Anticristo
Resenha: Anticristo. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Indalecio • 13/2/2014 • Resenha • 328 Palavras (2 Páginas) • 177 Visualizações
Anticristo
A concepção do mundo como uma luta perpétua entre o bem e o mal, que só terminará com o fim dos tempos, remonta às mais antigas cosmogonias. No judaísmo e no cristianismo, exprimiu-se, sobretudo na figura do Anticristo.
Anticristo significa "contrário ao Cristo", ou se refere àquele que toma o lugar do Cristo. Embora a palavra não apareça como tal no Antigo Testamento, sem dúvida está latente nele a idéia de um poder do mal, oposto à obra divina.
A figura do Anticristo aponta em vários trechos do Novo Testamento, mas seu nome aparece pela primeira vez nas epístolas de são João, que sem dúvida recolheu uma tradição muito arraigada entre os cristãos da época. Tanto ele como são Paulo, na Epístola aos Tessalonicenses, entendem o Anticristo em dois sentidos: como um ser pessoal que aparecerá no fim dos tempos e como sucessivas personificações históricas do espírito do mundo, oposto aos planos divinos. Os anticristos são os "enganadores", falsos mestres e falsos profetas. Fica evidente a relação, para não dizer a identificação, do Anticristo com o demônio, isto é, com o espírito do mal.
No primeiro dos sentidos indicados, o Anticristo assinalaria o fim dos tempos; seu aparecimento coincidiria com a manifestação ou "parusia" de Cristo, como supremo juiz. Nesse momento apocalíptico, Jesus destruiria o Anticristo.
A acepção mais empregada, porém, foi provavelmente a segunda, já que, ao longo da história do cristianismo, a identificação do Anticristo com inimigos e perseguidores da igreja se tornaria uma constante. Assim, os papas medievais não vacilavam em tachar de anticristos os imperadores que a eles se opunham; e Martinho Lutero, por sua vez, brandiu a mesma acusação contra os pontífices de Roma.
Ambas as concepções foram finalmente abandonadas. Para a teologia contemporânea, toda a tradição oral e escrita sobre o Anticristo é interpretada principalmente no sentido de que, mais do que uma pessoa concreta, ele dever ser entendido como um símbolo representativo das forças que afastam o homem da idéia religiosa.
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