Mais médicos E Microeconomia

1. O PROGRAMA MAIS MÉDICOS:

O programa mais médicos foi criado pelo governo da presidente Dilma Rousseff em 2013 como tentativa de diminuir a necessidade de médicos no interior do país e na periferia das grandes cidades. A proposta do governo era de importar médicos de Cuba como uma medida provisória para justificar o investimento na infraestrutura dessas cidades e, consequentemente gerar atratividade para outros profissionais do Brasil. O principal motivo para a aplicação dessa medida provisória foi que poucos dos editais criados pelo governo para a contratação de médicos para essas regiões estavam sendo deferidos e o custo gerado às prefeituras era extremamente elevado.

Após pouco mais de um ano de lançamento do programa, segundo o ministério de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, o programa contratou 14,4 mil profissionais (11,4 mil deles cubanos) distribuídos em 3,7 mil municípios e em 34 distritos indígenas. O programa aumentou em 35% o número geral de consultas na atenção básica – foram 5.972.908 em janeiro de 2014 ante 4.428.112 em janeiro de 2013.

Ainda assim, o programa do governo federal ainda é motivo de diversas discussões relacionados ao investimento neste. Segundo cálculos, nos primeiros seis meses do programa, cada mês trabalhado por um médico cubano saiu para R$ 26 mil ao governo. “Ou seja, para ajudar a ditadura cubana, o governo brasileiro não está preocupado com controle de gastos” (Folha de São Paulo, 14.02.2014, p. C-4), haja visto que o custo inicial mensal seria de cerca de R$ 10 mil mensais.

2. MICROECONOMIA E O PROGRAMA MAIS MÉDICOS:

A Microeconomia é definida como um problema de alocação de recursos escassos em relação a uma série possível de fins. Esta estuda as interações que ocorrem nos mercados em função da informação existente e da regulação estatal e constrói modelos que descrevem como o mercado pode conseguir o equilíbrio entre o preço e a quantidade, ou como pode reagir às alterações do mercado ao longo do tempo, que é o que se denomina de mecanismo da oferta e da procura.

Existe a possibilidade de ser feita uma análise microeconômica do programa “Mais Médicos”. A partir do momento em que se falta mão de obra no interior do país, diante da demanda que a população tem e as condições de trabalho e infraestrutura que são aplicadas nestas regiões, é normal que haja como consequência um aumento do valor da mão de obra médica. A ideia do governo é justamente conseguir ampliar a oferta de médicos para as regiões do país necessitadas, sem que haja uma aumento dos custos para as prefeituras. Dessa forma, ocorre uma divisão de custos para o Estado, haja vista que é pré-requisito que os hospitais que recebem os médicos do governo não demitam os seu contratados e que os custos e pacientes sejam divididos entre estes médicos.

Uma saída para a situação da escassez de mão de obra em regiões precárias do país seria a abertura de mais vagas para o curso de medicina, mas como esta é uma medida que leva tempo, o programa Mais Médicos acaba por suprir esta necessidade a curto prazo, principalmente porque muitas vagas não são preenchidas, como citado antes.

3. Conclusão (?)

A Folha de São Paulo, em 5 de julho de 2013 noticiou: “A