A História da Religião
Por: mairadoamaral • 9/5/2017 • Dissertação • 892 Palavras (4 Páginas) • 224 Visualizações
Religião
É difícil dizer precisamente o momento em que muitas religiões começaram, sobretudo porque suas raízes estão na Pré-História e as fontes que descrevem suas origens datam de períodos muito menos remotos. No entanto, a religião considerada como a mais antiga ainda existente é o hinduísmo, com raízes nas religiões tradicionais do subcontinente indiano e compilada nos escritos de Vedas, do século XIII a.C. Dessa tradição védica vieram não somente a religião pluralista que conhecemos hoje como hinduísmo, mas o jainismo, o budismo e, mais tarde, o sikhismo, no século XV.
Enquanto isso, outros sistemas de crença se desenvolviam no Oriente. A partir do século XVII a.C. as dinastias chinesas estabeleceram seus estados e impérios, onde surgiram religiões populares e uma devoção ancestral, que mais tarde foi incorporada nos sistemas de crenças mais filosóficos do taoísmo e do confucionismo.
No Mediterrâneo Oriental, religiões egípcias e babilônicas ainda eram praticadas quando as novas cidades-estados da Grécia e da Roma desenvolveram suas próprias mitologias e seus conjunto de deuses. Mais para o Leste, o zoroastrismo – a primeira religião monoteísta conhecida – já havia se estabelecido na Pérsia, e o judaísmo surgiu como a primeira religião abraâmica, seguido pelo cristianismo e pelo islamismo.
Muitas religiões reconhecem a importância específica de um ou mais indivíduos como fundadores de seu credo, como personificação de Deus (Jesus e Krishna) ou receptor de uma revelação divina especial (Moisés e Maomé).
As religiões no mundo moderno continuaram a evoluir junto com os avanços da sociedade, mesmo com certa relutância, e geralmente se ramificaram. Algumas religiões aparentemente novas despontaram, sobretudo nos séculos XIX e XX, mas com características evidentes de credos anteriores.
Não existe uma definição simples de religião que expresse todas as suas dimensões. Abrangendo elementos espirituais, pessoas e sociais, é um fenômeno que aparece em todas as culturas, desde a Pré-História até os dias atuais, conforme evidenciado nas pinturas das cavernas, nos costumes funerários e dos costumes de todos os ancestrais distantes e na contínua busca por um objetivo espiritual na vida.
No período Paleolítico e em grande parte da história humana, a religião serviu como forma de compreender os fenômenos naturais e exercer influências sobre eles. Assuntos como tempo, estações, vida, morte, criação, vida após a morte e a estrutura dos cosmos estavam sujeitos a explicações religiosas que evocavam desuses controladores ou um plano da realidade fora do âmbito visível, habitado por divindades e criaturas místicas. A religião era um modo de se comunicar com esses deuses por meio de rituais e rezas, essas práticas, quando compartilhadas por membros de uma comunidade, ajudaram a consolidar grupos sociais, reforçar hierarquias e criar um sentido de identidade coletiva.
Quando as sociedades se tornaram mais complexas, os sistemas de crença acompanharam essa evolução, e a religião passou a ser usada, cada vez mais como ferramenta política. Conquistas militares costumavam preceder a assimilação dos deuses dos derrotados por parte dos vencedores. Além de reinados e impérios serem apoiados por suas divindades e classes sacerdotais.
A religião atendia a grande parte das necessidades dos primeiros povos, oferecendo modelos para organizar a vida, por meio de ritos, rituais e tabus, além de servir como base para a compreensão de seu lugar no mundo. Poderia a religião, portanto, ser explicada como um mero artefato social? Muitos afirmariam que é muito mais que isso. Ao longo dos séculos, as pessoas desafiaram posições contrárias à sua fé, sofrendo perseguição e morte para defender o direito de cultuar seu (s) deus (es). E até hoje, numa era mais materialista, mais de três quartos da população mundial admite possuir algum tipo de credo religioso. Pelo que se vê, a religião é uma parte necessária da existência humana, tão importante para a vida quanto a própria linguagem. Seja como experiência pessoal – a consciência interna do divino – ou como forma de encontrar significado e sentido na vida e servir como ponto de partida para qualquer empreendimento, considerada por muitos, como fundamental para nível pessoal quanto no social.
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