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Perseguição à Cristãos Somalis

Por:   •  23/5/2016  •  Relatório de pesquisa  •  704 Palavras (3 Páginas)  •  194 Visualizações

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Somália

Desde que se tornou independente a Somália vem padecendo. Após freqüentes guerras civis, sofre também com diversos grupos radicais como o: movimento nacional Somali (SNM), o Movimento Patriótico Somali (SPM), o Congresso Somali Unido (USC) e o mais conhecido deles o Al Shabaab.

A situação política no país ainda é confusa. Atualmente esta instaurado um Governo de Transição, sendo o presidente Abdullahi Ahmed e o primeiro ministro Ali Mohammed, porém, o que ocorre de fato é uma disputa pelo poder político que se encontra dividido por vários “senhores da guerra”.

Dado essa situação, quatro estados surgiram como autônomos após 1990, entretanto, apenas a Somalilândia se autoproclamou independente (não é conhecido este fato a cunho internacional), os outros três permanecem reivindicando autonomia.

A guerra também devastou a economia Somali, que tem atualmente característica neoliberal. É um dos 8 países mais pobres do planeta, dono de uma das mais altas taxas de mortalidade infantil, cerca de 10% das crianças morrem pouco depois ao nascer e 25% antes dos cinco anos de idade. 75% de sua população encontram-se subnutridos. Cerca de 37,8% da população sabe ler e escrever, sendo maior entre os homens (49%) e apenas 25% das mulheres. A economia é excessivamente agrícola, pouco industrializada, 65% do PIB vem da agrícola, 25% de serviços e 10% das indústrias.

A cultura Somali é amplamente baseada no Islã e na poesia. A religião majoritária é o Sunismo.

 

Cristãos na Somália

Os primeiros missionários cristãos a chegarem a Somália foi no ano de 1881, em quase um século de trabalho, conseguiram centenas de convertidos, até que foram obrigados a se retirarem do país em 1974. Há aproximadamente mil praticantes do cristianismo em uma população de mais de 9 milhões de pessoas. Não há perspectiva de crescimento da igreja na Somália dada a constante instabilidade política e econômica e freqüentes ataques de grupos radicais islâmicos.

O extremismo religioso é o grande responsável pela perseguição aos cristãos somalis. Alguns extremistas têm acusado organizações cristãs de ajuda comunitária de aproveitarem o caos no país para divulgar o evangelho, tais acusações atraem a atenção da mídia que tratam os cristãos com palavras de violência e intolerância, levando a ataques públicos.

No ano de 2009 o parlamento aprovou a adoção da Sharia (lei Islâmica), esperando assim obter o apoio da população e distanciando milícias islâmicas que vem lutando para conseguir o controle da nação. A mais forte delas o Al Shabaab, financiado pela Al Qaeda que vem objetivando derrubar o governo de transição e instaurar um Governo Teocrático, além de reprimir qualquer trabalho missionário ou de evangelismo no país que atualmente é quase nulo devido a falta de leis e constantes perseguições.

Os cristãos são monitorados pelo governo e por milícias a fim de descobrirem os envolvidos em apoiar e treinar cristãos a evangelizar muçulmanos. A constituição provisória provê liberdade religiosa, mas na prática isso não é respeitado, pois a mesma também estabelece o islamismo como religião nacional e afirma que as leis não podem contradizer-la. Mudar de religião não significa apenas uma traição ao Islã e a comunidade mulçumana, significa uma ruptura com as normas e valores da sociedade, sendo passíveis de freqüentes ataques e mortes nos locais onde são descobertos.

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