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Cartas Pastorais

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Por:   •  22/4/2014  •  1.403 Palavras (6 Páginas)  •  512 Visualizações

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INTRODUÇÃO

As Cartas Pastorais foram chamadas pela primeira vez de Epístolas Pastorais no século XVIII. Elas são livros canônicos do Novo Testamento, agrupadas desde o primeiro séculos do cristianismo.

O título é apenas parcialmente uma descrição do seu conteúdo, pois não estritamente pastorais no sentido de fornecer instrução sobre o cuidado das almas. A designação de pastoral é por serem dirigidas a pessoas que tinham responsabilidades pastorais. Diferente das demais epístolas paulinas quando se destinam a uma igreja ou um grupo de igrejas.

Não há nada que indique que elas foram escritas na mesma data ou do mesmo local ou que o autor pretendesse que fosse um conjunto. Entretanto, estudos contemporâneos indicam que devem ser tratadas como um grupo.

Sob o título de Cartas paulinas, temos treze textos em nossa Bíblia. Elas vão desde a carta aos Romanos até a dirigida a Filemon. Se levarmos em conta essa atribuição diríamos que quase metade dos textos do Novo testamento foi escritos por Paulo. O bem da verdade Paulo não “escreveu” nenhum desses textos. Na grande maioria, aquelas que são legitimamente atribuídas ao apóstolo foram ditadas por ele e redigidas por um secretário.

Possivelmente, escritas no período do fim da vida do apóstolo Paulo, apresenta o pensamento dele preparando Timóteo e Tito para continuar a sua tarefa. Por esse motivo introduz uma diferente espécie de correspondência na literatura paulina em comparação com as demais epístolas anteriores.

PRIMEIRA CARTA A TIMÓTEO

Essa carta a Timóteo é a primeira canonicamente, das três reunidas sob o título de Pastorais. Ela é um texto relativamente curto, mas configura-se com a maior dentre elas. Possui seis capítulos e cento e dez versículos. Seu objetivo, haja vista que Paulo não escreve uma carta puramente abstrata, é triplo. Primeiro, instruir acerca da organização das Igrejas (Tm 3,1-5. 8-11); dirimir problemas relativos às falsas doutrinas que estão sendo ensinadas nas comunidades (Tm 1,6-7); Por fim, alentar o Jovem Timóteo a ser exemplo para comunidade (4, 12; 5,1. 3.19; 6:1).

Do texto podemos extrair a localização dessas comunidades e ensinamentos dessas cartas. Paulo diz no capítulo primeiro versículo três: “conforme te recomendei a partir para Macedônia, permanece em Éfeso para prescrever a alguns que não ensinem outra doutrina e não se apeguem a lendas e genealogia sem fim”. Desse modo, temos clareza que Paulo estava na Macedônia, atual Turquia e Timóteo em Éfeso atual Selçulk, Turquia. Assim, esse bilhete paulino, trata sucintamente de resolver questões pontuais na comunidade. Ele tenta organizá-la e visa estimular o representante principal a ser exemplo de liderança comunitária. Pode-se então perceber, a seguinte estrutura da carta:

ESTRUTURA DA CARTA

I 1, 1-20: Introdução.

1, 1-2: Saudação;

1, 3-20: acusação para se opuser aos judaizantes gnosticistas;

1, 3-7: Os erros deles;

1,8-11: o uso incorreto da Lei;

1, 12-17: O exemplo de Paulo;

1, 18-20: Timóteo comparado com os falsos doutores.

II 2, 1-4, 10: Preceitos para as congregações.

2,1-8: oração e seu propósito;

2, 9 -3 1ª: Digna de confiança é esta palavra, para maridos e mulheres;

3, 1b – 13: Qualificações do epíscopo e diáconos;

3, 14-16: Seu propósito e sua base cristologica;

4, 1 – 10: advertência profética e sua aplicação.

III 4,11- 6 2: Instruções a Timóteo.

4,11 – 5 2: Seu exemplo para os outros;

5,2 – 6,2: Sua supervisão dos estados de vida: Viúvas, Anciãos, Escravos e outros.

IV 6, 3 – 19: Advertências Finais.

6,3- 10: Sobre os falsos doutores e suas motivações financeiras;

6, 11 -16: Exortação a Timóteo / conduta e motivos do homem de Deus;

6,17-19: Advertência aos fieis ricos/ uso correto da riqueza;

6, 20 – 21: Advertência final a Timóteo e despedida.

SEGUNDA CARTA A TIMÓTEO

A segunda carta a Timóteo é a segunda na ordem canônica dos escritos pastorais. Trata-se um texto singular. Em comparação à primeira, ela é bastante pessoal. Revela a situação e os sentimentos do autor (2Tm 1, 15-16; 4,9-10.16.18). De igual modo, pontua as dificuldades internas da comunidade, a saber: “perseguição” (2Tm 3,12;); “discussões sobre os ensinamentos cristãos” (2,16-18).

Nesta carta, a partir dos elementos textuais, percebemos dados relativos à situação de Paulo. Ele está preso (2Tm 1,8) em Roma (2Tm 1,17). Sua condição é de profundamente rigorosa, ele está acorrentado (2Tm 2,9). A seu ver, o fim, sua morte, é eminente (4,6-8).

Não obstante essa situação adversa, ele “redige” uma carta a Timóteo justamente tentando alentá-lo de permanecer firme no seu ministério que perece de um grande desprestigio (2, 3-4. 22-26), todavia o alento de qualquer missionário, ao ver de Paulo, vem da fé no Cristo (2,12-13).

Sucintamente, diría-se que a carta é redigida por um prisioneiro convicto que o Evangelho deve ser anunciado, mesmo em meio às dificuldades. Certo disso, ele estimula seu discípulo e fiel amigo a serem testemunha e anunciador desse Evangelho. Pode-se perceber a seguinte estrutura da carta:

ESTRUTURA DA CARTA

I 1,1-5: Saudação e Ação de Graças.

II 1,6-2,13: Exortação a Timóteo.

1,6-2,7: Para o testemunho Fiel em face da oposição;

2,8-13: À luz do exemplo de Paulo.

III Advertências contra os falsos doutores.

2,14-26: Evitar controvérsias vãs;

3,1-9:

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