Teoria Política Clássica
Ensaios: Teoria Política Clássica. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Frechman • 27/10/2014 • 566 Palavras (3 Páginas) • 434 Visualizações
Texto: Teoria Política Grega, cáp. 1. Ernest Barker-1946
Resenha Crítica
Na Grécia antiga, pode-se dizer que, apesar de toda a mitologia influente na explicação de fenômenos, houve um período em que se deu um rompimento da clausura do misticismo como única fonte de explicação dos fatos. Com o surgimento da filosofia, o desenvolvimento da mente grega teve maior clareza e liberdade, por assim dizer, nas análises não só do Estado como das demais relações dentro do mesmo. Fator esse preponderante para o estabelecimento de uma teoria política grega de Estado. Os questionamentos acerca da organização do Estado bem como de sua função começou a perpassar a mente dos grandes filósofos da época e permitiu a gênese de inúmeras teorias e conceituações. A partir daí o indivíduo começa a se enxergar não como mais um no meio de muitos, mas como alguém que tem valor e peso na formação do Estado/ sociedade ( termos que até então podiam ser considerados sinônimos). Sendo assim, cada indivíduo tinha a possibilidade de exercer algum tipo de influência na vida da comunidade.
Os indivíduos, distintos do Estado formavam o Estado.
Somado a estes fatores, a existência de cidades-estados vem contribuir para a conseqüente consolidação do pensamento político grego e para a conseqüente formação de uma teoria política grega. As cidades-estados não eram estáticas ( salvo o caso de Esparta, que mantinha uma tradição de governo) e, portanto, as mais diversas organizações políticas tinham seu espaço no debate político. As gradações dos modelos de formas de Estado e Governo permitiram análises e debates. Como conseqüência, discussões sobre as razões das vantagens dos aristocratas sobre os homens comuns ( para citar um exemplo) toma lugar na pauta e geram novas explicações, novas soluções para a questão da política. E como que em uma fileira de dominós que vai se desenrolando em movimento contínuo e conseqüente, a teoria política grega foi se estabelecendo. Filósofos gregos como Aristóteles e Platão, buscam novas formas de relacionar Estado e homem, quais obrigações aquele tinha para com este e vice-versa. Surgem então indagações acerca de qual é a melhor organização para as cidades-estados ( que na verdade eram das mais variadas e tinha contato muito íntimo entre si), qual o verdadeiro significado de tal, e as diversas opiniões começavam a envolver cada indivíduo, gerando uma grande consciência política dos cidadãos. Pode-se pensar até em dizer que a existência de uma esfera publica e a consciência de tal permitiu que os gregos pudessem com maior facilidade se desvencilhar do pensamento mítico e se focar nas questões políticas que eram agora explicadas pelas relações políticas ( no caso, observada entre as cidades-estados),
Dados esses fatos, Aristóteles, ao ver a ciência política, como a ciência da sociedade, não a enxerga como uma estrutura funcionalista, mas como um modo de viver. Entra o estatuto da moral, da ética. A discussão agora não é se o poder deve ser repartido ou concentrado, mas quais são os aspectos éticos da comunidade. A ciência política encontra sua consistência na observação do que é o melhor para a sociedade, qual é o “bem” para todos. O estudo da sociedade era feito pelo ponto de vista da
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