Trabalho: colonização britânica
Por: Gabischw • 14/4/2016 • Resenha • 571 Palavras (3 Páginas) • 217 Visualizações
Na América do Norte, mais precisamente na costa leste, houve dois tipos de colonização britânica, onde a região central (norte) encontravam-se as famílias que fugiam dos conflitos políticos e religiosos da Europa Ocidental. Ali, se organizaram de forma que as suas comunidades fossem manufatureira e de pequena propriedade e policultores e, devido a localização no norte da costa, o clima era semelhante ao da Europa, onde então não produziam produtos diferentes dos que encontrados no continente ultramarino, sendo assim, desenvolveram-se de forma autônoma. Já na região sul, onde o clima não se assemelha ao encontrado na Europa e a condição geográfica é mais favorável, desenvolveram-se as grande propriedades monocultoras, de produtos não encontrados no continente europeu e que exportavam seus produtos para eles, com isso, criou um vínculo de dependência com a metrópole. No centro-norte houve um desenvolvimento um mercado interno, criando uma rede de articulação entre o interior, sendo o produtor alimentício, os centros urbanos, consumidores, e o litoral com a pesca, que o fez com que a Inglaterra não tivesse tanto interesse pela área pela similaridade. Favorecendo assim o surgimento de manufaturas, havendo então um acúmulo de capital e como consequência, o surgimento de burguesias, por sua vez expansionistas. Mesmo com um princípio de subsistência nas colônias do norte, as sobras da produção eram exportadas para as outras colônias do sul, que ambas sofriam com diversas taxações da colônia e a Lei do Açucar, que taxava altamente produtos estrangeiros, sendo que o Sul importava muitos produtos básicos da Metrópole, então com essa vantagem de mercado que o norte possuía, criou-se uma concorrência de produtos estrangeiros/ingleses com os coloniais.
Enquanto ocorria esses conflitos em terras americanas, no Continente Europeu ocorria a Guerra dos Sete Anos entre as grandes potências, que não afetou grandes proporções na geopolítica europeia, porém sim fora dela, que inclusive foram substanciais para as colônias americanas, pois a França perdeu suas terras em território americano para a Inglaterra.
O estopim entre as colônias na América do Norte com a Inglaterra foi devido a mais taxações, pela Lei do Chá, que concedeu monopólio do chá às companhias das Índias Orientais, deixando os colonos extremamente descontentes com a situação, revoltando-se e destruindo navios carregados de chá, deixando a Inglaterra descontente, que então como consequência fechou o porto de Boston e ocupando militarmente, e essas decisões foram chamadas de Leis Intoleráveis. Juntando toda essa situação que estava ocorrendo, com os ideais iluministas que muitos colonos idealizavam, o inevitável ocorreu: conflitos armados. Após dois Congressos, o primeiro sendo não separatista e o segundo sim, foi-se decidido que haveria a criação de um exército nacional, uma comissão liderada por Thomas Jefferson redigiu a Declaração da Independência. Tendo apoio militar da França e da Espanha, ocorreram diversos conflitos contra os ingleses até 1781, onde em York-town o exército inglês veio a perder.
O surgimento dos Estados Unidos e sua independência, reconhecida pelo Tratado de Versalhes em 1783, tiveram fatores importantes para as relações internacionais, como cita Lessa (2005, p. 37) "passava a existir, pela primeira vez, um ato extra-europeu que teria condições de acumular poder e riqueza suficientes para, em médio prazo, rivalizar com as potências europeias nas suas questões nas Américas e no Hemisfério Ocidental, e, em longo prazo, exercer influência sobre o equilíbrio global de forças". Ou seja, com esse novo país, o eixo de poder e influência que a Europa possuía sera desfocado dela e focado também nos Estados Unidos.
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