O MUNDO DO TRABALHO – O CAPITALISMO E O TRABALHO HUMANO
Por: danialcantara • 30/4/2017 • Trabalho acadêmico • 979 Palavras (4 Páginas) • 360 Visualizações
O MUNDO DO TRABALHO – O CAPITALISMO E O TRABALHO HUMANO
Análise de uma cena do filme: Obrigado por Fumar.
01- Descrição da cena:
Nick Naylor, o protagonista, está se arrumando no hotel para ir visitar o ex-garoto propaganda da Marlboro, com objetivo de lhe entregar uma maleta com dinheiro, como uma espécie de “cala-a-boca”, pois este está com câncer. Seu filho diz que quer ir com ele, e Nick leva o garoto, pois o objetivo de estarem juntos é o menino conhecer mais o pai e seu trabalho. Ao chegar à fazenda, pede para o menino ficar no carro, mas ao ver o pai sendo recebido pelo sr. Lorne armado com um rifle nada amistosamente, o menino sai imediatamente do carro, o que faz com que o sr. Lorne reflita sobre a recepção de Naylor. Assim como o marido, a esposa de Lorne logo ao ver Naylor, questiona: “Como o sr. tem coragem de vir até aqui?” O marido pede à esposa para ficar com o menino enquanto eles vão conversar.
A conversa se inicia com Naylor ainda em pé olhando um quadro com uma propaganda de cigarro que diz: “Lace um pouco de sabor” e como protagonista o sr Lorne montado em um cavalo e com o cigarro na boca. Este se lembra do programa de TV que Naylor participou defendendo o tabaco e diz que ele teve sorte em sair com vida. Naylor responde que antes a TV se utilizava do tabaco e agora o condena. O sr. Lorne fala que após ter recebido o diagnóstico, foi na reunião dos acionistas da indústria do fumo e pediu pra eles diminuírem a propaganda, mas foi ignorado, como se nunca tivesse trabalhado pra eles. Ainda confessa que nem fumava Marlboro, mas sim outra marca. Naylor é questionado porque trabalha para os “desgraçados”, e responde que é bom no que faz, ou seja, falar, e ouve do sr. Lorne que ele era bom em matar vietnamitas (se referindo a ter ido à guerra), mas que não fez disso uma carreira... Entretanto reconhece em seguida que todos precisam de dinheiro, e olhando para a maleta pergunta se aquilo é pra ele não levar o assunto à mídia. Naylor confirma, e diante da afirmativa do sr Lorne de que sua dignidade não está à venda diz que não é uma oferta, mas sim um presente.
O ápice da cena se dá quando Naylor, ao contrário do que se espera, orienta premeditadamente como o sr. Lorne deverá falar e se comportar quando chamar a imprensa para denunciar o suborno. Surpreso com a atitude de Naylor, sr Lorne questiona porque ele está lhe falando isso, e Naylor argumenta com a ética, alegando que não é certo ficar com o dinheiro e denunciar a Associação dos fabricantes de cigarro. Sugere que o dinheiro seja doado à Fundação contra o câncer. Sr. Lorne pergunta: - “mas e a minha família”? Naylor responde: “- Não pode nos denunciar e ficar com o dinheiro”. Sr. Lorne argumenta da possibilidade de ficar com metade do dinheiro e denunciar. Apelando para a sua consciência, Naylor responde: “Ou fica com tudo, ou doa tudo”!
Naylor e seu filho saem da fazenda sem a maleta, concordando que na mesma situação, fariam a mesma coisa.
02 – Análise da cena:
Uma listagem e descrição desses comportamentos, envolvendo valores e atitudes como “crise de consciência”.
1 - Em primeiro plano há a relação de pai e filho, onde o pai Nick Naylor quer uma maior interação com seu filho, levando-o consigo em suas viagens de trabalho.
2 – Sr. Lorne está furioso porque adquiriu a doença devido ao seu trabalho como o homem-propaganda da empresa, recebe Nick com armas em punho mas ao ver o menino recua e aceita o dialogo
3 – Naylor utiliza estratégias e argumentos para cumprir sua missão.
4 – Sr. Lorne apela para a dignidade, mas é vencido pelo dinheiro (capitalismo).
03 – Percepções do grupo sobre os comportamentos
No início da cena, Nick Naylor já demonstra nervosismo ao procurar o Sr. Lorne e isso fica ainda mais evidente após a recepção obtida, quando o menino surge na cena Sr. Lorne muda de comportamento devido a seus valores
Ele e sua esposa demonstram irritação ao ver Naylor em sua casa, a própria esposa o agredi verbalmente e não se importa em ser receptiva com o menino.
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