreas ao redor do continente euroasiático, então o “núcleo sócio-econômico-político” do mundo. De fato, a Eurásia pode ser definida como uma enorme massa territorial contínua cuja segurança depende,fundamentalmente, da ação de forças militares terrestres. Em síntese, as nações euroasiáticas teriam uma mentalidade estratégica fundada nos exércitos; os países periféricos à Eurásia optariam pelo poder naval -
atualmente, aeronaval. Na gíria geopolítica: as nações “baleias” versus os países “ursos”.
Em 1904, o britânico John Mackinder, difundiu a teoria de que a ”Heartland” (“CORE“ – “terra coração”, “região núcleo”) do mundo, em função da sua massa territorial, seria a Eurásia, notadamente a região compreendida entre a Alemanha e a Rússia. No entender de Mackinder, a potência que controlasse essa área seria hegemônica em relação às nações marítimas que, por seu turno, dominariam a “Ilha Mundial” (“World Island”), isto é, os espaços do planeta periféricos ao continente eurasiano. Historicamente, as nações que buscaram o domínio do “core” euroasiático foram, em tempos recentes, a Alemanha e a Rússia; as que buscaram o poderio naval foram, de início, a Inglaterra, e, em seguida, os EUA. Mahan e Mackinder concordavam quanto à existência do conflito entre a “baleia” e o “urso”, só que o americano privilegiava o poder naval e o britânico realçava o papel estratégico das forças terrestres.
As concepções geopolíticas foram, finalmente, sistematizadas pelo sueco RUDOLF KJELLEN que inspiraria os teóricos do Instituto Geopolítico de Munique, cujo diretor foi o general KARL HAUSHOFER . A geopolítica alemã se baseava em três noções: toda potência precisa controlar um espaço geográfico suficientemente grande para garantir sua segurança e possibilitar uma lucrativa exploração econômica;
1.toda potência precisa controlar um espaço geográfico suficientemente grande para garantir suasegurança e possibilitar uma lucrativa exploração econômica;
2. existe a “Ilha Mundial”, o que levou a Alemanha a criar um poder naval;
as áreas hegemônicas do Hemisfério Norte (EUA, Alemanha, Rússia e a então “zona de co-prosperidade asiática, controlada pelo Japão) deveriam subordinar o Hemisfério Sul.
Tal visão geopolítica fundamentou a expansão da Alemanha Nazista (1933-1945), cuja teoria do “LEBENSRAUM” (“espaço vital”) visava anexar áreas territoriais onde houvesse habitantes de “sangue alemão”, definidos como um povo “viril e vigoroso”. Nesse caso, a geopolítica foi uma arma conceptual nas mão de genocidas e violadores dos valores humanistas. Na década de 30, o geopolítico NICHOLAS SPYKMAN defendeu a idéia de que o expansionismo alemão só seria barrado por meio de uma aliança
entre
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