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A verdadeira diferença entre as opiniões protestantes e católicas

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Por:   •  4/8/2014  •  Artigo  •  843 Palavras (4 Páginas)  •  432 Visualizações

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Sola fide é o ensinamento de que a justificação (interpretada na teologia protestante como "sendo declarada apenas por Deus") é recebida somente pela fé, sem qualquer interferência ou necessidade de boas obras, embora na teologia protestante clássica, a fé salvadora é sempre evidenciada, mas não determinada, pelas boas obras. Alguns protestantes veem esta doutrina como sendo o resumo da fórmula "fé produz justificação e boas obras" e em contraste com a fórmula católica romana "fé e boas obras rendem justificação". O argumento católico é baseado na Epístola de Tiago (Tiago 2:14–17):

De que serve, meus irmãos, se alguém disser que tem fé se não tiver obras? Acaso pode essa fé salvá-lo? Se um irmão ou uma irmã estiverem nus e necessitarem do pão quotidiano, e algum de vós lhes disser: "Ide em paz, aquentai-vos e saciai-vos," e não lhes derdes o que é necessário para o corpo, que lhes aproveita? Assim também a fé, se não tiver obras, é morta em si mesma.

É importante a comparação do que católicos/protestantes entendem como "justificação": ambos concordam que o termo invoca a comunicação dos méritos de Cristo para com os pecadores, e não uma declaração de ausência de pecado. Lutero usou a expressão simul justus et peccator ("ao mesmo tempo, justo e pecador"). O Catolicismo Romano vê a justificação como uma comunicação de vida de Deus ao ser humano, limpando-o do pecado e transformando-o realmente em filho de Deus, de modo que não é apenas uma declaração, mas a alma é tornada de fato objetivamente justa.

A visão protestante da justificação é que ela é a obra de Deus através dos meios da graça. A fé é a justiça de Deus, que é realizada em nós através da palavra e dos sacramentos. Lei e evangelho trabalham para matar o ego pecaminoso e para realizar a nova criação dentro de nós. Esta nova criação dentro de nós é a fé de Cristo. Se não temos essa fé, então somos ímpios. Indulgências, ou orações não acrescentam nada e nada são. Todos possuem algum tipo de fé (geralmente a fé em si mesmos). Mas precisamos de Deus para destruir continuamente fé hipócrita e substituí-la com a vida de Cristo. Precisamos da fé que vem de Deus através da lei e do evangelho, palavra, obras e sacramentos. No documento fundador da Reforma, as 95 teses,1 Lutero diz que:

1 – Dizendo nosso Senhor e Mestre Jesus Cristo: "Arrependei-vos..." (Mateus 4:17) certamente quer que toda a vida dos seus crentes na terra seja contínuo arrependimento.

95 – E assim esperem mais entrar no Reino dos céus através de muitas tribulações do que facilitados diante de consolações infundadas. (Atos 14:22).

A verdadeira distinção, portanto, entre as visões protestante e católica não é uma questão de "ser declarado justo" versus "ser feito justo", mas sim o meio pelo qual um é justificado. Na teologia católica obras de justiça são consideradas meritórias para a salvação além da fé, enquanto que na teologia protestante, obras de justiça são vistos como o resultado e evidência de uma verdadeira justificação e regeneração que o crente recebeu somente pela fé. Os meios eficazes reais pelos quais uma pessoa recebe a justificação são também uma divisão fundamental entre a crença católica e protestante. Na teologia católica, o meio pelo qual a justificação é aplicada para a alma é o sacramento do batismo. No batismo, mesmo das crianças, a graça da

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