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Ilhas Malvinas

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Por:   •  1/7/2014  •  2.431 Palavras (10 Páginas)  •  292 Visualizações

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GUERRA DAS MALVINAS

ANTECEDENTES DA GUERRA DAS MALVINAS

Em 1833, uma expedição britânica, invadiu as Ilhas do Atlântico Sul. A partir de então, a Argentina reclamou em várias oportunidades a soberania das Ilhas Malvinas – Falklands para os britânicos -, pois os argentinos proclamavam que o território era legitimamente argentino, fato que na época já gerava controversas, pois como afirma o historiador britânico Peter Beck [1]: “os moradores das ilhas queriam continuar sendo britânicos e não queriam ter nenhuma relação com a Argentina”.

No princípio de 1982, o regime militar estava chegando ao seu fim, contestava-se o caráter e a legitimidade do poder dos militares. O regime militar argentino estava nesta época totalmente desgastado politicamente devido às atrocidades contra os direitos humanos bem como pelos erros repetitivos de ordem político e econômico. A essa situação econômica e política, e as pressões por causa das violações dos direitos humanos, levaram a Junta Militar a um beco sem saída.Seu prestigio e sua credibilidade estavam desgastadas no interior do pais e no exterior também, eram reprovados pela opinião pública em geral, a inflação atingia taxas exorbitantes, em fim, sua moral estava muito baixa.

Seguindo a lógica, se pensarmos que somente um apelo comocional muito forte poderia dar esperanças aos militares de continuar se equilibrando no poder, e esta com certeza só poderia ser uma saída digna: o desencadeamento de uma contenda, cuja emotividade patriótica pudesse aglutinar em torno da junta militar e sua representatividade um certo respaldo social, a fim de se manter interinamente no governo e conseguir assim “limpar” a imagem que estava totalmente deteriorada e desfocada em relação ao regime militar e seu governo ditatorial. Ao se planejar uma operação de recuperação do arquipélago a junta militar estava sendo oportunista, pois em caso de uma vitória e a recuperação definitiva das ilhas poderia ser suficiente para a reafirmação de sua posição interna e de suas aspirações futuras no governo.

E foi justamente em 2 de abril de 1982, em uma operação conjunta das forças área, naval e do exercito, que os militares recuperaram as Ilhas Malvinas, (Geórgias e Sandwich do Sul para os Ingleses).

Mais o que cabe aqui ressaltar é a desastrosa ação militar desempenhada pelo alto comando militar argentino, tanto na parte logística de sua ação militar ocasionando muitas e novas mortes e que serviu em contrapartida para acabar de uma vez com todo o prestigio de uma junta militar que já vinha há algum tempo sendo rechaçada internamente pelos seus concidadãos, e internacionalmente frente ao inimigo A derrota das Malvinas, pouco tempo depois, apressaria e determinaria de vez a desintegração do regime militar, pois o fracasso da empreitada de recuperar e manter as ilhas sob o controle Argentino se mostrou um equivoco incontestável por seus resultados nefastos, e o regime militar entrou assim em crise terminal no final deste conflito.

A OCUPAÇÃO MILITAR DAS MALVINAS

Durante a noite de 1° de abril de 1982 e a madrugada da sexta-feira, dia 2, parte da frota marítima argentina operava junto à costa das Ilhas Malvinas. Entretanto, o número de soldados da marinha britânica no momento da invasão era de cerca de uma centena de homens, sendo assim drástica a superioridade dos argentinos na retomada da ilha. Ainda assim a guarda britânica na capital malvinense (àquela época Puerto Stanley) se armou em atitude defensiva.

Nessa mesma noite se reunia o Conselho de Segurança das Nações Unidas, a pedido do Reino Unido, que denunciou "a iminente ameaça de invasão argentina às ilhas". A reação argentina foi imediata. O embaixador argentino nas Nações Unidas denunciou no referido Conselho, a situação de grave tensão provocada arbitrariamente por aquele país nas Ilhas Geórgias.

Na manhã da sexta-feira, mediante uma operação combinada das três forças armadas, a Argentina conseguiu desembarcar em Puerto Stanley e ocupar as ilhas, logo após uns poucos combates em diversos lugares das mesmas, que culminaram com a rendição do governador britânico ante o contra-almirante argentino Carlos Busser, a mando das forças nacionais de Infantaria da Marinha, que foram as primeiras a desembarcar. Ao mesmo tempo, o general Osvaldo J. García foi designado comandante das Forças Armadas no desenrolar das operações.

No dia seguinte da ocupação era designado governador das Malvinas o general Mario Benjamín Menéndez, passando a ser o segundo governador argentino da história do Arquipélago.

Aspecto importante a ser destacado e que pode vir a responder o porque do número ínfimo de soldados britânicos a defender a ilha naquele momento tenso, seria o fator ou elemento surpresa da operação militar de retomada das ilhas pela Argentina, pois os britânicos não impuseram o mínimo de reação, visto a rapidez da invasão. A invasão foi feita em certo grau de maneira pacifica, visto é claro a superioridade militar Argentina naquele momento.

Os argentinos logo após a ocupação guarneceram o mar com seus navios, colocaram aviões a pronta disposição e fortificaram a ilha com contingente terrestre.

Em 3 de abril se reuniu, a pedido da Grã-Bretanha, o Conselho de Segurança das Nações Unidas e declarou a Resolução 502 "exigindo a retirada das forças argentinas das Ilhas do Atlântico Sul". Votaram os 16 membros do Conselho. O único país que votou contra o projeto britânico foi o Panamá. Abstiveram-se China, Espanha, Polônia e a União Soviética.

Em 26 de maio se reuniu novamente o Conselho de Segurança, aprovando a Resolução 505, que reafirma a anterior (502), obrigando as partes no conflito a cooperar plenamente com o Secretário Geral das Nações Unidas, Javier Pérez De Cuellar, em seus esforços para por fim às hostilidades. Entretanto, enquanto se desenvolviam essas gestões de pacificação, o governo britânico alistava grande parte de sua poderosa frota de guerra e a enviava imediatamente, rumo ao teatro de operações. Simultaneamente, tanto o governo inglês como os países da Comunidade Econômica Européia impunham drásticas sanções econômicas e financeiras à Argentina.

Em 28 de maio se reuniram na sede da OEA (Washington) os chanceleres dos 21 países membros do Tratado Interamericano de Assistência Recíproca (TIAR) e adotaram uma resolução por 17 votos a favor e 4 abstenções (Estados Unidos, Colômbia, Chile e Trinidad-Tobago) "condenando o ataque britânico à Argentina e solicitando aos Estados Unidos que cessasse sua assistência militar ao Reino Unido". Para completar, autorizou os países

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