Resenha era dos extremos, Eric Hobsbawm
Por: Lohane Lima • 13/4/2016 • Trabalho acadêmico • 641 Palavras (3 Páginas) • 1.625 Visualizações
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Texto 20: Era dos Extremos, Cap. “A Guerra Fria”, de Eric Hobsbawm
Após segunda Guerra Mundial, duas potências emergiram EUA e URSS, o medo da instabilidade nas relações internacionais tornou-se constante por conta de tais potências. Segundo Hobsbawm, a Primeira e a Segunda Guerra mundial foram uma só, pois segundo ele, vários conflitos ainda aconteciam no mundo entre essas duas guerras, para ele, uma foi continuidade da outra e a Guerra fria seria a Terceira Guerra Mundial.
De acordo com Hobsbawm, a Guerra Fria foi marcada pelas ameaças constantes de ataques nucleares, por isso, segundo ele, foi uma guerra de ameaças e não de confrontos. Hobsbawm diz que se não houve uma guerra quente, o que tinha havido, talvez fosse, uma paz fria.
Hobsbawm cita Thomas hobbes: “não é somente a batalha, mas também a clara e expressa vontade de disputar pela batalha durante certo período.” A partir desse trecho Hobsbawm tem como intuito mostrar que apesar não ter havido confrontos diretos entre URSS e EUA é possível falar de “Guerra”.
Hobsbawm passa a chamar o período entre 1945 a 1973 de primeira Guerra Fria, cujo foi o momento mais conturbado, o período da era Trumam e de sua doutrina, no qual os EUA apoiaram os povos livres que resistiram às tentativas de subjugação por minoria armada ou por pessoas de fora. Hobsbawm argumenta então, que a instabilidade do planeta era tal ordem que o mesmo poderia explodir a qualquer momento e vai dizer que a Guerra Fria baseava-se numa crença ocidental, retrospectivamente absurda, mas bastante natural após a II Guerra Mundial, de que a Era da Catástrofe não chegara de modo algum ao fim: de que o futuro do capitalismo mundial e da sociedade liberal não estava de modo algum assegurado.
Nesta primeira fase, a guerra fria inspirou dois conflitos armados de grande relevância: a guerra da Coréia (1950-1953) e a guerra do Vietnã (1965-1975), que se estendeu até o início da Segunda fase da Guerra Fria. Hobsbawm conta que com a Guerra do Vietnã surgiram os primeiros movimentos contra a Guerra Fria, assim como movimentos contra armas nucleares.
De acordo com Hobsbawn, as consequências políticas e econômicas da Guerra Fria no panorama internacional são, resumidamente, as seguintes: Polarizou o mundo controlado por EUA e URSS em dois grupos bem definidos (pró-comunistas e anticomunistas); Ameaça americana de intervenção na Itália se os comunistas vencessem as eleições de 1948; Criação da “Internacional Comunista”, extinta em 1953; Criação de um sistema unipartidário permanente no Japão e Itália, excluindo os comunistas; Alteração da política internacional
do continente europeu. Provocou a reação e a criação da Comunidade Européia em 1957, pelo acordo de 06 Estados (França, Alemanha, Itália, Países Baixos Bélgica e Luxemburgo); Criação da organização do Tratado do Atlântico Norte – OTAN (1949) aliança militar antissoviética (pactos de Varsóvia), baseada na força da economia alemã rearmada pelos EUA; Enfraquecimento do dólar com o estabelecimento do “Pacto do Ouro” para estabilização do preço do metal no mercado internacional (a paridade ouro-dólar extinta em 1971, retirando dos EUA o controle do sistema de pagamentos internacional);
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