RELATÓRIO SOBRE O TEXTO “A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL” ERIC HOBSBAWM
Por: julianalpinheiro • 12/12/2016 • Resenha • 931 Palavras (4 Páginas) • 2.266 Visualizações
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
HISTÓRIA SOCIAL E CULTURAL MODERNA E CONTEMPORÂNEA
PROFESSOR: ALEX VARELA
ALUNA: JULIANA LOURES PINHEIRO – RELAÇÕES PÚBLICAS
RELATÓRIO SOBRE O TEXTO “A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL”
Eric John Ernest Hobsbawm nasceu no Egito, quando esse ainda era dominado pela Grã-Bretanha e por isso, teve sua nacionalidade britânica. Ele foi um historiador reconhecido como um importante nome da intelectualidade do século XX por focar seus estudos em aprimorar as análises históricas para criar mecanismos mais eficientes de predições econômicas e sociais.[pic 1]
Em 1933, Hobsbawm ganhou uma bolsa para estudar na Universidade de Cambridge e mudou-se para Londres, onde se formou em História. Segundo Eric, análises históricas bem formuladas podem indicar as tendências futuras com um grau elevado de acerto.
No capítulo A Revolução Industrial, do livro A era das revoluções (Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1982, p.43-69), o autor busca traçar qual foram os principais fatores que desencadearam a Revolução Industrial e, além disso, os acontecimentos que possibilitaram a manutenção desse momento revolucionário como por exemplo as novas aplicações dos recursos econômicos nos bens de capital e a adaptação da sociedade que vivia o “boom” do capitalismo.
Segundo Hobsbawm, a Inglaterra foi a nação pioneira quando falamos de Revolução Industrial e que suas repercussões só foram sentidas nos continentes, fora da Inglaterra, por volta de 1840. No texto, o autor ressalta que o fenômeno veio muito antes do nome que o representa hoje e que tal evento só foi batizado em 1820 pelos socialistas ingleses e franceses os quais fizeram uma analogia com a revolução política da França.
De acordo com o texto, a eclosão industrial ocorreu no período de 1760 à 1780 no entanto, os fatores que antecederam esse “boom” industrial podem ser datados do ano 1000. Os acontecimentos simultâneos, os índices econômicos a partir da metade do século XVIII permitiram então datar como decisiva a década de 1780.
A revolução industrial teve invenções básicas feitas por artesãos e carpinteiros, isso, porque a educação inglesa era deficiente e os grandes estudiosos eram os jovens que iam estudar nas universidades escocesas. Na Inglaterra, acreditava-se que a educação das classes mais baixas poderia desencadear revoltas sócias fruto da consciência intelectual desenvolvida na formação educacional.
Outro grande fator que permitiu a ascensão industrial na Inglaterra foi a religião praticada no país, o anglicanismo, o qual possibilitou a ampliação do domínio burguês em uma política cujo os principais objetivos eram o desenvolvimento econômico e o lucro.
No meio agrícola, as atividades eram todas maximizadas para a produção exportadora, visando a repassar o capital adquirido para os setores mais desenvolvidos da economia industrial, as construções fabris urbanas.
A máxima praticada pelos homens de negócio da revolução industrial era comprar a matéria prima no local mais barato e vender no mercado mais caro que permitisse uma grande margem de lucro. Para isso, as colônias inglesas no sul dos EUA tornaram-se campos de plantação algodoeira que forneciam para as enormes demandas das indústrias têxteis existentes na Inglaterra. Com as guerras na Índia, o algodão que antes vinha do comércio das índias Ocidentais passou a ser fornecido pela região de Lancashire que começou a exportar grandes quantidades de algodão fechando cada vez mais o ciclo do lucro inglês. O algodão era fornecido por colônias inglesas, revendido por cidades inglesas e tecido por indústrias têxteis inglesas, ou seja, todo o processo era monopólio da Inglaterra, que mantinha assim todos os lucros em seu território ao exportar seu principal produto para outras nações. Tal mercado fez surgir uma grande necessidade de desenvolver inovações, grandes maquinários industriais têxteis e uma frota mercante para a comercialização dos produtos. Ou seja, a indústria algodoeira impulsionou o desenvolvimento industrial em vários outros setores da sociedade britânica.
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