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CÍRIO DE NAZARÉ

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Por:   •  8/12/2014  •  Seminário  •  854 Palavras (4 Páginas)  •  173 Visualizações

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O Círio de Nazaré, em devoção a Nossa Senhora de Nazaré, é a maior manifestação religiosa Católica do Brasil e um dos maiores eventos religiosos do mundo, reunindo cerca de dois milhões de pessoas em todos os cultos e procissões. Em Portugal é celebrada no dia 8 de Setembro na vila da Nazaré e é celebrada, desde 1793, na cidade de Belém do Pará, anualmente, no segundo domingo de outubro.

Outras regiões, devido a migração de paraenses, acabaram criando as procissões para estarem mais próximos de Belém, mesmo que pelo ato de Fé. O Termo "Círio" tem origem na palavra latina "Cereus", que significa vela grande. No Brasil, no início era uma romaria vespertina, e até mesmo noturna, daí o uso de velas. No ano de 1854, para evitar a repetição da chuva torrencial como a que havia caído no ano anterior, a procissão passou a ser realizada pela manhã. O Círio foi instituído em 1793 em Belém do Pará, e até 1882, saía do Palácio do Governo. Em 1882, o bispo Dom Macedo Costa, em acordo com o Presidente da Província, Dr. Justino Carneiro, instituiu que a partida do Círio seria da Catedral da Sé, em Belém.

Alguns estudiosos estão considerando o Círio de Nazaré em Belém do Pará como sendo a maior manifestação religiosa do planeta. Consegue congregar dois milhões de pessoas em uma só manhã.

Em dezembro de 2013, o Círio de Nazaré foi declarado, pela UNESCO, Patrimônio Cultural da Humanidade.

A introdução da devoção à Senhora da Nazaré, no Pará, foi feita pelos padres jesuítas, no século XVII. Embora o culto tenha se iniciado na povoação da Vigia, a tradição mais conhecida relata que, em 1700, Plácido, um caboclo, descendente de portugueses e de índios, andava pelas imediações do igarapé Murutucu (área correspondente, hoje, aos fundos da Basílica) quando encontrou uma pequena estátua de Nossa Senhora da Nazaré. Essa imagem, réplica de outra que se encontra em Portugal, entalhada em madeira com aproximadamente 28 cm de altura, encontrava-se entre pedras lodosas e bastante deteriorada pelo tempo e pelos elementos. Plácido levou a imagem consigo para casa, onde, tendo-a limpado, improvisou um altar. De acordo com a tradição local, a imagem retornou inexplicavelmente ao lugar do achado por diversas ocasiões até que, interpretando o fato como um sinal divino, o caboclo decidiu erguer às próprias custas uma pequena ermida no local, como sinal de devoção. A divulgação do milagre da imagem santa atraiu a atenção dos habitantes da região, que passaram a acorrer à capela, para render-lhe homenagem. A atenção do então governador da Capitania,Francisco da Silva Coutinho, também foi atraída à época, tendo este determinado a remoção da imagem para a Capela do Palácio da Cidade, em Belém. Não obstante ser mantida sob a guarda do Palácio, a imagem novamente desapareceu, para ressurgir em seu nicho na capela. Desse modo, a devoção adquiriu caráter oficial, erguendo-se atualmente, no lugar da primitiva ermida, uma capela, hoje a suntuosa Basílica de Nossa Senhora de Nazaré. Em 1773 o bispo do Pará, Dom João Evangelista, colocou a cidade de Belém sob a proteção de Nossa Senhora de Nazaré. No início do ano seguinte (1774), a imagem foi enviada a Portugal, onde foi submetida a uma completa restauração. O seu retorno ocorreu em outubro desse mesmo ano, tendo a imagem sido transportada,

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