ESCOLHAS E CONSEQUÊNCIAS NOSSAS DECISÕES DETERMINAM O RESULTADO
Por: c.sulena • 21/3/2019 • Trabalho acadêmico • 7.067 Palavras (29 Páginas) • 201 Visualizações
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CELSO SULENA
ESCOLHAS E CONSEQUENCIAS
NOSSAS DECISÕES DETERMINAM O RESULTADO
Campinas – SP
2019
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CELSO SULENA
ESCOLHAS E CONSEQUENCIAS
NOSSAS DECISÕES DETERMINAM O RESULTADO
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Missão Quadrangular Teológica InfantoJuvenil - Unidade Campinas, sob a orientação da Revda. Márcia A. Pereira da Silva Pinheiro.
Campinas – SP
2019
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TÍTULO DO TRABALHO: ESCOLHAS E CONSEQUENCIAS
NOME DO AUTOR: CELSO SULENA
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Pra. Márcia A. Pereira da Silva Pinheiro
Diretora MQTI – Campinas / SP
Missão Quadrangular Teológica InfantoJuvenil
Campinas, 10 de Março de 2019.
Agradecimentos (Dedicatória)
Agradeço a todos os que foram importantes nesta conquista
Michelle Cristiane de Campos
Ana Luiza Sulena
Ágatha Cristina de Campos
Ágape Felipe de Campos
André Vinícius de Campos
André Luis Sulena de Campos
Pastor Odair Sander
Pastor Ponciano Rocha Jr
Pastor Eduardo Leite
Igreja do Evangelho Quadrangular
Projeto Vida – Recuperação de DrogaDependentes
SUMÁRIO
Pág | |
RESUMO...................................................................................6 | |
INTRODUÇÃO......................................................................7 | |
1.1 Meus Pais....................................................................8 1.2 Minha Infância..............................................................8 1.3 Pré-Adolescência..........................................................9 | |
2.1 Vida de Adolescente....................................................11 2.2 Estudos......................................................................13 2.3 Amigos.......................................................................13
3.1 Vida Espiritual............................................................14 3.2 Vida Sentimental........................................................15
4.1 Vida Familiar.............................................................18 4.2 Recomeço.................................................................21 4.3 Recaída....................................................................23 4.4 Restauração..............................................................25 4.5 Igreja...27
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RESUMO
Escolhas e Consequências, narra à história de Celso Sulena de Campos, um jovem de classe média, sem conflitos familiares ou problemas financeiros, mas que se deixou levar por más influências, e rapidamente se viu no submundo das drogas. Nas páginas desta história você entenderá como o sexo ilícito e as drogas podem destruir uma família; que decisões tomadas sem pensar podem trazer consequências desastrosas, como prejuízo financeiro, social, emocional e acima de tudo espiritual. Escolhas e Consequências, nos mostra também o poder transformador que há no Nome de Jesus e na prática da Palavra de Deus. Em nove anos Celso foi de usuário e traficante de drogas a um respeitado pai de família e obreiro na casa de Deus, uma vida transformada pela fé em Jesus Cristo.
Palavras-chave:
Decisão; Restauração Familiar; Recuperação de DrogaDependência
INTRODUÇÃO
A Missão Quadrangular Teológica InfantoJuvenil tem através do ensino teológico, capacitado obreiros para o serviço na casa do Senhor. Com ensinos e disciplinas voltadas ao evangelismo infanto-juvenil, tem sido referência na formação de lideres de crianças, adolescentes e jovens com excelentes materiais didáticos e aulas práticas.
No final do ano de 1975, meu pai, Celso Aparecido de Campos, trabalhava na Pirelli S/A, em Campinas, onde conheceu o Paulo Roberto Camilo, irmão de minha mãe, Ana Luiza Sulena. Em uma confraternização da empresa, meu tio Paulo levou sua irmã para acompanha-lo e ali ela foi apresentada ao seu futuro esposo. Celso e Paulo, além de trabalharem juntos, praticavam capoeira, na mesma academia e isso permitia um relacionamento mais próximo entre eles, passando um a frequentar a casa do outro. Em meio a essas visitas, Celso marcou um encontro com Ana Luiza, saíram e começaram a namorar. Namoraram, noivaram e em 1978 se casaram.
Meus pais se casaram em Dezembro de 1978, e eu nasci em Agosto de 1979, eles moravam de aluguel e devido à necessidade dos dois terem que trabalhar, meu irmão e eu morávamos de segunda a sexta-feira na casa da minha avó materna, na Vila Boa Vista. Minha mãe foi educada segundo os costumes do catolicismo, já meu pai vinha de uma família de praticantes de Umbanda e trazia todos os costumes do espiritismo pra dentro de casa. Por esse motivo eu vejo um grande trabalhar de Deus, na minha vida desde a infância, pois ao ir morar com minha avó, passamos a frequentar a Igreja Batista Regular, com meu tio Moacir e minha tia Jussara, irmãos de minha mãe. Moacir era o pastor auxiliar da igreja e Jussara, professora da Escola Bíblica, e com isso nos traziam bastantes ensinamentos e exemplos de vida cristã. Apesar da pouca idade, meu irmão e eu estávamos sempre envolvidos com a obra, participava do coral, peças de teatro, na limpeza da igreja e quando tinha oportunidade acompanhava as visitas nos lares. Assim foi até os meus sete anos de idade, quando saiu o nosso apartamento no DIC, e fomos morar com meus pais. Foi muito bom poder estar com eles todos os dias, minha mãe que é costureira comprou uma máquina e passou a trabalhar em casa; como era um bairro novo e afastado de tudo, ela logo conseguiu montar uma boa clientela e não precisava trabalhar fora. Meus pais frequentavam as missas aos domingos, como já era de costume, segundo o catolicismo e apesar de não gostar muito, meu irmão e eu também íamos com eles; o complicado foi quando meu pai decidiu que teríamos que participar da catequese. Chegamos ir a algumas aulas, mas tínhamos dificuldades em aceitar alguns ensinamentos, pois já tínhamos uma orientação segundo o que tínhamos aprendido na Batista. Foi aí que meu tio, o pastor Moacir aconselhou meus pais a deixarem nós irmos aos domingos a uma igreja onde nos sentíssemos bem, apenas para termos uma orientação religiosa. E assim voltamos a acompanhar meus tios na igreja.
Aos nove anos de idade, vi um amigo do condomínio saindo num sábado com uma roupa engraçada, mas que me chamou muito a atenção e comecei a reparar que todo sábado ele saia com aquele uniforme, mas num dia ele estava com uma mochila enorme nas costas e não resisti, perguntei a ele do que se tratava, ele me disse que pertencia a um grupo de Escoteiros, e que naquele final de semana ele iria a um acampamento, por isso da mochila. Tirei todas as minhas dúvidas sobre como poderia participar também e corri falar com meus pais que gostaram muito da ideia. Poucas semanas depois eu também era um escoteiro e participei até os treze anos. E isso contribuiu muito na minha formação; o escotismo trabalha desenvolvendo conceitos e padrões morais, civismo, relacionamento pessoal e familiar, comportamento e convivência em grupo. Tudo agregado à base que é sobrevivência; tanto em ambiente urbano, rural ou não civilizado. Ali aprendi lavar, passar, cozinhar e me comunicar; quer seja dentro do conforto de um lar ou no meio da mata. Esses ensinamentos marcaram muito a minha infância e trago comigo até hoje. Outro acontecimento também marcou minha infância, mas de uma maneira negativa; ainda com nove anos, num dia de curiosidade infantil, eu mexendo nas coisas do meu pai, encontrei duas malas grandes e dentro delas deveriam ter mais de trezentas revistas pornográficas, de todos os gêneros que compõem esse universo. Em 1988, não existia internet, nem os recursos que hoje os adolescentes têm em mãos, mas aquelas revistas foram o suficiente pra bagunçar a cabeça de uma criança de nove anos, que nem sabia o que era sexo, mas através dessa descoberta passei não apenas a conhecer, mas a desejar tudo o que eu via dia após dia nas páginas daquelas revistas. Algumas delas eu mostrava pras minhas primas e às vezes conseguia convencer de fazer como estavam nas fotos que víamos. Conforme o tempo passava, eu tentava realizar coisas mais complicadas, pois como disse antes, meu pai tinha uma enorme variedade de gêneros e sempre comprava mais e uma mais complicada que a outra; envolviam bizarras, lésbicas, travestis, em grupo e até com animais. Mantive relações com minhas primas por dois anos, mas devido aos exageros que passei a apresentar elas não aceitavam mais continuar com o que estávamos fazendo, então paramos. Quando tinha dez anos eu entrei nos Patrulheiros; isso foi possível porque as leis trabalhistas na época permitiam, pois a única exigência era escolaridade em dia e como eu não havia repetido nenhuma serie, com onze comecei a trabalhar. Meu primeiro emprego foi num escritório de advocacia, onde além do serviço de Office-boy, também tive acesso a rotinas de escritório. Agora já tinha certa independência financeira; pois com uma parte ajudava em casa e o restante ficava comigo, e como sempre gostei de tênis e roupas da moda, comecei a usar o que me agradava. Infelizmente não soube aproveitar corretamente essa liberdade. Deixei de ir à igreja e passei a andar com más companhias, e logo voltaram às vontades que não havia realizado com minhas primas, passei a comprar minhas próprias revistas e sair nos finais de semana à noite, mal acompanhado e mal influenciado, fui alimentando cada vez mais esse descontrole sexual. Como diz o Salmista, um abismo chama outro abismo e logo eu estava envolvido com drogas. Não diferente dos dias atuais, sempre havia um grupo de garotas que se interessavam por usuários de drogas, como se fossem alguém que pudesse dar a elas algo que faltava, ou um certo status nas ruas. A palavra do momento era “ficar”, e eu buscava ficar com o maior numero de garotas possível. |
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