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Teologia comtemporanea - iluminismo

Por:   •  4/6/2017  •  Resenha  •  1.369 Palavras (6 Páginas)  •  820 Visualizações

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RESUMO: RAÍZES DA TEOLOGIA CONTEMPORÂNEA

O Iluminismo é, de certo modo, um filho tardio do humanismo renascentista. As concepções da Filosofia e Ciência Moderna dentro do processo de evolução intelectual contribuíram para que surgisse um novo espirito, caracterizado pela autonomia da razão. A razão aqui pretendeu estender seus imites para todo o ramo do saber, negando-se a reconhecer limites fora de si invadindo os “domínios” da ética, epistemologia, da politica e religião. Para isso, o iluminismo rejeita qualquer “ajuda” transcendente e deseja somente poder conseguir por meio de sua razão e seus próprios esforços.

O Iluminismo durou cerca de 150 anos (1650-1800) e tem como uma de suas características fundamentais o retorno constante a razão onde o homem racional é o centro do universo, ou seja, o homem é a medida de todas as coisas e a razão seu instrumento de medição.

O século 18, conserva a intacta confiança na razão. A razão não se opõe a experiência, já que é ela que organiza esta. Este movimento originou-se na Inglaterra, alastrando-se pela França e Alemanha, sendo apelidado Aufklarug (IUMINISMO) devido à pretensão de iluminar o obscurantismo da tradição.

O iluminismo, mais do que um sistema filosófico é um movimento espiritual, típico do século 18, caracterizado por uma ilimitada confiança na razão humana, considerada capaz de dissipar névoas do ignoto, que obstruem e obscurecem o espirito humano, de torna-los melhores e felizes. O iluminismo é, em essência, um antropocentrismo, um ato de fé na natureza humana, e não na natureza individual e original de cada um. Benht Hagglund resume tudo isso dizendo que o “Iluminismo caracterizou-se por fé ingênua no homem e suas potencialidades”.

Kant (1724-1804), um dos maiores expoentes deste movimento, ilustrou bem o espirito da sua época, definindo Iluminismo como a emancipação de uma menoridade que só aos homens se devia. Menoridade é a incapacidade de se servir do seu próprio intelecto, sem a orientação de outro. O titulo da obra de Kant, escrita em 1793 ainda que seja simples abstração retrata bem esse período. A Religião dentro dos limites da simples razão. Ela se tornou conforme expressa de Braaten, o manifesto religioso para o Iluminismo.

No entanto, deve ser dito que o Iluminismo carrega em seu bojo o germe da sua própria destruição. O escocês David Hume (1711- 1776), aplicou o ceticismo a religião e capacidade da mente humana poder conhecer o mundo externo. Lembremo-nos que foi justamente Hume quem despertou Kant do sono dogmático e que este, mesmo fazendo da razão o guia seguro para se chegar a verdade, impunha à razão limites rigorosos de não cair no precipício do naturalismo. A razão é finita, ela não pode conceber sozinha o infinito.

Do iluminismo confiante na razão surge a critica mais mordaz a capacidade da razão. Todavia, é necessário que não nos iludamos. Em Kant, a razão seria sempre o aferidor final e decisório.

LIBERALISMO TEOLÓGICO

Podemos definir o Liberalismo Teológico como o esforço por interpretar, reformular a fé cristã. Deste prisma, só pode ser considerado Genuíno o “credo” que se ajuste aos critérios racionas vigentes.

Peirard diz que “A característica principal é o desejo de adaptar as ideias religiosas a cultura e formas de pensar modernas. Os liberais insistem que o mundo se alterou desde os tempos do cristianismo, de modo que as terminologias da Bíblia e credos são incompreensíveis as pessoas hoje.

A INFLUÊNCIA ILUMINISTA SOBRE TEOLOGIA

A Teologia Liberal tem as suas raízes fincadas sobre o desenvolvimento da Ciência Moderna e da Filosofia Moderna, os quais encontraram a sua síntese no iluminismo. O Liberalismo Religioso, escreve Ramm é um produto da filosofia e ciência moderna, e da iluminação moderna, que intentam conservar a essência do cristianismo esforçando-se por fazer isso através de uma interpretação radical da fé Cristã.”

INSPIRADORES CONTEMPORANEOS DO LIBERALISMO.

Kant foi o divisor de aguas entre Filosofia e Contemporânea: Também exerceu grande influencia sobre o liberalismo Teológico. Sua presença foi marcante no Liberalismo levando-o a ser conhecido como fundador teorético do liberalismo religioso, porque grande número de teólogos liberais edificou diretamente sobre a filosofia de Kant ou sobre alguma versão alternativa da mesma.

NOUMENO E FENOMENO

Kant estabeleceu uma distinção entre “coisa-em-si” a qual o homem não pode atingir pela experiência e a coisa que se apresenta. Assim dentro destas suas categorias, temos:

Noúmero: (Deus, alma, iberdade)

Fenomeno: ( a coisa como se mostra)

        O homem não consegue aprender o noumero, pois, suas características intelectuais não dispõem de instrumentos para conhecê-lo, contudo a partir do fenômeno consegue inevitavelmente deduzi-lo.

Quando consideramos os objetos dos sentidos simples fenômenos, então admitimos ao mesmo tempo, que uma coisa em si mesma lhe serve de fundamento, apesar de não conhecermos como é constituída em si mesma, mas apenas seu fenômeno, isto é, a maneira como nossos sentidos são afetados. O entendimento, justamente por admitir fenômenos, aceita a existência das coisas, onde podemos afirmar que a representação de tais seres, que servem de fundamento aos fenômenos, por conseguinte, a representação de simples seres inteligíveis, não só admissíveis como inevitável.

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