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A DIVINDADE DE CRISTO

Por:   •  1/5/2018  •  Seminário  •  4.990 Palavras (20 Páginas)  •  379 Visualizações

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Divindade e humanidade.

O cristianismo é singular entre as religiões mundiais, e a singularidade verdadeira de Cristo é o centro do cristianismo. A verdade sobre Cristo é baseada principalmente nos documentos do NT. O registro do NT, principalmente dos evangelhos, é um dos documentos mais confiáveis do mundo antigo. A partir desses documentos aprendemos que várias facetas da pessoa de Cristo são absolutamente singulares.

Jesus Cristo era singular pelo fato de apenas ele, de todos que viveram, ter sido Deus e homem. O NT ensina a divindade e humanidade totalmente unificadas de Cristo. O Credo de Nicéia (325 d.C) afirma a crença uniforme de todo cristianismo ortodoxo de que Cristo era totalmente Deus e totalmente homem em uma pessoa. Todas as heresias relativas à Cristo negam uma ou ambas as proposições. Apenas isso, como alegação, já o torna singular entre todos os outros lideres ou personagens religiosas que já viveram, o que pode ser comprovado com evidências factuais. Algumas dessas evidências são vistas em outros aspectos da singularidade de Cristo.

A NATUREZA SOBRENATURAL DE CRISTO

Singular nas profecias messiânicas. Jesus teve uma existência cheia de milagres e poder sobrenatural desde sua concepção até sua ascensão. Séculos antes do seu nascimento, foi alvo de predições por parte da profecia sobrenatural. O AT, que até o crítico mais fervoroso reconhece que já existia séculos antes de Cristo, previu onde (Mq 5.2), quando (Dn 9.26) e como (Is 7.14) seria a vinda de Cristo ao mundo. Ele nasceria de uma mulher (Gn 3.15) da linhagem do filho de Adão, Sete (Gn 4.26), através do filho de Noé, Sem (Gn 9.26,27), e de Abraão (Gn 12.3; 15.5). Viria pela tribo de Judá (Gn 49.10) e seria descendente de Davi (2Sm 7.12ss.). O AT previu que Cristo morreria pelos nossos pecados (SI 22; Is 53; Dn 9.26; Zc 12.10) e ressuscitaria dos mortos (Sl 2.7; 16.10).

Todas essas profecias sobrenaturais foram cumpridas singularmente em Jesus Cristo. Isso não aconteceu com nenhum dos grandes lideres ou personagens espirituais que já viveram, incluindo Maomé.

Singular na concepção. Cristo não só foi predito sobrenaturalmente, também foi concebido de forma miraculosa. Ao anunciar sua concepção virginal, Mateus (1.22,23) indica a profecia de Isaías (7.14). Lucas, um médico, registra esse inicio miraculoso de vida humana (Lc 1.26s.); Paulo faz alusão ao fato em Gálatas 4.4. De todas as concepções humanas, a de Jesus se destaca como singular e miraculosa (v. virginal, nascimento).

Singular na vida. Desde o seu primeiro milagre em Cana da Galiléia (Jo 2.11), o ministério de Jesus foi marcado por milagres (cf. Jo 3.2; At 2.22). Não eram curas de doenças ilusórias, nem poderiam ser explicados com dados naturais. São singulares porque são imediatos, sempre bem-sucedidos, não tiveram reincidência conhecida e curaram doenças que eram incuráveis pela medicina, tais como pessoas nascidas cegas (João 9). Jesus ate ressuscitou dos mortos várias pessoas, inclusive Lázaro, cujo corpo já estava se decompondo (Jo 11.39).

Jesus transformou água em vinho (Jo 2.7s.), andou sobre a água (Mt 14.25), multiplicou pão (Jo 6.11s.), abriu os olhos dos cegos (Jo 9.7s.), fez os coxos andar (Mc 2.3s.), expulsou demônios (Mc 3.10s.), curou todo tipo de doença (Mt 9.35), incluindo lepra (Mc 1.40-42), e até ressuscitou os mortos em várias ocasiões (Mc 5.35s.; Lc 7.11-15; Jo 11.43,44). Quando perguntaram se ele era O Messias, usou seus milagres como evidência para apoiar a afirmação, dizendo: Voltem e anunciem a João o que vocês estão ouvindo e vendo: os cegos vêem, os mancos andam, os leprosos são ressuscitados, e as boas novas são pregadas aos pobres (Mt 11.4,5). Essa grande quantidade de milagres foi um sinal especial de que o Messias viera (v. Is 35.5,6). O líder judeu Nicodemos ate disse: Mestre, sabemos que ensinas da parte de Deus, pois ninguém pode realizar os sinais miraculosos que estas fazendo, se Deus não estiver com ele (Jo 3.2).

Singular na morte. Os eventos relativos à morte de Cristo foram miraculosos. Isso incluiu a escuridão de meio-dia às três da tarde (Mc 15.33) e o terremoto que abriu os túmulos e rasgou o véu do santuário (Mt 27.51-54). A maneira pela qual sofreu a tortura mortal da crucificação foi miraculosa. A atitude que teve em relação aos seus zombadores e carrascos foi miraculosa, dizendo: “Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que estão fazendo” (Lc 23.34). A maneira pela qual ele realmente morreu foi miraculosa. Como Jesus disse: “porque eu dou a minha vida para retomá-la ninguém a tira de mim, mas eu a dou por minha espontânea vontade” (Jo 10.17,18). No momento da sua partida, não foi vencido pela morte, mas entregou seu espírito voluntariamente. Jesus disse: “Está consumado!” Com isso, curvou a cabeça e entregou o espírito”(Jo 19.30).

Singular na ressurreição. O maior milagre da missão terrena de Jesus foi a ressurreição. Ela não só foi prevista no AT (SI 2;16),mas o próprio Jesus a previu desde o inicio do seu ministério. Disse: “’Destruam este templo, [do meu corpo] e eu o levantarei em três dias’[...] Mas o templo do qual ele falava era o seu corpo”. (Jo 2.19, 21; Mt 12.40-42; 17.9). Jesus demonstrou a realidade da sua ressurreição em doze aparições durante 40 dias para mais de 500 pessoas.

Singular na Ascensão. Assim como sua entrada nesse mundo, a partida de Jesus também foi miraculosa. Depois de comissionar seus discípulos, “E eles ficaram com os olhos fixos no céu enquanto ele subia. De repente surgiram diante deles dois homens vestido de branco” (At 1.10). Ao contrário da opinião de alguns, essa não foi uma “parábola”, mas sim a ascensão corporal, literal, ao céu, do qual voltará no mesmo corpo literal para reinar neste mundo (At 1.11; Ap. 1.7,19,20). Os grandes Credos cristãos enfatizam claramente a miraculosa ascensão corporal de Cristo.

Singular na santidade. Alguns dos inimigos de Cristo trouxeram falsas acusações contra ele, mas o veredicto de Pilatos no seu julgamento foi o veredicto da história: “Não vejo neste homem crime algum” (Lc 23.4). Um soldado na cruz concordou, dizendo: “Certamente, este homem era justo” (Lc 23.47), e o ladrão na cruz ao lado de Jesus disse que “Mas este homem não cometeu nenhum mal” (Lc 23.41).

Para a descrição do que as pessoas mais próximas de Jesus pensavam do seu caráter, Hebreus diz que ele foi tentado como homem, “porém, sem pecado” (4.15). O próprio Jesus desafiou seus acusadores: “Qual de vocês pode me acusar de algum pecado?” (Jo 8.46), mas ninguém foi capaz de culpá-lo de nada. Assim, o caráter impecável de Cristo dá testemunho duplo da verdade da sua proclamação. A santidade de Jesus foi singular.

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