Revolução Industrial
Por: sotayna • 10/11/2015 • Dissertação • 2.184 Palavras (9 Páginas) • 356 Visualizações
A Revolução Industrial
A consequência mais importante da dupla revolução (francesa, de caráter político, e inglesa, de caráter industrial. Os velhos impérios e civilizações do mundo se capitalizaram. A Índia se converteu em uma província administrada pelos britânicos, os estados islâmicos foram sacudidos por terríveis crises. Inclusive o grande Império chinês se viu obrigado, em 1839-1842 a abrir suas fronteiras à exportação ocidental. Em 1848 nada se opunha à conquista ocidental e os territórios. O progresso da empresa capitalista ocidental só era questão de tempo. Mas na sociedade burguesa nasce uma nova ideologia, contradição da dupla revolução. A sociedade comunista que começou como um fantasma, recorreu a Europa e se apoderou de grande parte dela tempo depois.
O problema agrário era por isso fundamental no mundo de 1789, e é fácil compreender por que os burgueses consideraram indiscutíveis que a terra, e a renda da terra, eram a única fonte de ingressos. E que o cerne do problema agrário era a relação entre quem possuía a terra e quem a cultivava, entre os que produzem sua riqueza e os que a acumulam.
As relações da propriedade podem se dividir dependendo da zona do globo onde estamos.
-América: destaca a importação de minerais e outras extrações, assim como escravos, muito mais que produtos agrários. Neste período o algodão é mais apreciado, em detrimento do açúcar.
Em geral isto fazia com que os nobres explorassem cada vez mais sua posição econômica inalienável e os privilégios de seu nascimento e condição. Só umas poucas regiões haviam impulsionado o desenvolvimento agrário dando um passo adiante para uma agricultura puramente capitalista, principalmente na Inglaterra. A grande propriedade estava muito concentrada, mas o típico cultivador era um comerciante de tipo médio. Uma grande quantidade de pequenos proprietários participava da mesma situação. Com a mudança, entre 1760-1830, o que surgiu foi uma agricultura de empresários agrícolas e um grande proletariado agrário.
O século XVIII uma grande era de expansão demográfica, de aumento de urbanização, comércio e manufatura, impulsionou e até exigiu o desenvolvimento agrário. A segunda metade do século viu o princípio do tremendo aumento da população.
A classe média de advogados, administradores, cervejeiros, e inclusive o industrial parecia pouco mais que um parente pobre. O século XVIII deve toda sua força de desenvolvimento ao progresso da produção e o comércio, e ao racionalismo ou iluminismo econômico e científico, que se acreditava estar associados de maneira inevitável. As lojas maçônicas, onde não existia uma diferença de classes propagaram as ideias inglesas sob um pensamento iluminista francês: a igualdade e a liberdade (depois a fraternidade) foram a bandeira de sua revolução. O objetivo principal dos iluministas não foi o capitalismo, mas sim, através do humanismo e das ideias racionalistas-progressistas, a liberdade de todos os cidadãos. As monarquias absolutistas e seus abusos foram o principal motivo da revolução intelectual e logo da revolução prática.
Os reis que se chamaram “iluminados” o fizeram movidos por um interesse em aumentar de sua renda e bem-estar. A monarquia absolutista pertencia ao sistema feudal, e estava disposta a utilizar de todos os recursos possíveis para reforçar sua autoridade e seus lucros dentro de suas fronteiras.
O enfrentamento entre França e Inglaterra significou a confrontação de dois sistemas políticos antagônicos. Os ingleses não apenas venceram mais ou menos decisivamente em todas essas guerras exceto em uma, senão que suportaram o esforço de sua organização, sustento e consequências com relativa facilidade. Para Hobsbawm a dupla revolução viria a tornar irresistível a expansão europeia, mesmo que também iria proporcionar ao mundo não europeu as condições e o equipamento para lançar-se ao contra-ataque.
As Principais causas
Se bem este acontecimento dá seus primeiros passos a princípio do século XVIII, não será até 1830 quando a literatura de Balzac e os manifestos de Engels e Marx assumam o proletário e a classe trabalhadora filha do capitalismo. A Revolução Industrial supõe que um dia entre 1780-1790, e pela primeira vez na história humana, liberam-se de suas cadeias ao poder produtivo das sociedades humanas, que desde então se fizeram capazes de uma constante, rápida e até o presente ilimitada multiplicação de homens, bens e serviços. Isto é o que agora se denomina tecnicamente pelos economistas take-off, o crescimento autossuficiente. Nenhuma sociedade anterior havia sido capaz de romper os muros de uma estrutura em que a fome e a morte se impunham periodicamente. Perguntar quando se completou é absurdo, pois sua essência era que, novas mudanças revolucionárias constituem sua norma. E assim continua até hoje.
Para Burns a Revolução Industrial teria sido retardada se não fosse a necessidade de melhoramentos mecânicos. Depois de diversas tentativas resultou finalmente na invenção da máquina a vapor. Uma necessidade ainda maior de mecanização existia na indústria têxtil. Com a crescente procura dos tecidos de algodão nos séculos XVII e XVIII, ficava praticamente impossível fornecer o fio necessário com as rodas de fiar primitivas ainda em uso, por isso que a necessidade de criação de novas técnicas de produção visando atender a essa demanda cada vez mais crescente era essencial e, sobretudo urgente.
Que o inicio se deu na Inglaterra não quer dizer que fosse superior científica e tecnicamente falando. Nas ciências naturais a França era, com muita certeza, o principal da Europa. As leituras dos economistas ingleses eram tanto Adam Smith como Dupont, Quenay Turgot, Lavoisier e os italianos. A educação influente não estava em Oxford ou Cambridge, senão na Escócia, de onde surgiram os gênios desta revolução, como Watt, Telford, McAdam, James Mill. Até que Lancaster impôs suas medidas, a educação inglesa não desenvolveu. Além disso, os inventos não requeriam mais conhecimento do que já se tinha no início do século (exceto na química), e sua aplicação foi muito posterior (uns 40 anos).
Para Burns a Revolução Industrial teria sido retardada se não fosse a necessidade de melhoramentos mecânicos. Depois de diversas tentativas resultou finalmente na invenção da máquina a vapor.
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