Filosofia13
Dissertações: Filosofia13. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: campos13 • 19/3/2015 • 3.114 Palavras (13 Páginas) • 178 Visualizações
2º Eixo Temático
2. Problemas epistemológicos na Filosofia
O problema da ciência, conhecimento e método na Filosofia
• A questão da sensibilidade, razão e verdade.
• A questão do método.
• A questão da ciência e a crítica ao positivismo
• Autores de referência: Platão , Aristóteles, Descartes, Hume, Galileu, Franscis Bacon, Kant e Popper.
O problema da relação entre ciência e técnica: a racionalidade instrumental.
Autores de referência: Adorno, Horkheimer, Habermas.
2.1 O problema da ciência, conhecimento e método na Filosofia
O conhecimento é uma relação
O conhecimento é uma relação que se estabelece entre o sujeito e o objeto. Essa afirmação , aparentemente clara e objetiva, implica inúmeras perguntas:
• O que é o objeto: algo exterior ao sujeito, ou é parcial ou totalmente sua criação?
• Quem é o sujeito: um ser meramente passivo sobre o qual o mundo externo atua ou um ser eminentemente ativo que produz idéias e é capaz de modelar , de maneira particular e intransferível, os dados que provêm do exterior?
• Em que consiste a verdade?
• Quais são as fontes do conhecimento e qual o grau de confiabilidade das mesmas?
O conjunto de questões anteriormente formuladas é objeto de estudo da teoria do conhecimento, gnoseologia, crítica do conhecimento ou epistemologia. Segundo Abbagnano ( 1982:169), todos esses nomes têm o mesmo significado. Ao contrário do que se crê, não indicam uma disciplina filosófica como a ética, a estética ou a lógica, mas sim, o tratamento de um problema específico, que é o da realidade das coisas.
O conhecimento pressupõe a existência de um sujeito conhecedor e de um objeto a ser conhecido mediados pelo ato de conhecer: “é a relação estabelecida entre sujeito e objeto, na qual o sujeito apreende informações a respeito do objeto. É a atividade do psiquismo humano que torna presente à sensibilidade ou à inteligência um determinado conteúdo , seja ele do campo empírico ou do próprio campo ideal” ( Severino, 1992: 38).
O sujeito apreende um objeto e torna-o presente aos sentidos ou à inteligência. Dessa forma, o ser humano, paulatinamente, vai conhecendo, compreendendo cada vez mais e melhor a realidade que o circunda.
O conhecimento, pois, consiste na apropriação intelectual de um conjunto de dados empíricos ou ideais, com a finalidade de dominá-los e utilizá-los para entendimento e elucidação da realidade.
2.1.1 A questão da sensibilidade, razão e verdade.
A questão do método
De onde vem o conhecimento?
A necessidade de inteligibilidade do processo de conhecimento humano não é recente. Os filósofos gregos tinham como objeto de suas especulações o significado e as condições necessárias para efetivação do ato de conhecer. No entanto, essas reflexões revestiam-se de um caráter puramente ontológico: buscava-se a ess6encia do ser.
A teoria do conhecimento propriamente dita tem início na Idade Moderna, no século XVII, com a revolução científica empreendida por Galileu e outros cientistas que , ao criarem um novo modelo de investigação do mundo fenomenal e ao redefinirem o papel das ciências particulares, despertaram nos filósofos uma preocupação com os fundamentos , as possibilidades , os limites e o alcance do conhecimento humano e uma certa reserva contra os argumentos de autoridade que prevaleceram durante toda a Idade Média.
Aos poucos o método experimental é aperfeiçoado e aplicado em novos setores. Desenvolve-se o estudo da química, da biologia. Surge um conhecimento mais objetivo da estrutura e das funções dos organismos vivos no século XVIII. Já no século seguinte, verifica-se uma modificação geral nas atividades intelectuais e industriais. Surgem novos dados relativos à evolução, ao átomo, à luz, à eletricidade, ao magnetismo, à energia. Enfim, no século XX, a ciência, com seus métodos objetivos exatos, desenvolve pesquisas em todas as frentes do mundo físico e humano, atingindo um grau de precisão surpreendente não só na área das navegações espaciais e de transplantes, como nos mais variados setores da realidade.
Essa evolução das ciências tem, sem, dúvida, como mola propulsora os métodos e instrumentos de investigação aliados ao espírito científico, perspicaz , rigoroso e objetivo.
Esse espírito, que foi preparado ao longo da História, impõe-se agora, de maneira inexorável, a todos quantos pretendem conservar o legado científico do passado, ou , ainda, propõem-se a ampliar suas fronteiras.
Essa evolução das ciências tem, sem dúvida, como mola propulsora os métodos e instrumentos de investigação aliados ao espírito científico, perspicaz, rigoroso e objetivo.
Esse espírito, que foi preparado ao longo da história, impõe-se agora , de maneira inexorável, a todos quantos pretendem conservar o legado científico do passado, ou, ainda, propõem-se a ampliar suas fronteiras.
Filósofos como Descartes, Bacon, Leibniz, Espinoza, Locke Berkeley e Hume são autores da revolução epistemológica, que tem origem na Idade Moderna , e responsáveis pelo surgimento de duas grandes correntes que traduzem o sentido dos novos tempos: o racionalismo e o empirismo.
RENÉ DESCARTES ( Racionalismo)
“Eu existo porque penso”
René Descartes ( 1596 – 1650), filósofo francês, e reconhecidamente o “pai da filosofia moderna” , é o principal representante do racionalismo, cujos fundamentos se encontraram em suas obras Discurso sobre o método e Meditações metafísicas. Movido pelo espírito científico da época e apoiado na matemática, uma de suas paixões, descartes encaminha suas
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