ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DO SUS
Casos: ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DO SUS. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: MG18 • 10/9/2014 • 1.345 Palavras (6 Páginas) • 534 Visualizações
ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DO SUS
O Sistema Único de Saúde - SUS - foi criado pela Constituição Federal de 1988 e
regulamentando pelas Leis nº 8080/90 (Lei Orgânica da Saúde) e nº 8142/90, com a finalidade de
alterar a situação de desigualdade na assistência à saúde da população, tornando obrigatório o
atendimento público a qualquer cidadão, sendo proibidas cobranças de dinheiro sob qualquer pretexto.
Do SUS fazem parte os centro e postos de saúde, hospitais - incluindo os universitários,
laboratórios, hemocentros (bancos de sangue), além de fundações e institutos de pesquisa, como a
FIOCRUZ - Fundação Oswlado Cruz e o Instituto Vital Brazil. Através do Sistema Único de Saúde,
todos os cidadãos têm direito a consultas, exames, internações e tratamentos nas Unidades de Saúde
vinculadas ao SUS, sejam públicas (da esfera municipal, estadual e federal), ou privadas, contratas
pelo gestor público de saúde.
O SUS é destinado a todos/as os/as cidadãos/ãs e é financiado com recursos arrecadados
através de impostos e contribuições sociais pagos pela população e compõem os recursos do governo
federal, estadual e municipal.
O Sistema Único de Saúde tem como meta tornar-se um importante mecanismo de promoção
da eqüidade no atendimento das necessidades de saúde da população, ofertando serviços com
qualidade adequados às necessidades, independente do poder aquisitivo do/a cidadão/ã. O SUS se
propõe a promover a saúde, priorizando as ações preventivas, democratizando as informações
relevantes para que a população conheça seus direitos e os riscos à sua saúde. O controle da
ocorrência de doenças, seu aumento e propagação (Vigilância Epidemiológica) são algumas das
responsabilidades de atenção do SUS, assim como o controle da qualidade de remédios, de exames,
de alimentos, higiene e adequação de instalações que atendem ao público, onde atua a Vigilância
Sanitária.
Complementariedade do Setor Privado:
O setor privado participa do SUS de forma complementar, por meio de contratos e convênios
de prestação de serviço ao Estado - quando as unidades públicas de saúde não são suficientes para
garantir o atendimento a toda a população de uma determinada região.
A Constituição definiu que quando, por insuficiência do setor público, for necessário a
contratação de serviços privados, isto se deve dar sob três condições:
1 - A celebração do contrato conforme as normas de direito público;
2 - A instituição privada deverá estar de acordo com os princípios básicos e normas técnicas do SUS;
3 - A integração dos serviços privados deverá se dar na mesma lógica do SUS em termos de posição
definida na rede regionalizada e hierarquizada dos serviços.
Dentre os serviços privados, devem ter preferência os serviços não lucrativos (hospitais
Filantrópicos -Santas Casas), conforme determina a Constituição. Assim cada gestor deverá planejar
primeiro o setor público e na sequência, complementar a rede assistencial com o setor privado não
lucrativo, com os mesmos conceitos de regionalização, hierarquização e universalização.
Baseado nos preceitos Constitucionais, a construção do SUS se norteia em alguns princípios
doutrinários:
Universalidade
x Todas as pessoas têm direito ao atendimento independente de cor, raça, religião, local de
moradia, situação de emprego ou renda, etc. A saúde é direito de cidadania e dever dos
governos Municipal, Estadual e Federal.
x Deixam de existir com isto os/as "indigentes" que eram os/as brasileiros/as não incluídos/as no
mercado formal de trabalho.
Integralidade
x As ações de saúde devem ser combinadas e voltadas ao mesmo tempo para prevenção e a
cura. Os serviços de saúde devem funcionar atendendo o indivíduo como um ser humano
integral submetido às mais diferentes situações de vida e trabalho, que o leva a adoecer e a
morrer. O indivíduo não deve ser visto como um amontoado de partes (coração, fígado,
pulmões, etc.) e solto no mundo. x O indivíduo é um ser humano, social, cidadão/ã que biologicamente, psicologicamente, e
socialmente está sujeito riscos de vida. Desta forma o atendimento deve ser feito para a sua
saúde e não somente para as suas doenças. Isto exige que o atendimento deve ser feito
também para erradicar as causas e diminuir os riscos, além de tratar os danos.
x Ou seja, isto faz com que as ações de promoção (que envolve ações de em outras áreas como
habitação, meio ambiente, educação, etc.), com ações de prevenção (saneamento básico,
imunizações, ações coletivas e preventivas, vigilância à saúde e sanitária, etc.) e de
recuperação (atendimento médico, tratamento e reabilitação para os/as doentes).
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