A Era Do Gelo
Ensaios: A Era Do Gelo. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: 09498774765 • 8/10/2013 • 714 Palavras (3 Páginas) • 480 Visualizações
INTRODUÇÃO
As fissuras lábiopalatinas são anormalidades de ordem congênita, caracterizadas pela apresentação de espaçamento anormal no palato, alvéolo ou lábio, atingindo estruturas faciais como nariz, gengiva e dentes (SILVA et al, 2003).
A etiologia real das fissuras labiais e do palato ainda é pouco conhecida, no entanto, há evidências que comprovam a atuação tanto de fatores genéticos quanto ambientais que, durante o desenvolvimento embrionário culminam com a ocorrência da patologia (NUSSBAUM, 2001; MOORE;PERSAUD, 2004 apud BARONEZA et al, 2005). Dentre estes fatores, os principais são o uso de drogas durante a gestação, tratamentos com radiação ionizante, fatores hereditários, estresse e agentes tóxico-infecciosos (LOFFREDO, 1994).
A criança portadora de fissuras labiopalatinas pode apresentar, durante seu desenvolvimento, uma variedade de problemas que requerem a atuação de diversos profissionais. Dentre estes problemas, são comuns os relacionados à fala e à audição, além de problemas odontológicos, estéticos e emocionais (CARVALHO, 2002).
Com relação aos problemas relacionados ao desenvolvimento da fala, ela é comum na maioria das crianças portadoras, sendo que, nos casos mais graves ocorre um comprometimento acentuado tornando-se impossível a compreensão da linguagem oral expressa pela criança ou pelo indivíduo adulto que não recebeu tratamento e acompanhamento adequado.
Por muitos anos o tratamento fonoaudiológico para crianças com fissuras labiopalatinas foi dirigido apenas à reabilitação. Atualmente, têm-se enfatizado a importância do tratamento precoce, desde a conscientização dos pais, as recomendações durantes os primeiros dias de vida até o encaminhamento ao ato cirúrgico, além do acompanhamento pós-operatório (CARVALHO, 2002).
Tendo em vista este aspecto, o diagnóstico precoce dos distúrbios da fala em crianças fissuradas é extremamente importante para que o tratamento fonoaudiológico seja iniciado o quanto antes no intuito de se impedir a instalação de novos padrões errôneos em sua linguagem, sendo que, somente assim, pode-se propiciar à criança a sua perfeita interação ao ambiente social, de uma forma mais plena e satisfatória.
1.1. REFERENCIAL TEÓRICO
As fissuras lábio-palatinas são anomalias de ordem congênita, podendo ser classificadas etiologicamente em dois grupos diferentes de nosologias, sendo elas:
- Fissura labiopalatina ou fissura de lábio (unilateral ou bilateral), caracterizada pela falta de fusão dos processos nasais da proeminência frontal e o processo maxilar na sétima semana de desenvolvimento embrionário;
- Fissura palatina, resultante da falta dos processos bilaterais independentes do maxilar na linha mediana, ocorrida por volta da décima segunda semana de vida intra-uterina (SAXÉN, 1975 apud LOFFREDO et al, 1994).
O portador de fissuras labiopalatinas pode apresentar uma variedade de problemas relacionados à fala, audição, problemas odontológicos, estéticos e emocionais (CARVALHO, 2002).
Mais especificamente quanto aos distúrbios da fala, eles ocorrem principalmente porque as fissuras ocasionam graves prejuízos e limitações às funções ligadas à motricidade oral e desencadeamento adequado da fala, interferindo no complexo
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