TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

O Capitalismo Unifica o Mundo

Por:   •  4/4/2015  •  Resenha  •  658 Palavras (3 Páginas)  •  2.192 Visualizações

Página 1 de 3

História das Relações Internacionais II

        Amanda Vargas         

Resenha

O Capitalismo Unifica o Mundo - Francisco José Calazans Falcon

        Um texto esclarecedor com uma análise concreta sobre o que foram os séculos XVI e XVIII na perspectiva do autor Francisco Falcon, dito por ele como os séculos capitalistas das crises econômicas, carregado de características precisas e individuais de cada um, nos traz a noção de uma parte da constituição do que hoje chamamos de “mercado internacional”.

        Pontos crucias para o desenvolvimento do mercado mundial também são citadas pelo autor, como a expansão marítima e colonial, formas que desencadearam e desenvolveram mais o pensamento capitalista dos séculos, nesse mesmo ponto o autor cita o que ele considera as rotas intraeuropeu e extraeuropeu, as intensas conexões que passavam fronteiras e tinham a Europa como seu centro de troca.

        Outra questão que fica bem marcada pelo autor é que a expansão do séc. XVIII se deu pelos inúmeros descobrimentos marítimos realizados por navegadores ingleses e franceses. A expansão marcou então a entrada ao século XIX, onde a produção capitalista já era algo real e vivido cotidianamente.

        É comum que não só o autor mas qualquer outro que leia o escrito de Francisco Falcon faça a divisão entre a “era do capitalismo industrial” e a “era do capitalismo monopolista e imperialista”, isso porque as conexões mercantis e financeiras foram se diferenciando e ganhando características próprias que trouxeram a nós a divisão.

        As contradições levantadas pelo autor nos faz perceber como nasceu a era capitalista e a sociedade liberal burguesa, logo, com a rápida industrialização, vinda junto com o novo modelo de marcado e de sociedade, corporações e oficinas artesanais iam se desestruturando e o acúmulo de pessoas nos centros urbanos se intensifica.

        Chegando a um ponto mais crítico, o nacionalismo expansionista, ou mesmo o classificado como imperialista, o momento onde surgem justificativas para a superioridade europeia, já no fim do século XIX, o autor lança as críticas sobre o sistema recém formado e já em uso, aponta para sua funcionalidade e para aqueles que mais tinham vantagem ou se safavam melhor, como a Grã-Bretanha que não conseguia ter competidores coloniais, o que logo em seguida trouxe o "anticolonialismo".

        É importante lembrar que o texto também dispõe um tanto do que acontece em décadas seguidas, os caminhos que o capitalismo tomou em determinados territórios, como se diferenciava em regiões muitas vezes próximas e como se unificavam como acontecia nos impérios.

        Com toda essa mudança já em pauta, com cada um correndo atrás do seu, com o direito do cidadão sendo dado como conquista dele e do poderio que ele possuía, surge o liberalismo que traz as lutas de reconhecimento da sua própria liberdade de ir atrás do que seria seu por direito, o chamado direito cidadão censitário.

        Sendo assim, após já sabermos das divergências ocorridas no sistema capitalista já espalhado, Falcon chama atenção para as diferenças dentro da Europa, fala sobre cultura, política e território, mostrando como o capitalismo unificou partes que jamais seriam ligadas se não pelo livre comércio, deixa nítido “uma globalização entre culturas e entre modos de vida”.

        Por fim, é bom ressaltar que para Falcon o que torna uma socidade e uma economia capitalista é o tipo de mercado que existe dentro da sociedade, que somente assim, com cada sociedade tendo sua característica individual, a economia formada ali naquela sociedade seria de forma diferente da de outra sociedade com características difusas da mesma.

...

Baixar como (para membros premium)  txt (3.7 Kb)   pdf (77 Kb)   docx (11.7 Kb)  
Continuar por mais 2 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com