Teologia

A Graça e Seus Sinais

Neste texto o autor tenta expressar e ideia de que o falar de graça, passa a ideia de algo que está ligado a uma lei, e isto leva a um obstáculo para muitos tornando mais difícil a aproximação do homem a Deus. Paulo o autor cristão mais influente aproximou ou unificou Deus e o homem numa criação comum, e que fez essa ligação da mensagem cristã com a palavra “Graça”, mas que não se deve atribuir a Paulo a qualificação desta graça no que chamamos de sobrenatural. Por que para Paulo a palavra graça é boa notícia, mesmo que seja limitada em constante luta, para Paulo a graça é o dom de Deus.

A partir dos anos trinta a teologia passa a descobrir uma distinção no tema graça, a que existe entre a graça incriada e a graça criada, porém o verdadeiro ponto de partida para uma teologia da graça continua sendo a graça criada, e que não se fala de graça a respeito da criação do homem.

A primazia da graça criada seria aproximar o homem de Deus a graça incriada, desde o seu nascimento o homem é convidado a um diálogo com Deus, a mensagem cristã dá ao homem o dever de participar da construção do mundo, e não de afastá-lo, sendo assim o próprio Deus encarnou-se e se fez perfeito homem e através Dele que conhecemos o verdadeiro amor, aprendemos a necessidade de esforçar-nos a instaurar o amor universal, que morrendo na cruz nos mostra que o mundo vai colocar sobre nossos ombros a cruz daqueles que buscam a justiça e a paz, levando a humanidade a desejar um futuro, dando alento e tornando mais leve a sua própria vida.

Toda esta reflexão é baseada na teologia Joanina, Deus é amor, Deus sempre se revelou ao homem numa linguagem que ele , o homem entende, porem Deus chama o homem a dialogar com Ele dentro da história, Deus quer que o homem veja a sua mensagem nesta história, pois Deus é atemporal.

A linguagem que a Bíblia usa para expressar Deus, leva-nos a pergunta: como pode a criatura conhecer ou saber algo da graça incriada? A resposta que a teologia Joanina dá a esta pergunta é: a experiência de poder amar é o caminho que leva ao conhecimento mais próximo daquela realidade que Deus, livremente, deu-se a si próprio, quem não passou pela experiência de amar não conheceu a Deus, porque Deus é amor.

Se nos amarmos uns aos outros, Deus permanece em nós, e o seu amor que é o seu ser em nós é levado a perfeição. Isto não significa que nossas naturezas estão misturadas, mas que continuamos sendo o mesmo ser limitado, mas que agora temos a graça incriada em nós, ou seja, o Espírito Santo.