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Raul Prebish

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Por:   •  11/8/2014  •  1.066 Palavras (5 Páginas)  •  224 Visualizações

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SUMÁRIO

RESUMO 4

1 INTRODUÇÃO 4

2 PREBRISCH E O CEPAL 5

CONCLUSÃO 6

REFERÊNCIAS 7

RESUMO

Aqui será discorrido um artigo sobre um autor que tanto contribuiu para o debate econômico na América Latina e que influenciou e ainda influência tantos economistas: trata-se de Raul Prebisch, economista argentino que percorreu caminhos pelo Banco Central da Argentina, pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) e pela Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento e Comércio (Unctad) sendo reconhecido internacionalmente, a ponto de seu nome ter sido indicado por Gunnar Myrdal ao primeiro Prêmio Nobel de Economia.

INTRODUÇÃO

Raul Prebisch nasceu na cidade de San Miguel de Tucumán na Argentina em 17 de abril de 1901, começou sua faculdade de Economia em 1918, em Buenos Aires, cujo o cenário era de instabilidade pós Primeira Guerra Mundial.

Ele estudou na faculdade durante o período entre 1918 e 1922, e como assim dizia, suas expectativas não foram realizadas no ambiente universitário, tendo preferência em ficar na biblioteca do que assistir aulas. Em uma entrevista ele disse:

“Decidimos não ir mais para as aulas do Dr. (Luis Roque) Gondra, que era professor de História Econômica, a classe inteira decidiu não ir por inspiração nossa, porque eram aulas muito chatas. Uma vez passou metade da aula escrevendo na lousa o peso e as multas das moedas de ouro do Império Romano. Com tantas coisas interessantes na história econômica, perder o tempo nisso não valia a pena” (PREBISCH, 2006a).

Sua trajetória preencheu completamente o período histórico, desde a chegada a Bueno Aires em 1918, no fim da Primeira Guerra Mundial, até a morte em 1986, na decadência da Guerra Fria. Ele tornou-se uma referência mundial nesses 68 anos de atividades. Foi o latino-americano com maior influência na diplomacia internacional em sua época. Suas ações foram evidenciadas em sua participação na Comissão Econômica para a América Latina (Cepal) e na Conferência das Nações Unidas para Comércio e Desenvolvimento (Unctad), orgãos da ONU. Foram inúmeras obras publicadas fazendo com que seus pensamentos influenciassem não só economistas de seu tempo mas também, aqueles dos tempos atuais, que beberam e bebem também dessa fonte.

Antes de fazer quarenta anos, Prebisch já havia ocupado alto cargo no Ministério da Fazenda, sempre participando de negociações internacionais, dirigido o Banco Central, movido pela ideia de edificar um Estado moderno a serviço de um projeto nacional.

Trabalhando na ONU, teve uma nova visão sobre o sistema internacional e propôs uma alternativa teórica em relação a que era apresentada pelos países desenvolvidos, pois já havia percebido que a harmonia das negociações de trocas escondia relações desiguais de poder. O sistema mundial aumentava as distâncias entre os centros industrializados e a enorme periferia que produzia os bens primários. Dedicou-se com vigor para mudar esse quadro.

Sua ideia não era de revolução. Ele entendia que a solução poderia ser encontrada dentro do sistema, alterando gradativamente a divisão internacional do trabalho, sem grandes quebras. No entanto, isso exigia uma ação do estado eficaz, mas prudente, capaz de realizar as mudanças necessárias sem prejudicar a iniciativa privada, sem estabelecer protecionismo excessivo, e sem fazer concessões à inflação. Foi um crítico do populismo e do socialismo de tipo soviético: Deve haver um equilíbrio razoável entre o papel do Estado e a atuação de interesses individuais na vida econômica.

PREBISCH E O CEPAL

Os países que compunham o sistema mundial tinham diversas estruturas produtivas, com capacidades distintas para realizar a mudança tecnológica e com diferentes estruturas sociais, condicionantes das formas como se distribuem os frutos do progresso técnico. Os países industrializados se aperfeiçoavam na produção de bens com uma alta elasticidade-renda da demanda, apresentavam um processo de progresso técnico rápido e homogêneo em certa parte, e contavam com estruturas sociais e econômicas que garantiam que o produto desse progresso técnico fosse apropriado, principalmente, pelas empresas, pelos trabalhadores e pelo Estado.

Aquela ideia de que uma elevação na produtividade era evidenciada em preços cada vez mais baixos dos bens industriais nem sempre acontecia. Ao contrario, os países da periferia da economia mundial, especializados na produção de matérias-primas

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