CHEGADA DA UMBANDA NO BRASIL

A chegada a umbanda no Brasil

A umbanda é uma religião brasileira, que herdou vários elementos das religiões africanas mas também possui traços das religiões judaico-cristãs, indígenas e do espiritismo, é frequentemente vista como a maior síntese entre as tradições religiosas Afro-brasileiras, Ameríndias, o Espiritismo Kardecista e o Catolicismo. Por seu sincretismo, a Umbanda tem sido percebida como uma religião que reúne os vários grupos étnicos brasileiros, sua cultura e tradição religiosa.

A Umbanda é vista como uma tentativa de formular uma religião nacional, de criar uma religião democrática que seria capaz de unir os vários grupos étnicos e classes sociais. A Umbanda é frequentemente classificada como religião Afro-brasileira, porém essa questão é muito discutida entre os especialistas do Brasil.

A história oficial contada é que o fundador da Umbanda é frequentemente identificado com um homem chamado Zélio de Moraes, do Rio de Janeiro, ele era branco, de classe média, e filho de um espírita kardecista. Ele afirma que em 1920 o espírito de um padre jesuíta se revelou a ele e lhe disse que ele seria o fundador de uma nova religião, genuinamente brasileira que seria dedicada a dois espíritos brasileiros: O Caboclo e o Preto Velho. Estes eram precisamente os dois tipos de espíritos que haviam sido rejeitados como inferiores pelos kardecistas.

A Umbanda pode ser considerada uma síntese de diferentes tradições religiosas representadas pelos vários grupos étnicos e sociais do Brasil, que são muitas vezes antagônicos. A Umbanda se organizou institucionalmente em um período político turbulento que testemunhou, entre outros fenômenos, a emergência de movimentos nacionalistas e fascistas. Esse desenrolar político culminou na ditadura de 1937, com o chamado Estado Novo, liderado por Getúlio Vargas.

O espiritismo, especialmente aquele representado pelas religiões Afro-brasileiras, era ainda proibido por lei. Durante o período da ditadura, que também representa os anos de formação da Umbanda, a perseguição a pessoas envolvidas no chamado “baixo espiritismo”, isto é, práticas religiosas de matrizes afro-brasileiras se intensificou. Isso, levou os umbandistas a se identificarem muitas vezes como os espíritas Kardecistas.