A Ayahuasca

A Ayahuasca é uma bebida composta por duas plantas, o cipó Banisteriopsis caapi e a rubiácea Psychotria viridis, fervidas juntas durante horas. Essa bebida também nos é apresentada com os nomes de Vegetal, Santo Daime ou Hoasca, países como Bolívia, Peru, Colômbia, Equador e Brasil tradicionalmente utilizam-se do chá com fins religiosos, sem contar seu uso por aproximadamente 72 tribos indígenas amazônicas, seu nome significa “cipó do homem morto” (aya significando espírito, morto. Alma ou ancestral, e huasca significa vinho ou corda) entre outras variações como “vinho das almas”, além dos significados literais temos significados culturais que é são “professor dos professores”, “planta professora”, entre outros.

A bebida está diretamente ligada à religião, lado espiritual do ser humano, seitas como o Santo Daime, a União do Vegetal e a Barquinha são as mais conhecidas que utilizam-se do chá; muito se falou no Brasil a respeito da legalização da bebida no país com fim religioso e após 18 anos de estudos o Conselho Nacional de Políticas Sobre Drogas (CONAD) do Brasil retirou a Ayahuasca da lista de drogas alucinógenas definitivamente, contudo tendo vetado seu comércio e propagandas a seu respeito, também coibindo seu uso com outros tipos de drogas. A ONU também emitiu um parecer com maior flexibilidade das leis em todos os países no que se refere à ayahuasca. Isso mostra como o seu caráter religioso se sobressai sobre o próprio caráter enquanto produto alucinógeno.

Os praticantes das seitas que se utilizam da Hoasca relatam uma percepção além do mundo vigente, uma percepção espiritual de alterações no espaço-tempo, outros relatam terem seus sentidos, emoções e processos mentais elevados, além de descrever um fenômeno específico, uma espécie de “o vôo da alma”, onde ocorre um desdobramento onde o corpo físico mantem-se em terra e o corpo astral desloca-se, desbrava outros locais. Porem, segundo seus praticantes, as visões e as manifestações do espírito não acontecem de imediato, as religiões que se utilizam da ayahuasca exigem disciplina, dedicação, tempo e perseverança, as vezes toma-se varias vezes a bebida para que se tenha uma experiência válida; o maior alcance com a ayahuasca é a possibilidade de tratamentos psicoterapêuticos e a assimilação de conhecimentos espirituais com a prática na vida diariamente.

A respeito de efeitos colaterais do uso da ayahuasca, vê-se que não existem muitos estudos a respeito, o que se tem de concreto é que seu consumo não traz nenhum malefício físico, apesar de relatos de seguidores que vomitam e suam além do normal durante o efeito da bebida, isso se da como uma tentativa do corpo de eliminar a substância do organismo. Seu uso frequente pode trazer sim uma tolerância corporal ao princípio ativo da bebida, causando uma maior resistência de quem a toma. As maiores contraindicações do uso da ayahuasca são em casos de pessoas que têm uma predisposição a desenvolver quadros psicóticos ou doenças como bipolaridade e esquizofrenia, além da síndrome do pânico, aconselha-se nesses casos que esses indivíduos não ingiram a bebida.

A partir dessa análise podemos dialogar o estudo com diferentes pontos de vista como Mircea Eliade e Rudolf Otto, ambos pensadores do que é o sagrado para os seres humanos. Eliade em seu livro “O Sagrado e o Profano” mostra que apesar

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