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A adolescência em Samoa Em Cultura e Personalidade

Por:   •  30/6/2017  •  Resenha  •  738 Palavras (3 Páginas)  •  4.944 Visualizações

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Mead, Margaret. 2015 “A adolescência em Samoa”. Em Cultura e Personalidade.  Resumo

           Margaret questiona em “Adolescência em Samoa” o conflito adolescente, no último século pais e professores começaram adaptar a educação de acordo com a necessidade das crianças, baseados no desenvolvimento da psicologia e sua contribuição com o conhecimento da maneira como estas se desenvolvem e as dificuldades e desajustamentos da juventude. Logo, as condições americanas desafiaram o psicólogo, o educador, o filosofo social, a oferecer explicações aceitáveis para os problemas da criança em desenvolvimento. “A adolescência foi caracterizada como a fase em que o idealismo florescia e a rebelião contra a autoridade ganhava força, um espaço de durante o qual dificuldades e conflitos eram absolutamente inevitáveis.” P.18
         Outra maneira de estudar o comportamento humana em suas variadas formas vinha ganhando espaço, o antropólogo começava a compreender o enorme papel desempenhado na vida de um indivíduo pelo ambiente social em que cada um nasce e é criado. Logo, o antropólogo percebeu que certas atitudes pareciam depender do contexto social e mesmo assim eram atribuídas ao desenvolvimento físico “Eram essas dificuldades decorrentes do fato de ser adolescente ou de ser adolescente nos Estados Unidos”? P.21 Sendo assim o objeto de estudo foi o efeito da civilização sobre um ser humano em desenvolvimento na puberdade. “O único método é do antropólogo: ir para uma civilização diferente e fazer um estudo de seres humanos sob condições culturais diferentes em alguma outra parte do mundo.” P.23

              Mead relata que era necessário compreender o ambiente físico das adolescentes, social e a atitude em relação a crianças, em relação a sexo e a personalidade. Durante os noves meses que passou em Samoa, concentrava-se na questão “...são as perturbações que atormentam nossos adolescentes consequências da natureza da própria adolescência ou da civilização? Sob condições diferentes, a adolescência apresenta-se sob outra imagem?” As meninas de Samoa passam pelos mesmos processos de desenvolvimento físico de desenvolvimento que as meninas dos Estados Unidos, porém as meninas de Samoa não passavam pelo mesmo sofrimento mental e emocional que as outras, e essa diferença era explicada pelas civilizações. “Se o mesmo processo assume uma forma diferente em dois ambientes diversos, não podemos dar nenhuma explicação em termos do processo, pois ele é o mesmo dos dois casos. Mas o ambiente social é muito diferente, e é para ele que devemos nos voltar em busca de explicação.” P.31

               O ambiente samoano torna o desenvolvimento uma questão fácil e simples, ninguém aposta muito alto, ninguém paga preços elevados, ninguém sofre em razão de suas convicções nem luta até a morte por fins específicos, não há pobreza e nem o que temer além da morte. Segundo a autora ninguém se apressa e nem é punido por se desenvolver devagar. Em vez disso os talentosos são contidos até que os mais lentos acompanhem. A criança Samoana também não enfrenta nenhum dilema relacionado a sexo, ou pressão para fazer algo importante, pois é algo natural na cultura deles “Sexo é uma coisa natural, agradável; a liberdade com que ele pode ser desfrutado é limitada por uma única consideração: status social”. P.35 Em Samoa crianças maiores cuidam das menores e são punidas pelo que essas crianças menores fazem de errado. As crianças menores geralmente crescem egoístas e desobedientes. No entanto, quando elas fazem sete ou oito anos são elas que têm de tomar conta de outras crianças e é assim que adquirem responsabilidade.

             Mead afirma que behavioristas e psicanalistas dão grande ênfase ao enorme papel desempenhado pelo desenvolvimento dos primeiros anos de vida. “As implicações dessa observação são grandes, a ausência de situações difíceis em Samoa, de escolhas conflitantes, de ocasiões em que medo, dor ou ansiedade são extremamente aguçados, explicara em grande media a ausência de desajustamento psicológico.” P.40 Por fim a autora conclui “Em todas essas comparações entre Samoa e a cultura americana, muitos aspectos são uteis apenas para lançar um holofote sobre nossas próprias soluções, ao passo que em outros é possível encontrar sugestões para mudanças...compreendendo que nossos meios não são inevitáveis e nem ordenado por Deus, mas fruto de uma longa e turbulenta história.”

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