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Plano Cruzado

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Por:   •  30/9/2014  •  496 Palavras (2 Páginas)  •  370 Visualizações

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PLANO CRUZADO

Antes do lançamento do plano Cruzado, o Brasil vivia um grande estado de euforia, com grandes inflações, eleições, escassez de alguns produtos, de modo em geral, um ano muito conturbado, pois em 1985 havia morrido o presidente eleito Tancredo Neves.

Com o principal objetivo de conter torrencialmente a inflação, no dia 28 de fevereiro de 1986 foi lançado o Plano Cruzado, tendo Dílson Funaro no Ministério da Fazenda e José Sarney como presidente. De inicio o plano teve muita aceitação da população, quando o ano de 1986 terminou, algumas mídias falaram como “Um ano que vai deixar saudades”.

O plano Cruzado previa estabelecer os índices da inflação da economia. Com isso, a correção de dívidas anteriores ao anúncio do pacote, passou a ser realizada mediante uma tabela de conversão criada pelo o governo e objetivou conter a inflação tendo como principal ferramenta o congelamento de preços, porém os preços corrigidos sazonalmente e em prazos amplos (30,60 e 90 dias, por exemplo) não foram ajustados monetariamente segundo os novos valores referência. Com isso, tiveram reajustes incompatíveis com a nova realidade inflacionária, aumentando mais de 17%. Isso causou desequilíbrio nos preços e gerou desabastecimento em muitos setores.

A verdadeira crise do Plano Cruzado surgiu nas contas externas. Observou-se queda do investimento estrangeiro e aumento das remessas de lucros. Por outro lado, as exportações caíram rapidamente uma vez que os eventuais exportadores aguardavam a desvalorização cambial e achavam o mercado interno lucrativo. Observa-se, uma grande perda de reservas internacionais. Logo após vencer as eleições de 15 de novembro o governo anunciou um grande programa de ajuste, logo chamado de Cruzado II.

Os preços dos automóveis foram aumentados em 80%, as tarifas públicas em 35%, combustíveis em 60%, cigarros e bebidas alcoólicas em 100%, entre outros. As minidesvalorizações cambiais foram introduzidas novamente. Como resultado dessas medidas, a inflação ressurgiu e os salários aumentaram quando o mecanismo do gatilho automático começou a funcionar. Por fim, a posição das reservas internacionais do Banco Central havia caído a tal ponto que o governo se viu obrigado a decretar uma moratória unilateral em fevereiro de 1987.

No início do plano Cruzado notam-se grandes fatores positivos, como a deflação logo no início, e posteriormente mantendo os níveis inflacionários por um tempo, além de ter sido bastante vitorioso no quesito de alterar o comportamento dos agentes econômicos, o congelamento de preços também foi muito positivo por que organizou de maneira produtiva o processo de concorrência intercapitalista, permitindo que o país transitasse para um novo modelo de desenvolvimento e uma trajetória de crescimento autossustentado, porém o seu fracasso veio devido a vários motivos, sendo um dos principais, o aumento salarial concedido no seu início, o que intensificou a demanda agregada no mesmo momento em que a economia já estava aquecida, situação que piorou pela não poupança do setor publico e externa.

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