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Teoria Política Da Administração pública

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Por:   •  5/7/2013  •  2.388 Palavras (10 Páginas)  •  1.368 Visualizações

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Estruturação do trabalho

Usando o texto de referencia “Herança Política: De Wilson a Waldo” como base para o tema Teoria Política na Administração Pública, optamos por expor as ideias de dois autores: Woodrow Wilson e Dwight Waldo.

Woodrow Wilson (1887) argumenta que estudiosos haviam ignorado as operações práticas das repartições de governo; e ressaltando as preocupações com questões constitucionais, tendo como consequência a difícil administração da própria constituição.

Acerca das abordagens cientificas, Wilson afirma que o estudo da administração pública ocorre independente do seu contexto aplicável. Ele defende que a eficiência na administração pública, necessita buscar apoio no campo dos negócios, que inseriu a tecnologia não somente aplicada á máquina, mas também aos seres humanos. Assim, utilizou-se o modelo da administração privada e o inseriu no setor público, também na busca da democracia.

Outra perspectiva abordada por ele é a defesa da hierarquia e da centralização do poder, garantindo confiabilidade e eficiência em uma única autoridade. Para ele, essa centralização não interferiria na participação pública.

Waldo (1948) propôs traçar o desenvolvimento do campo da administração pública, a partir da perspectiva da teoria política e da história das ideias. Para ele, a Administração Pública continua uma matriz da teoria política, a qual especifica os compromissos que a sociedade está disposta a realizar na condução dos negócios públicos. Os primeiros escritos sobre administração pública estabeleceram uma diretriz para os trabalhos subsequentes neste campo, com questões profundamente teóricas.

Partindo da ideia de democracia, Waldo enfatiza que ela não poderia excluir pressupostos da centralização, hierarquia e disciplina para sobreviver.

Wilson afirma que é necessário o afastamento da administração pública da política para que ela funcione, já que questões administrativas não são questões políticas, e a administração não deve aceitar que a política manipule seus cargos, mesmo que ela determine suas tarefas.

Ele também diferencia a política da administração defendendo que, naquela deve-se discutir questões e tomar decisões sobre o rumo da mesma e nesta deve-se implementar políticas através de uma democracia neutra e profissional.

Waldo iniciou o questionamento a respeito do fato de a democracia conseguir sobreviver ou não em organizações públicas não democráticas, já que acreditava que a democracia não era algo a parte da administração. Para ele, havia obstáculos à administração democrática, como autoritarismo, hierarquização, controle e disciplina.

A respeito da eficiência Waldo assegura que ela em si não é um valor, pois deve ser definida nos termos de acordo com a sua aplicação e da tarefa que se realiza.

Roteiro de exposição

• Quanto à dicotomia e os princípios científicos de gestão

No ensaio sobre administração pública de Woodrow Wilson (1887), foram apresentadas algumas problemáticas em relação ao estudo desta administração da época. Os estudiosos daquele tempo se perdiam nas definições, pois haviam estado muito preocupados com questões constitucionais e haviam ignorado as operações práticas dos órgãos do governo. As tendências inicias do estudo da administração pública apresentavam duas correntes de pensamentos contraditórias. Há a visão de que a administração pública se torna distintiva por sua relação com o processo governamental e que esta relação requer que se dê atenção especial a preocupações normativas como justiça, liberdade e responsabilidade. Há também a visão de que depois de tomadas as decisões, de uma forma democrática, sua implementação depende das mesmas técnicas empregadas na indústria privada.

Devido a isso, Wilson argumentava de modo a defender o foco na implementação, ao invés de no processo em si: “está se tornando mais difícil administrar a constituição do que foi criá-la”. Para ele, os princípios administrativos deveriam ser tomados assim como no campo dos negócios privados, ou seja, ele declarou que a administração publica deveria se basear na administração privada para chegar ao grau de eficiência desejado: “O campo da administração é um campo de negócios. É diferente da pressa e disputa da política; está separado da área de estudos constitucionais” (...).

“O objeto dos estudos administrativos é resgatar os métodos executivos da confusão e desperdício dos experimentos empíricos e estabelecer fundamentos baseados em princípios estáveis” (p. 209). Para tentar dar um novo rumo aos estudos de administração pública, Wilson sugeriu em seu ensaio dois temas. O primeiro deles foi a dicotomia entre a administração e a política: “A administração se encontra fora da esfera própria da política. Questões administrativas não são questões políticas. Embora a política determine as tarefas para a administração, não se deve tolerar que ela manipule seus cargos”,ou seja, a política é a atividade do Estado nas coisas grandes e universais, enquanto que a administração, por outro lado, é a atividade do Estado nas coisas pequenas e individualizadas, dessa forma a política é o campo específico do estadista, enquanto a administração é o campo do funcionário técnico ; e o segundo foi a busca de princípios científicos de gestão administrativa que auxiliassem alcançar a eficiência organizacional.

Quanto à dicotomia, Wilson dizia que políticos deveriam concentrar-se na formulação das políticas, enquanto administradores públicos profissionais trabalhariam nas questões de implementação, partindo do pressuposto que a democracia representativa só seria viável na medida que decisões políticas estivessem separadas da administração. Wilson buscava princípios gerais válidos para a administração de qualquer organização, seja ela privada ou publica.

Posteriormente, tal dicotomia ocasionou dois caminhos diferentes no desenvolvimento da disciplina da administração pública, um deles fortaleceu o próprio polo da política, reaproximando a administração pública e a ciência política (significou perda de identidade da disciplina, entre 1950 e 1970 e, praticamente, desapareceu como subcampo da ciência política, passando a ser vista como ciência política), e o outro se consolidou da vertente da ciência administrativa, incluindo teoria organizacional e gestão, criando laços entre professores e pesquisadores da área de administração de empresas (contribuiu para o desenvolvimento da teoria organizacional, mas também significou perda de referência da

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