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Karl Max E John Stuart Mill

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Por:   •  10/9/2014  •  333 Palavras (2 Páginas)  •  579 Visualizações

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Desenvolva uma análise comparativa dos diagnósticos e propostas de Karl Max e John Stuart Mill sobre a sociedade industrial e seu sistema político:

John Stuart Mill é um adepto da democracia liberal representativa. Para esse autor, uma sociedade complexa tal qual a sociedade industrial inglesa do século XIX, deveria ser regida por princípios que, no seu dizer, “agradassem tanto a um liberal quanto a um conservador”. Esse seria o modelo monárquico constitucional, uma vez que não é perfeitamente democrático (o poder executivo ainda reside na tradição real), mas permanecem as limitações de poder propostas pelos liberais. Para o autor inglês, utilitarista, o objetivo de um governo é sempre praticar ações que promovam o maior bem-estar a curto e longo prazo. Só um governo popular, para Stuart Mill, atende a essas demandas, uma vez que só os interessados podem realmente se empenhar nos processos de conquistas. Não obstante sua tendência ao sufrágio universal, Stuart Mill adverte que em sociedades nas quais grande parcela da população não tem educação formal é perigoso que se estendam os direitos políticos a todos. Admite que o governo representativo torna-se inaplicável em sociedades onde os indivíduos não estão dispostos a lutar pela sua manutenção, ou ainda, não podem fazê-la. Nessas situações, são enormes as possibilidades de subversão da ordem e instalação de caos. Karl Marx, por outro lado, alerta para a existência de uma “ideologia burguesa”, que distorce a realidade aos olhos do observador. Para Marx, as democracias representativas não passavam de ditaduras das classes dominantes que, através do poder econômico, dominavam o proletariado e perpetuavam a exploração do homem pelo homem. Desse modo, a realização de eleições de nada vale para o operário, que permanece fora do jogo político, impossibilitado de conquistas reais. A ele são despejadas as migalhas daquilo que é seu por direito. O próprio Direito, para Marx, é um instrumento de dominação, que protege a cosmovisão burguesa. Em uma sociedade igualitária, sem classes, não haveria interesses conflitantes e, portanto, o Direito perderia sua razão de ser.

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