O Nazismo E Geopolitica
Por: MarcelaConner • 13/6/2018 • Resenha • 978 Palavras (4 Páginas) • 175 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA[pic 1]
DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA
PROFESSOR: JOSÉ ANTONIO LOBO
DISCIPLINA: GEOGRAFIA POLÍTICA
UNIVERSITÁRIA: LORRANE DUTRA SILVA DOS SANTOS
Geografia Política e o Nazismo
O avanço da globalização e das tecnologias nos permite nos dias de hoje acompanhar uma guerra do outro lado do mundo em tempo real, e se for de nosso interesse reunir todas as informações possíveis sobre aqueles países que guerreiam entre si, alguns falam em disputa, e de demonstração de poder,e até mesmo em busca por território, é a geografia e a geopolítica em prática, mas afinal, o que é isso, e como se mostra presente em nossas vidas?! Nos primeiros três capítulos do livro Geografia Política e Geopolítica: Discursos sobre o território e o Poder, de Wanderley Messias da Costa, lançado em 2008, o autor tenta trazer o processo de evolução da geopolítica e da geografia política até os dias atuais, pontuando também as relações entre o território, que funciona como um objeto pelo qual o estado pode vir a obter o poder.
No primeiro capítulo, a introdução, o autor aborda a importância inicial desses temas, pois a um tempo atrás o aprofundamento dos estudos nessas áreas poderia significar a proximidade de guerras, porém essa crença foi deixadas um pouco de lado por conta dos processos de política de estado, e a evolução das relações internacionais em suas vertentes políticas e militar, pacíficas e beligerante, o que de certa forma é visto como um marco da evolução da Geografia Política. Para Costa cabe a Geografia Política dentre outras tarefas a de examinar e interpretar os modos de exercício do poder estatal na gestão dos negócios territoriais, e a própria dimensão territorial das fontes e das manifestações de poder em geral. O autor também disserta brevemente sobre a diferença entre Geografia Política, e Geopolítica, que passam por uma linha muito tênue, tanto que alguns autores preferem evitar pontuar as diferenças sobre elas, e para expandir esse debate ele nos apresenta inicialmente as ideias de Ratzel, conhecido por ser o pai da Geografia Política, ao lançar justamente o livro Geografia Política, porém alguns geopoliticos dizem que com esse livro, Ratzel funda a Geopolítica.
No capítulo dois, Costa novamente aborda as ideias de Ratzel, só que dessa vez trazendo Camile Vallaux para fazer um contraponto. Ratzel acredita que o Estado é um ser biológico, que nasce, cresce, e se expande, e que depende do solo para seu desenvolvimento, Vallaux apesar de partir das teorias de Friedrich está sempre o criticando, e acaba por romper uma ideias principal da geografia tradicional, o mito da unidade sociedade-natureza. Também devemos levar em conta que Ratzel possui sua perspectiva com base no ponto de vista político, econômico, e social no qual a Alemanha se encontrava desde o comando Bismarck, classificando que se havia construído nesse período como uma unificação mal sucedida, que para ele significava um atraso político territorial, social, e político em comparação aos demais países, com foco na Europa.
Já no capítulo três, Wanderley Messias da Costa discorre sobre o discurso geopolítico que é aplicado às relações internacionais, e de como esse discurso pode, e é utilizado para legitimar certas ações dos estados imperialista, assim surgindo os interesses estratégicos em uma dimensão global, assim comenta sobre a obra de Rudolf Kjellen, fundador da “Geografia Política da guerra”, e que via o estado como forma de vida. Adentrando no capítulo, Costa apresenta a visão de pensadores que fogem a ótica alemã, como Alfred Thayer Mahan, considerado um grande teórico do expansionismo,que realizou um trabalho com base no surgimento dos EUA como potência marítima mundial, seguindo essa mesma linha de raciocínio, chegamos até as ideias de Halford John Mackinder, conhecido pela teoria de coração continental, que apresentou conceitos até hoje utilizados nos campos da Geografia Política e Geopolítica, Mackinder é responsável pelo conceito de Heartland, que possui a tradução literal para algo como “coração da terra”, Mackinder também nos diz que “Quem domina a Europa Oriental domina a Heartland: Quem domina a Heartland comanda a World-Island: Quem domina a World-Island comanda o mundo”.
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