Miscigenação Etnico Racial
Casos: Miscigenação Etnico Racial. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: tinkerbel • 28/10/2013 • 283 Palavras (2 Páginas) • 328 Visualizações
trodução
No Brasil, a questão étnico-racial tem estado em pauta, nos últimos anos, em
debates sobre políticas afirmativas, tais como as cotas para universitários e as
ações de combate ao preconceito racial. A primeira legislação específica de
combate ao racismo tem, contudo, mais de cinquenta anos: trata-se da lei Afonso
Arinos, de 1951, promulgada durante o governo Vargas, que tornava o racismo uma
contravenção.
Atualmente, a questão é mais amplamente regulamentada pelo Estatuto da
Igualdade Racial, de 2010, que trata ainda de políticas de educação, saúde, cultura,
esporte, lazer e trabalho. O crime de racismo é, hoje em dia, especificado também
para as relações trabalhistas, sendo proibido o tratamento diferenciado no ambiente
de trabalho e, em específico, o uso da raça ou da cor como critérios para justificar
diferenças salariais ou para o processo de recrutamento.
Apesar de o racismo ser crime, a desigualdade permanece na sociedade
brasileira, combinando os aspectos étnicos (como cor ou raça) aos aspectos sociais
relativos à divisão de classes. As estatísticas também demonstram como a
desigualdade persiste na prática. De acordo com o Censo de 2010, por exemplo, os
salários dos brancos na região Sudeste correspondiam a quase o dobro dos salários
de pretos e pardos (conforme a terminologia usada pelo IBGE). Essa desigualdade
aparece também nos índices de analfabetismo mais altos entre pretos e pardos e no
número de inscritos em cursos universitários, maior entre os brancos.
Ao longo do século XX, contudo, o Brasil foi frequentemente descrito como o
país da democracia racial, no qual a miscigenação entre índios, brancos e negros
teria produzido uma convivência pacífica entre todos, independentemente de raça ou
cor. Então, como o país da democracia racial apresenta estatísticas tão desiguais
em pleno século XXI?
Para entendermos melhor as raízes dessa questão, é preciso retomar o
debate sociológico, da primeira metade do século XX, que tem como seu maior
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