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PIRATARIA - CIVIL

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Por:   •  17/9/2014  •  Tese  •  726 Palavras (3 Páginas)  •  176 Visualizações

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Essa ação sobre o corpo não opera simplesmente pela consciência, pois, é também biológica e corporal. É, pois, justamente esse aspecto que explica o fato de que o corpo humano seja alvo, pela prisão, não para supliciá-lo, mutilá-lo, mas para adestrá-lo e aprimorá-lo. Isto converterá segundo Foucault, numa riqueza estratégica e numa eficácia positiva.

É, portanto, no seu livro “Vigiar e punir” que Foucault dará um novo e definitivo passo na busca do pensar de outra forma diferente das formações históricas, onde ele pondera que essa referência não exclui outras possíveis já que não é única, quer no sentido do curso sucessivo do tempo, quer no âmbito interno de uma época.

Na perspectiva de elucidar a configuração dos saberes, sua origem, seu funcionamento, e ainda demonstrar de que modo esta configuração está vinculada a modos de exercícios do poder, Foucault realça as correlações entre os discursos e a estrutura social.

A genealogia foucaultiana encara o poder tal como este o é de fato. Não procura explicar, mas expõe o que acontece, de modo a nos tornar familiar esse discurso de fatos que destroem idéias e evidências anteriores, bem como referências que apenas escondem os fatos.

O poder aparece selvagem, bárbaro, inumano e se torna evidente que este tem uma perspectiva própria, específica, irredutível.

Diante de tal fato, Foucault muda a escala de descrição e análise, onde se percebe sua atenção voltada para os detalhes do poder, daqueles que o exercem, ou a ele são submissos, confrontando-os uns com os outros.

Para Foucault devemos descartar, definitivamente, qualquer visão de conjunto da sociedade para nos voltarmos para a genealogia física do poder, pois o corpo do poder aplica-se a outros corpos, considerando assim, a lei do exercício do poder um corpo-a-corpo, uma luta, uma guerra.

O corpo político é o conjunto dos elementos materiais e técnicos que servem de armas, prolongamentos, pontos de apoio às relações de poder sobre outros corpos, gerando as prescrições, as reformas, as disciplinas, etc.

Segundo Foucault, a anatomia política desenvolve seus efeitos segundo três direções privilegiadas: o poder, o corpo e o saber. Essas direções não são isoladas uma das outras, pois, correlacionam-se.

Ensina Foucault que toda uma tradição falou do poder procurando sua origem, suas condições, suas causas, reduzindo ou aplicando-o a outra coisa, quando afirmou:

"...foi preciso esperar o século XIX para saber o que era a exploração; mas talvez ainda não se saiba o que é o poder. E Marx e Freud talvez não sejam suficientes para nos ajudar a conhecer esta coisa tão enigmática, ao mesmo tempo visível, presente e oculta, investida em toda parte, que se chama poder."

O poder não tem essência, porque é operatório. Não é atributo, mas relação de forças que passam tanto pelos dominados quanto pelos dominadores, ambos constituindo singularidades.

O poder incita, suscita, combina, reparte, coloca em série, compõe, normaliza. Sua imagem é a luta, a batalha, a guerra. Desta forma, a repressão e a ideologia são apenas a poeira levantada pelo combate.

Foucault aponta que as leis são uma gestão de

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