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Os Clássicos da Sociologia

Por:   •  18/10/2019  •  Trabalho acadêmico  •  1.178 Palavras (5 Páginas)  •  159 Visualizações

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Centro Universitário UNIBH

Relações Internacionais

FLÁVIA PRADO

LUÍSA GOMES

RAFAEL GONZAGA

STEPHANIE AMORIM

VINÍCIUS EUSTÁQUIO

VITOR LIMA

Clássicos da Sociologia

Belo Horizonte - MG

2016

Centro Universitário UNIBH

Relações Internacionais

FLÁVIA PRADO

LUÍSA GOMES

RAFAEL GONZAGA

STEPHANIE AMORIM

VINÍCIUS EUSTÁQUIO

VITOR LIMA

Clássicos da Sociologia

Trabalho apresentado ao Centro Universitário UNIBH como requisito à conclusão da disciplina de Sociologia sob orientação da professora Daniela Paiva.

Belo Horizonte - MG

2016

A conspiração: a Apple estraga o seu iPhone de propósito?

Segundo notícia publicada no site Gizmodo Brasil da plataforma UOL, clientes da Apple, mais especificamente usuário do telefone celular iPhone se deparam período após período com um dilema. A cada novo lançamento de uma nova versão do aparelho aparecem mais e mais relatos de que o aparelho anterior começa a se tornar lento, com funções que não funcionam corretamente e telas e aplicativos que travam. Aparelhos que seriam trocados com a média de dois ou três anos acabem sendo trocados mais rapidamente, aumentando assim, invariavelmente, a receita da empresa.

Para muitos é um fato. Anualmente (média de lançamentos novos da marca), próximo ao lançamento de um novo modelo esse fato acontece e parece uma estratégia de venda camuflada em inovação. Para outros, apenas uma teoria conspiratória não fundamentada, sendo inevitável que com o avanço da tecnologia e as funções antigas se tornam realmente obsoletas.

O que seria então essa conspiração da Apple? Mais do que somente marketing, inovação, para aumentar suas vendas a empresa Apple apostaria na Obsolescência Programada ou Obsolescência Percebida. Os aparelhos iPhone estariam programados para a cada atualização perderem potência, de lentidão do aparelho a baterias que perdem carga mais rapidamente. Com esta técnica, empresas programam seus aparelhos para perderem sua vida útil mais rápido motivando o consumidor a comprar outro aparelho.

Há gráficos e estudos que apontam que próximo ao lançamento de um novo modelo há um aumento de procura na internet sobre problemas de lentidão e outros, porém ainda não há provas de tal atitude. Considerando que esse tipo de estratégia realmente aconteça, qual seriam as possíveis visões sociológicas deste fato?

Fato Social (Émile Durkheim)

O conceito de fato social é a grande base para a teoria sociológica de Durkheim, levando isso em consideração, os fatos sociais são coisas cuja as principais características exercidas são a generalidade - porque é habitual a todos os indivíduos daquela sociedade ou do grupo social, independente dos gostos individuais; exterioridade - tendo em vista que não são projetos próprios dos indivíduos isolados, mas nascem do conjunto e a coerção - todos devem seguir o modelo, as regras sociais, uma vez que serão forçados pela sociedade a qual pertencem, sobre os envolvidos, Segundo o autor: “Fato social é toda maneira de fazer, fixa ou não, suscetível de exercer sobre o indivíduo uma coerção exterior, ou então que é geral em toda a extensão de uma sociedade. ” (DURKHEIM, 1895)

Relacionando com a matéria, a notícia trata do rumor de que a Apple estraga, ou diminui a qualidade de seus aparelhos iPhone sempre que um novo é lançado, ou quando seu sistema é atualizado para que seus clientes possam consumir o produto novo, o que nos remete ao conceito de Durkheim de Fato Social, associando a generalidade, a exterioridade e a coerção: A Apple tem um sistema totalmente único e assim se utiliza dos meios de comunicação, para divulgá-lo na sociedade como o produto padrão a ser consumido, que todos os indivíduos que querem estar inseridos dentro da sociedade interativa, ou até mesmo obter algum tipo de status perante os outros, tem de obter um de seus produtos, em especial o iPhone, assim, acabam se tornando consumidores fieis da marca e contribuem sempre para a receita positiva da empresa.

Fetiche de Mercadoria (Karl Marx)

Em sua obra “O Capital” Karl Max, percebe algo no processo de produção e conclui que quando finalizada a mercadoria, ela deveria ter seu valor estipulado a partir do tempo e trabalho que foram gastos para a produção da mesma, porém,         Marx nota que isso não acontecia, mas, ao contrário, eram acrescidos sobre o produto valores irreais e infundados, como se tal produção não fosse oriunda do trabalho de um ser humano, querendo trazer à tona o fato de a mercadoria parecer perder sua relação com o trabalho e ter de certa forma “vida própria.”

Marx denomina esse fenômeno como “Fetiche de Mercadoria”, onde o produto exerce um “controle” ou “poder” sobre o indivíduo regendo suas relações sociais e as transformando em basicamente “relação entre coisas” já que a mercadoria sai do seu papel de “objeto de troca” e passa a ser, em alguns casos como que algo essencial ao indivíduo, dentro dessa lógica.

Contextualizando então, sabe-se que a definição de obsolescência programada é a escolha do produtor de desenvolver, produzir e distribuir um produto para consumo de maneira que esse se torne obsoleto, isto é, propositadamente, para forçar o consumidor a comprar a nova versão da mercadoria. Portanto, de acordo com a reportagem citada, tem-se a mercadoria (iPhone) como um objeto de desejo, onde as pessoas compram o produto por preços elevados e por questões de “status”, marketing e entre outras variantes. Esse produto torna-se “antiquado” diante das novas versões lançadas frequentemente pela Apple e o consumidor acaba tendo assim “fetiche de mercadoria” e logo se sente no dever ou necessidade de comprar uma versão mais nova.

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