Dom Luciano
Trabalho Universitário: Dom Luciano. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: lelaineoliveira • 29/4/2013 • 3.384 Palavras (14 Páginas) • 744 Visualizações
Introdução:
Este presente trabalho apresenta um pouco de um homem maravilhoso, gentil, amoroso, chamado Dom Luciano Mendes de Almeida.
Dentro da proposta pelo professor, apresentar uma pessoa “cheia de graça”, creio que minha escolha não poderia ter sido melhor, apesar de existirem os mais variados exemplos de pessoas cheias de graça, mas sempre tive uma admiração por Dom Luciano.
Em meu trabalho pastoral, que desenvolvo junto aos padres jesuítas, só ouvi depoimentos maravilhosos sobre Dom Luciano e sua vida de dedicação ao próximo.
Não consultei muitos livros para fazer este trabalho, mas procurei ler muitos depoimentos de pessoas que conviveram com Dom Luciano, um homem que levou por onde passou seu amor, sua misericórdia, e viveu sim, a verdadeira “Graça”.
Dom Luciano Pedro Mendes de Almeida, SJ.
(Rio de Janeiro, 5 de outubro de 1930 — São Paulo, 27 de agosto de 2006).
Filho de Cândido Mendes de Almeida e de Emília Mello Vieira Mendes de Almeida, quando menino sonhou ser aviador por influência de um tio, piloto de aeronave, mas logo optou pelo sacerdócio, uma a tradição da família. Foi educado em uma escola católica, a Coração Eucarístico de Jesus, onde era bom aluno em matemática e foi escoteiro por dez anos. Aos 16 anos, matriculou-se no colégio das elites cariocas, o Santo Inácio de Loyola, dirigido pelos jesuítas.
Ingressou na Companhia de Jesus no dia 2 de março de 1947. Realizou estudos na Casa de Formação dos Jesuítas em Nova Friburgo (1951-1953) e na Pontifícia Universidade Gregoriana, em Roma (1955-1959). Fez seu doutorado em Filosofia na Universidade Gregoriana (1960-1965).
Sua ordenação presbiteral deu-se a 5 de julho de 1958, em Roma. Emitiu seus votos definitivos na Companhia de Jesus no dia 15 de agosto de 1964.
Foi professor de Filosofia (1965-1972); instrutor da terceira provação na Companhia de Jesus (1970-1975); membro da diretoria da Conferência dos Religiosos do Brasil (1974-1975).
Foi nomeado pelo Papa Paulo VI, no dia 25 de fevereiro de 1976, bispo auxiliar de São Paulo e titular de Turris in Proconsulari. Sua ordenação episcopal deu-se a 2 de maio do mesmo ano, pelas mãos do cardeal Dom Paulo Evaristo Arns, OFM, Dom Clemente José Carlos de Gouvea Isnard OSB e Dom Benedito de Ulhôa Vieira.
Exerceu a função de bispo auxiliar na Arquidiocese de São Paulo e responsável pela Pastoral do Menor no período de 1976 a 1988.
Durante os 12 anos seguintes na diocese paulista, auxiliou o cardeal-arcebispo dom Paulo Evaristo Arns em São Paulo, organizando centenas de abrigos para menores abandonados. Assumiu (1979) a secretaria geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, a CNBB, da qual se tornaria presidente (1987-1994), cumprindo dois mandatos consecutivos e rompendo o domínio dos bispos da ala progressista que dirigiram a CNBB, e passou a intermediar os interesses da Igreja com o governo federal e o Congresso. Tornou-se membro do conselho permanente do Sínodo Episcopal (1987) antes de receber a indicação para estar à frente da Igreja particular de Mariana (1988). Foi membro da Pontifícia Comissão Justiça e Paz (1992) e vice-presidente do Conselho Episcopal Latino-Americano, o CELAM (1995-1998) e, na Cúria Romana, foi membro da Comissão Pontifícia Justiça e Paz (1996-2000).
Figura de destaque do episcopado brasileiro atuou na defesa dos direitos humanos e no serviço aos pobres.
Faleceu aos 75 anos, ao lado da família e dos amigos, por falência múltipla de órgãos, em São Paulo, conseqüência de um câncer no fígado, após ficar internado por 40 dias no Instituto Central do Hospital das Clínicas, da Faculdade de Medicina de São Paulo. O corpo do arcebispo emérito de Mariana, cidade histórica do Estado de Minas Gerais, foi enterrado na cripta da Catedral de Nossa Senhora da Assunção. Era membro do Conselho Estratégico Brasil sem Fome, falava e escrevia fluentemente em inglês, francês, alemão e latim, além de ser um ótimo caricaturista.
Seu lema: In nomine Jesu (Em nome de Jesus).
O que as pessoas falam de Dom Luciano?
Artigo 1: Dom Luciano Mendes de Almeida (Dom Demétrio Valentini)
Dom Luciano marcou profundamente a vida de muitas pessoas. Só o fato de ouvi-lo, já servia para encher o coração de admiração por ele, e de adesão ao que ele dizia.
Exemplo disto foi a admirável palestra proferida no recente Congresso Eucarístico em Florianópolis. Todos ficaram com a impressão que o Congresso teria valido a pena só pela palestra de D. Luciano. Foi sua última obra prima de comunicação da sua riqueza interior, que ele sabia dosar muito bem, de acordo com as circunstâncias, e sempre com esmero e exímia competência.
Ao ouvi-lo em Florianópolis, tive a nítida impressão que ele estava deixando seu testamento final. Foi juntando os lances de sua vida que mais de perto faziam pensar no mistério de Deus, iluminado pela Eucaristia, que ele celebrava sempre com profunda fé e devoção pessoal. Terminada a palestra, pude observá-lo de perto quando ia entrando no estádio, debaixo de chuva, caminhando com dificuldade, concentrado misticamente, deixando transparecer em seu rosto tranqüilo uma profunda alegria. Com certeza, estava experimentando a satisfação do dever cumprido. Parecia dizer: "fiz minha parte". E tinha feito!
Como muitos, também sinto o privilégio de ter partilhado momentos de intimidade com D. Luciano, que me colocam agora no compromisso de testemunhar a todos: ele foi verdadeiramente um santo. Pude acompanhá-lo de perto, desde os tempos em que era orientador de estudos no Pio Brasileiro. Nos longos anos de incumbências na CNBB pude sentir o apoio dele, que me inspirava uma profunda confiança e me estimulava a seguir seu empenho. E desde 1997 tive anualmente a alegria de participar com ele das reuniões da comissão do Sínodo da América.
Era muito gratificante conversar com ele, e recordar lances de sua vida, que traduziam sua profunda confiança na Providência, que ele expressava com serenidade. Ele tinha consciência, por exemplo, de que Deus o tinha poupado de morrer quando ainda era jovem padre, no dia em que tinha sido escalado, no Pio Brasileiro, para acompanhar o Irmão Marchi na viagem de caminhão ao norte da Itália. No acidente
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