História Gisbertı - Ballad Gisbertı
Tese: História Gisbertı - Ballad Gisbertı. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: sayonaranogueira • 22/10/2014 • Tese • 393 Palavras (2 Páginas) • 212 Visualizações
A história de Gisberta – A balada de Gisberta
Gisberta foi uma transexual que foi brutalmente assassinada por 13 jovens de idades entre 13 e 16 anos. Gisberta não tinha lar, morava em um porão na cidade do Porto em Portugal onde se prostituia, já estava delibitada pelo virus HIV e foi mantida em cárcere, torturada e morta pelos menores que jogaram seu corpo em um poço de agua. Jogaram apenas o corpo, pois a vida de Gisberta ja havia sido toda esvairida pelo sofrimento que consumiu sua história de vida e consagrou sua morte.
Um caso de estarrecer, que ultrapassa qualquer condição de transfobia dos menores e nos mostra a crueldade do ser humano com o dito fora dos padrões sociais. Mostra a educação podre que a sociedade impõe aos jovens, muito mais que uma homofobia declarada, mas um sentimento de crueldade e extrema intolerância. O caso de Gisberta aconteceu em Portugal, mas por lá e pelo mundo todo existem Gisbertas que não morreram pelos 13 menores, mas morrem a cada dia por sua condição.
"Por mais que tentem camuflar, não conseguirão continuar a enganar as pessoas: este foi (mais) um lamentável e ignóbil crime transfóbico e NÃO homofóbico. A transfobia existe e a sua camuflagem como homofobia também é transfobia".
Segue a letra da “Balada de Gisberta” sensivelmente composta por Predro Abrunhosa, uma letra ímpar que reconstrói o personagem Gisberta e adentra sua áurea sofrível com a maestria da poética.
Impossível não se emocionar….
Balada de Gisberta
Perdi-me do nome,
Hoje podes chamar-me de tua,
Dancei em palácios,
Hoje danço na rua.
Vesti-me de sonhos,
Hoje visto as bermas da estrada,
De que serve voltar
Quando se volta p’ró nada.
Eu não sei se um Anjo me chama,
Eu não sei dos mil homens na cama
E o céu não pode esperar.
Eu não sei se a noite me leva,
Eu não ouço o meu grito na treva,
E o fim vem-me buscar.
Sambei na avenida,
No escuro fui porta-estandarte,
Apagaram-se as luzes,
É o futuro que parte.
Escrevi o desejo,
Corações que já esqueci,
Com sedas matei
E com ferros morri.
Eu não sei se um Anjo me chama,
Eu não sei dos mil homens na cama
E o céu não pode esperar.
Eu não sei se a noite me leva,
Eu não ouço o meu grito na treva,
E o fim vem-me buscar.
Trouxe
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